Sem cultivar o hábito da leitura, universitários brasileiros escrevem mal, afirma professor
Antonio Carlos Olivieri
A
leitura é um pré-requisito para a
produção da escrita. No entanto, muitos
universitários ainda ignoram essa
recomendação.
De acordo com uma pesquisa realizada no início desse ano com
aproximadamente
20 mil estudantes de graduação de universidades
federais, desenvolvida pela Associação Nacional
dos Dirigentes das Instituições Federais de
Ensino Superior (Andifes), nas universidades brasileiras cada aluno
lê, em média, de uma a quatro obras por ano.
“Por meio da leitura se internalizam os mecanismos envolvidos
na composição de um texto. Quem lê mal
ou lê pouco não acumula conhecimentos,
não dispõe do instrumental intelectual
necessário à produção de um
bom texto e não consegue mobilizar os recursos
linguísticos que o ato de redigir exige. Seu
repertório cultural fica limitado”, afirma o
professor de língua portuguesa Antonio Carlos Olivieri,
criador do site Página da Redação
(www.paginadaredacao.com.br), que treina a
produção de textos pela internet.
Olivieri compara essa relação entre leitura e
escrita com o aprendizado de uma língua estrangeira:
“O primeiro passo é adquirir
vocabulário e as estruturas básicas da frase
nessa nova língua. Essa é uma fase, digamos
assim, passiva do aprendizado e é depois dela que se passa
à forma ativa, que é falar a língua
estrangeira”, exemplifica. Ou seja, a leitura corresponde a
esse aprendizado, sem o qual não pode haver a parte ativa,
que é a da produção de textos.
Ainda de acordo com a pesquisa da Andifes, a Universidade Federal do
Maranhão lidera o ranking dos universitários que
não leem nada, com 23,24% dos seus estudantes sem ler um
livro sequer ao longo de um ano.
“Diante deste lamentável quadro da leitura entre
os universitários brasileiros, não é
de espantar os níveis de reprovação de
exames como os da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, por
exemplo”, conclui Olivieri.
Sobre a Página da Redação
A empresa Página 3 Pedagogia &
Comunicação, especializada em desenvolver
conteúdo para sites educacionais, criou o site
Página da Redação
(www.paginadaredacao.com.br), que simula a mesma
situação vivida por quem vai prestar vestibular e
deseja treinar sua redação.
Ao se cadastrar e adquirir os créditos para realizar o
simulado – ao custo de R$ 20 por
redação, pago pelo sistema PagSeguro via boleto,
débito ou transferência –, o internauta
pode escolher um dos temas oferecidos, ler o material
disponível no site sobre o assunto, escrever seu texto e
enviá-lo para a análise de professores
especializados.
Em até 10 dias úteis, o autor receberá
a redação comentada e corrigida de acordo com os
parâmetros utilizados nas principais
avaliações do país.
“Só existe uma maneira de melhorar a
redação: escrevendo mais e submetendo o texto
à análise de um profissional qualificado. De
preferência, de alguém que não
conheça o redator”, diz Antonio Carlos Olivieri,
professor de língua portuguesa, jornalista e diretor da
Página 3 Pedagogia &
Comunicação.