Romeu Kazumi Sassaki
Nada sobre nós, Sem nós: Da integração à inclusão
Romeu Kazumi Sassaki - Parte 2
Citação
bibliográfica:
SASSAKI, Romeu Kazumi. Nada sobre nós, sem nós:
Da integração à inclusão
– Parte 2. Revista Nacional de
Reabilitação, ano X, n. 58, set./out. 2007,
p.20-30.
Parte
2
2001:
O ativista de direitos das
pessoas com deficiência, Tom Shakespeare, em sua palestra
“Entendendo a Deficiência”, registrou o
seguinte posicionamento perante a Conferência Internacional
“Deficiência com Atitude”, realizada na
University of Western Sydney, Austrália, em fevereiro de
2001:
“Reconhecer a perícia e a autoridade das pessoas
com deficiência é muito importante. O movimento
das pessoas com deficiência se resume em falar por
nós mesmos. Ele trata de como é ser uma pessoa
com deficiência. Ele trata de como é ter este ou
aquele tipo de deficiência. Ele trata de exigir que sejamos
respeitados como os verdadeiros peritos a respeito de
deficiências. Ele se resume no lema Nada Sobre
Nós, Sem Nós”.
2001:
O Grupo de Usuários de Estratégias, do
Ministério da Saúde da Grã-Bretanha,
é formado por pessoas com dificuldades de aprendizagem,
participantes das organizações People First,
Mencap, Change e Speaking Up. O grupo adotou o lema “Nada
Sobre Nós, Sem Nós” para exigir a
inclusão de pessoas com dificuldade de aprendizagem em todos
os serviços públicos: saúde, emprego,
serviços sociais, habitação,
associações de habitação,
consumidores de serviços, fornecedores de
serviços, inspeção e outros.
Tais serviços devem oficializar que estão
incluindo pessoas com dificuldade de aprendizagem e que recebem apoios
apropriados. Devem também concordar com a crença
de que nada sobre elas está sendo feito sem a
participação delas. Para tanto um
órgão consultivo nacional sobre dificuldades de
aprendizagem deverá ser constituído com
representantes de todo o país. Este Grupo e o
Ministério da Saúde elaboraram uma
estratégia para dificuldades de aprendizagem.
2001:
Um dos mais notáveis ativistas negros com
deficiência da atualidade é William Rowland, da
República da África do Sul. Ele escreveu o
monumental artigo “Nothing About Us Withou Us: Some
Historical Reflections on the Disability Movement in South
Africa” (Nada Sobre Nós, Sem Nós:
Algumas Reflexões Históricas sobre o Movimento da
Deficiência na África do Sul), inserido no site da
Disability World
(http://www.disabilityworld.org/11-12_01/it/southafrica.shtml, n.11,
nov./dez. 2001).
Nele, Rowland descreve a longa história de lutas,
sacrifícios e humilhações, mas
também de vitórias e avanços da
organização não-governamental Pessoas
com Deficiência da África do Sul (Disabled People
South Africa – DPSA). Fundada em 1984, a DPSA adotou em 1986
o lema “Nada Sobre Nós, Sem
Nós”. Portanto, esta é a data mais
antiga em que foi registrado o famoso lema dos dias de hoje, O lema da
DPSA foi adotado em reconhecimento da necessidade de as
próprias pessoas com deficiência promoverem
diretamente os direitos humanos e o desenvolvimento de todos os
sul-africanos com deficiência
(http://www.dpsa.org.za/about_us.asp).
Quando o prisioneiro politico mais célèbre e mais
antigo (preso por 27 anos), Nelson Mandela, foi libertado no dia 11 de
fevereiro de 1990, os ativistas William Rowland e Phindi Mavuso
– representando a DPSA – já estavam
lá para cumprimentá-lo e pedir a sua
intervenção pela causa das pessoas com
deficiência. A missão da DPSA é a de
ser uma efetiva e eficiente assembleia nacional democrática
de todas as pessoas que as mobilize para defenderem seus direitos de
acesso a iguais oportunidades em um inclusivo ambiente social, politico
e econômico.
2001:
A Fundação Parceria Sussex-SNS
(Serviço Nacional de Saúde), da
Grã-Bretanha, mantém o programa “Nada
Sobre Nós, Sem Nós”
(http://www.sussexpartnership.nhs.uk/about-us/vision-and-values), que
tem os seguintes objetivos:
- A Fundação Parceria Sussex-SNS
colocará os usuários de seus serviços
no centro de todas as ações. A
fundação atuará com as pessoas e seus
representantes para atingir este fim.
- Cada usuário de nossos serviços é
único e sera tratado como tal. Os cuidados de cada pessoa
serão planejados e acordados com ela (ou seu defensor).
- Adequaremos nossos serviços às necessidades das
pessoas, não o inverso. Ouviremos as pessoas e aprenderemos
do que elas nos disserem sobre suas experiências.
- A frase “Nada Sobre Nós, Sem
Nós” tem sido usada por mais de 20 anos como um
lema para promover os direitos das pessoas com deficiência e
foi adotada no documento official do Ministério da
Saúde sobre as estratégias dos services para
pessoas com dificuldade de aprendizagem (“Valorizando
Pessoas”, 2001).
2002:
A
Declaração de Madri (23/3/2002) é o
primeiro documento internacional a trazer a frase “Nada Sobre
Pessoas com Deficiência, Sem as Pessoas com
Deficiência”, numa versão mais
explícita do lema “Nada Sobre Nós, Sem
Nós”. Este documento internacional foi aprovado
por mais de 600 pessoas reunidas no Congresso Europeu sobre
Deficiência, em Madri. Nele se destacam dois trechos:
“Todas as ações devem ser implementadas
mediante diálogo e cooperação com as
relevantes organizações representativas de
pessoas com deficiência. Tal
participação não deve estar limitada a
receber informações ou endossar
decisões. Mais do que isso, em todos os níveis de
tomada de decisões, os governos precisam estabelecer ou
fortalecer mecanismos regulares para consulta e diálogo que
possibilitem às pessoas com deficiência
através de suas organizações
contribuir para o planejamento, implementação,
monitoramento e avaliação de todas as
ações”. “A mídia
deve criar e fortalecer parcerias com as
organizações de pessoas com deficiência
a fim de melhorar a descrição de pessoas com
deficiência nos meios de comunicação de
massa”. (Declaração de Madri, 23/3/02)
2002:
Na
Declaração de Sapporo (18/10/2002), a Disabled
Peoples’ International (Organização
Mundial de Pessoas com Deficiência) assim se expressa:
“Nós somos os peritos sobre nossa
situação e devemos ser consultados em todos os
níveis, sobre todas as iniciativas pertinentes a
nós”.
2002:
A
Declaração de Caracas (18/10/02) estabelece que:
“É imprescindível uma
cooperação mais ampla entre os organismos
governamentais que atendem à problemática da
deficiência e os movimentos associativos de pessoas com
deficiência e suas famílias, para um
fortalecimento efetivo da sociedade civil que garanta uma
participação direta dos beneficiários
na elaboração das políticas e dos
serviços a eles destinados”.
2003:
Os mais de 400 participantes
procedentes de vários países europeus, reunidos
no Primeiro Congresso Europeu sobre Vida Independente, realizado em
Tenerife no contexto do Ano Europeu das Pessoas com
Deficiência (2003), aprovaram a
Declaração de Tenerife, que diz:
“As pessoas com deficiência precisam ser vistas
como peritas sobre sua vida. Como peritas, nós temos o
direito e a responsabilidade de falar por nós
mesmos”.
2003:
A ativista April
D’Aubin é a autora do texto “Nothing
About Us Without Us: The Struggle for the Recognition of a Human Rights
Approach to Disability Issues” (Nada sobre nós,
sem nós: a luta pelo reconhecimento da abordagem de direitos
humanos aos assuntos de deficiência). O texto constitui o
capítulo 4 do livro “In Pursuit of Equal
Participation: Canada and Disability at Home and Abroad”,
cujos editores são os militantes Henry Enns e Aldred H.
Neufeldt (Campus Press, 416 págs., 2003).
2003:
A ativista Marta Russel
publicou em 2003 o seu livro “Nothing About Us Without Us:
Human Rights and Disability” (Nada sobre nós, sem
nós: direitos humanos e deficiência). Trechos
deste livro: “A cidadania pode ser vista como a
realização de certos direitos Quando os estados
são considerados responsáveis pelo tratamento
dado a seus cidadãos, muito pode ser conquistado. A ONU tem
um papel no estabelecimento de padrões mundiais, mas as
pessoas com deficiência também têm esse
papel”. (...) “A participação
em grupos sociais e políticos é limitada ou
negada às pessoas com deficiência”.
(...) “As deficiências continuam sendo vistas como
anormalidades e as pessoas que as têm se tornam objetos
desvalorizados dos serviços médicos e
sociais”. (...) “Tradicionalmente, os direitos
humanos têm sido aplicados à pessoa com
deficiência enquanto objeto de
prevenção e reabilitação, e
não como um sujeito considerado plenamente humano e com
amplos direitos de cidadania”. “Para corrigir esta
situação, as pessoas com deficiência se
reuniram internacionalmente na década de 80 e
começaram a exigir o reconhecimento de seus direitos. Foi
então que o lema ‘Nada Sobre Nós, Sem
Nós’ se tornou a bandeira para se construir o
poder político necessário às
mudanças nas instituições a fim de
incluir as pessoas com deficiência como seres humanos plenos
e desconstruir as sociedades incapacitantes”. “Este
deve ser o século em que a dignidade das pessoas com
dignidade das pessoas com deficiência será
atendida através dos direitos humanos”.
2004:
O então Secretário-Geral da ONU, Kofi
Annan, por ocasião do Dia Internacional das Pessoas com
Deficiência, no dia 3 de dezembro de 2004, assim se
posicionou: “Por muitos anos, as pessoas com
deficiência foram vistas como ‘objetos’
de políticas de bem-estar social. Hoje, como resultado de
uma dramática mudança de perspectiva que ocorreu
nas duas últimas décadas, as pessoas com
deficiência começaram a ser vistas como pessoas
que precisam desfrutar o espectro completo de direitos civis,
políticos, sociais, culturais e econômicos. O lema
do movimento internacional de pessoas com deficiência,
‘Nada Sobre Nós, Sem Nós’,
resume essa mudança.”
2004:
Num pronunciamento sobre o
Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, cujo tema em
2004 foi ‘Nada Sobre Nós, Sem
Nós’, a Organização
Internacional do Trabalho reconheceu que ‘Nada Sobre
Nós, Sem Nós’ se tornou o grito
incitante de ações conjuntas para pessoas com
deficiência e suas organizações em todo
o mundo.
2004:
Através da Nota de
Imprensa n. 5.907, a ONU divulgou que no dia 3 de dezembro de 2004,
comemorando o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência,
foram exibidos três filmes documentários,
dirigidos por Victor Pineda: “In Cuba Disabled”
(vida de pessoas com deficiência em países em
desenvolvimento), “Broken Balkans” (pessoas com
deficiência na ex-Iugoslávia) e “A World
Enabled” (histórias e testemunhos de delegados que
estavam elaborando a Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência). Com o primeiro filme, Pineda
recebeu o Prêmio Meritório da Superfest 2003
(Festival Internacional de Mídia sobre
Deficiência).
Símbolo do Ano Internacional das Pessoas Deficientes, da
Década das Pessoas com Deficiência e do Dia
Internacional das Pessoas com Deficiência. Para Johan
Schölvinck, diretor da Divisão de
Política Social e Desenvolvimento, “A
observância deste Dia constitui uma oportunidade para
promover mudanças nas atitudes face às pessoas
com deficiência e eliminar barreiras à sua
participação em todos os aspectos da vida. O
envolvimento de pessoas com deficiência na
elaboração da Convenção
sobre seus direitos é um excelente exemplo como o
princípio da participação plena pode
ser colocado em prática. O lema ‘Nada Sobre
Nós, Sem Nós’ reflete muito
precisamente a atitude mundial de que as pessoas com
deficiência querem ser adotadas em todos os níveis
da sociedade. Pessoas com deficiência precisam ser envolvidas
no planejamento de estratégias e políticas que
afetarão sua vida”.
2004:
A
publicação digital UN Chronicle, editada pela
ONU, vol. 41, n. 4, de 1° de dezembro de 2004, traz um longo
artigo intitulado “Nothing About Us Without Us: Recognizing
the Rights of People with Disabilities” (Nada sobre
nós, sem nós: reconhecendo os direitos das
pessoas com deficiência). Um de seus trechos:
“Considerando que as deficiências são
causadas, com frequência, por atividades humanas ou por falta
de cuidados, é necessária a assistência
de toda a comunidade internacional para pôr um fim a esta
‘emergência silenciosa’. O reconhecimento
tem sido lento, mas ele está ocorrendo firmemente em todas
as partes do mundo. O crescimento do movimento internacional de pessoas
com deficiência, com o seu lema ‘Nada Sobre
Nós, Sem Nós’, resume esta
mudança fundamental em perspectiva face ao
princípio da participação e da
inserção de pessoas com deficiência em
todos os aspectos da vida política, social,
econômica e cultural. Em comemoração ao
Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, observada a
cada ano no dia 3 de dezembro, o Secretário-Geral Kofi Annan
salientou que ‘nenhuma sociedade pode alegar estar baseada em
justiça e igualdade se as pessoas com deficiência
não estiverem tomando decisões como membros
habilitados.”
2005:
Como parte da resposta (dada
em 31/3/05) à nova estrutura do Conselho da
Austrália, a Arts Access Australia (AAA) incentivou aquele
conselho a fazer uma sólida avaliação
e revisão do apoio às artes e à
deficiência com vistas ao desenvolvimento de futures
estratégias. Foi exigido que o segmento das
pessoas com deficiência, cujo lema é
“Nada Sobre Nós, Sem Nós”,
fosse consultado para discutir sobre os desafios que a AAA e o Conselho
da Austrália enfrentam. Aqueles que trabalham com a
temática “artes e deficiência”
não se sentem incluídos, mas o segmento das
pessoas com deficiência oferece e continuará a
oferecer sua perícia para o desenvolvimento de recursos
destinados ao setor artístico e cultural.
2005:
Em 2005, foi publicado livro “Nothing About Us Without Us:
Greater, meaningful involvement of people who use illegal drugs
– a public health, ethical, and human rights
imperative” (Nada sobre nós, sem nós:
maior e significativo envolvimento de pessoas que usam drogas ilegais
– um imperativo de saúde pública,
ético e de direitos humanos). Autor: CanadianHIV/AIDS Legal
Network (Rede Legal Canadense sobre HIV/Aids).
2006:
Em janeiro de 2006,
jovens com deficiência da Grã-Bretanha, Bangladesh
e China, representando a Save the Children, foram à ONU em
Nova York numa tentativa final de evitar que 150 a 200
milhões de crianças com deficiência
fossem esquecidos na Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência. O grupo criou uma logomarca, que
diz: “Fazendo lobby na ONU. Inclusão de
360 graus. Nada sobre nós, sem nós”
Jasmine Whitbread, diretora-chefe da Save the Children, disse:
“O estigma associado às crianças com
deficiência significa que, em muitos países, elas
sequer são registradas ao nascer, elas se tornam
invisíveis e são abandonadas, enquanto outras
são encaminhadas a instituições, e
lá são negligenciadas ou escondidas”.
2006:
A ativista Claudine
Sherrill escreveu o artigo “Nothing About Us Without Us: An
Issue of Inclusion?” (Nada sobre nós, sem
nós: Uma questão de
inclusão?”, na revista Palaestra, em 1/1/06, vol.
22, n.1, p.55. Diz a autora: “O lema ‘Nada Sobre
Nós, Sem Nós’, embora
aplicável a qualquer grupo minoritário
cuja representação seja negada nas
decisões que afetam sua vida, evoluiu com o mote oficial da
Disabled Peoples’ International (DPI)”, fundada em
1981 (e-mail: info@dpi.org). O ano de 1981 foi um marco especialmente
importante na luta mundial das pessoas com deficiência por
direitos e oportunidades iguais e foi denominado pela ONU como o Ano
Internacional das Pessoas Deficientes”. A DPI é
conhecida no Brasil como Organização Mundial de
Pessoas com Deficiência (OMPD).
2006:
No Preâmbulo da Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência (adotada em 13/12/06),
os Estados Partes consideram “que as pessoas com
deficiência devem ter a oportunidade de participar ativamente
das decisões relativas a programas e políticas,
inclusive aos que lhe dizem respeito diretamente”.
Alexandre Carvalho Baroni e Regina Atalla, ao divulgarem ainda em Nova
York (onde estavam) a histórica adoção
da Convenção pela Assembleia Geral da ONU,
acrescentaram o lema “Nada Sobre Nós, Sem
Nós” no final da mensagem que enviaram
à lista cvibrasil@yahoo.com.br.
2007:
Aconteceu em Campinas/SP o I
Encontro Municipal “Nada Sobre Nós, Sem
Nós”, em 3 e 4/5/07. Diz a reportage do Infoativo
DefNet, publicada na revista Sentidos: “As pessoas com
deficiência vêm deixando de ocupar um lugar
secundário nas discusses que lhe dizem respeito. Esse
processo, sintetizado no lema NADA SOBRE NÓS, SEM
NÓS, tem sido disseminado pelo movimento internacional de
vida independente. Partindo dessa perspectiva e da
constatação de que há ainda uma
carência significativa de informações
por parte das próprias pessoas com deficiência,
surge o I ENCONTRO MUNICIPAL ‘NADA SOBRE NÓS, SEM
NÓS’, com o objetivo de socializar
informações relacionadas ao Estatuto da Pessoa
com Deficiência, ao Conselho Municipal de Direitos, ao papel
dos órgãos públicos e movimentos
sociais que atuam nessa area, tendo como principal abordagem o acesso
das pessoas com deficiência ao mercado de
trabalho”. O I Encontro Municipal ‘Nada
Sobre Nós, Sem Nós’ foi uma
promoção conjunta entre o Núcleo
Pró-Igualdade de Campinas, a Subdelegacia do Trabalho em
Campinas, do Ministério do Trabalho e Emprego, e o Centro de
Vida Independente de Campinas
(http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=12099&canal=mercado).
2007:
O Fundo Social Europeu divulgou, em 10/7/07, a seguinte
notícia: “Nada Sobre Nós, Sem
Nós. No projeto Sensi Pool, foi constituída uma
equipe editorial composta por pessoas com deficiência. Isto
permite que os concluintes de curso superior de jornalismo inclusivo
coloquem em prática suas habilidades de
redação. A Sensi Pool coopera com a
Rádio Austríaca. Na série
radiofônica ‘Sem Barreiras: Novos Caminhos para
Pessoas com Deficiência’, a equipe da Sensi Pool,
na condição de provedora de conteúdos,
dá suporte técnico através de pesquisa
e material preparatório para os programas de
rádio. Em conformidade com o lema ‘Nada Sobre
Nós, Sem Nós’, a equipe elaborou temas
e conceitos, assim contribuindo enormemente para o sucesso da
série. Cada integrante introduziu nos programas a
perspectiva vista pelas pessoas com deficiência”.
(http://www.esf.at/html-englisch/projekte/projekte_behinderte.html)
2007:
O papel timbrado do
Centro de Vida Independente de Campinas [Campinas/SP] traz a sua
logomarca e o lema “Nada Sobre Nós, Sem
Nós”, além de endereço e
contatos, como segue: Nada Sobre Nós Sem Nós!
Centro de Vida Independente de Campinas – Rua Santo Antonio,
405 – Cambuí - CEP 13024-440, Telefone: 3253-7346
(14h00 às 17h30), Site: www.cvicampinas.com.br, e-mail:
cvicampinas@cvicampinas.com.br
2007:
Foi colocado, no site
http://www.disabilityconsultants.org.au/, o banco de dados
“Disability Consultants – Nothing About Us Without
Us” (Consultores sobre Deficiência – Nada
Sobre Nós Sem Nós). Sua responsabilidade
é do grupo australiano Disability In-Service Training and
Support Service Inc (DISTSS), cujo papel é o de
realçar a vida e a participação
laboral de pessoas com deficiência. O banco de dados traz uma
lista de pessoas com deficiência que têm
experiência e perícia em consultoria, treinamento
profissional, provisão de informações,
desenvolvimento de políticas,
conscientização, palestrantes especializados,
depoimentos pessoais, liderança etc. Contatos: DISTSS Inc.
Postal: Level 1, Suite 1107 530 Little Collins Street Melbourne VIC
3000, E-mail: distss@distss.org.au, telefone: 8686-5621.
2007:
Em Petrolina/PE,
diversos órgãos públicos e entidades
da sociedade civil, sob liderança do ativista
Hélio de Araújo, uniram esforços para
organizar e realizar a Semana Estadual da Pessoa com
Deficiência. Destacou-se, no dia 22 de agosto, o
seminário “Nada Sobre Nós, Sem
Nós”, cuja programação
continha, pela manhã, duas palestras (a cargo do procurador
do trabalho, Dr. Leonardo, e da representante do INSS, Marconiete
Ferreira) e debates propiciados por dezenas de perguntas aos
palestrantes. À tarde, houve
apresentações artísticas do grupo
musical da Apae, do coral do Centro de Apoio Pedagógico II,
de Alcina Gonçalves e do grupo musical Flor de Macambira.
Detalhes e outras fotos no site:
http://veredas1.blog.terra.com.br/?&page=1.
2007:
O ativista de
direitos das pessoas com deficiência Marco Antonio Ferreira
Pellegrini, do Centro de Vida Independente Araci Nallin, leu a Parte 1
do artigo “Nada sobre nós, sem nós: da
integração à inclusão
– Parte 1” (Revista Nacional de
Reabilitação, ano X, n.57, jul./ago.2007, p.8-16)
e, ato contínuo, enviou a seguinte mensagem por e-mail:
“Gostei muito do artigo. Eu desconhecia esta
proximidade histórica do movimento negro com o de pessoas
com deficiência. No entanto, há muito tenho a
convicção de que o forte envolvimento da minha
família com a militância negra em São
Paulo foi um fator de peso na minha inclusão. Estive, desde
muito jovem, envolvido com o tema. Estudar em escolas tradicionais onde
éramos uma meia dúzia de negros entre centenas de
alunos e docentes brancos e, posteriormente, trabalhar em grandes
empresas (Nec, Dixtal, Philips e Metrô) ocupando
posições de visibilidade, me colocaram diante do
racismo, do preconceito e da discriminação. Em
nossa sociedade preconceituosa, ser negro é ter uma
deficiência que leva a uma Incapacidade que resulta em uma
desvantagem. Lidei com isto de todas as formas, na diplomacia e na
porrada, na persuasão e no terrorismo, na esportiva e na
política. No ano passado, proferi uma palestra na Faculdade
Zumbi dos Palmares. Apresentei o filme “Aristocrata
Clube”, que é uma boa síntese da
questão do negro e, intuitivamente, tracei um paralelo com o
movimento das pessoas com deficiência. Foi muito bom: os
alunos se identificaram fortemente. Enfim, me empolguei com este
artigo. Parabéns e abraços. Marco Antonio
Pellegrini, 7/8/07”.
Referências
bibliográficas das Partes 1 e 2
Comunicações pessoais recebidas por e-mails e
material circulado nas seguintes listas acessadas nos meses de maio a
setembro de 2007:
- cvibrasil@yahoogrupos.com.br,
- convencaoonu@yahoogrupos.com.br,
- forumagenda@listas.saci.org.br,
- estatutodapessoacomdeficiencia@yahoogrupos.com.br,
- discapacidadyderechoshumanos@gruposyahoo.com
Declarações e convenções da
ONU e de outras organizações internacionais -
arquivadas no acervo pessoal.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão de pessoas com
deficiência em 2002: Reflexões para 2003. Revista
Nacional de Reabilitação, ano V, n.29,
nov./dez.2002, p.4-6.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Consulta às
organizações de pessoas com
deficiência. São Paulo, 2002.
SASSAKI, Romeu Kazumi. A
não-discriminação e a
ação afirmativa resultam em inclusão
social. Revista Nacional de Reabilitação, ano V,
n.26, maio/jun.2002, p.5-7.
___. Ed Roberts, um dos maiores precursores da inclusão de
pessoas com deficiência. Revista Nacional de
Reabilitação, n.21, ano IV, jul./ago.2001, p.6-7.
Sites do Google e Wikipedia - acessados nos meses de junho a setembro
de 2007.
Romeu
Kazumi Sassaki: Consultor e
autor de livros de inclusão social. E-mail:
romeukf@uol.com.br