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Educação Matemática Brasileira no Âmbito do Ensino e da Pesquisa
Adriana Moura Saúde

A Educação Matemática surgiu da preocupação de matemáticos e de professores de Matemática do Ensino Fundamental, Médio e Superior sobre os encaminhamentos metodológicos da sua prática educativa. O esforço empreendido para, de algum modo, viabilizar a Educação Matemática como disciplina autônoma é relativamente novo.

Essa percepção encontra adeptos no Brasil e no resto do mundo. A formação de professores secundários pelas universidades e a crescente inserção da Psicologia da Educação, tendo como principal característica a preocupação de como a criança aprende, foram primordiais para o surgimento da Educação Matemática.

A Matemática Moderna foi grande incentivadora para o atual trabalho em Educação Matemática e, por meio de pesquisas, caminha-se para um ensino matemático menos calculado e mais pensante.

Considera-se, assim, a Educação Matemática não apenas como uma ciência que envolve a dimensão didático-metodológica, mas, também, outras áreas de caráter epistemológico, sociológico, psicológico e histórico-filosófico pertinentes à Educação e à Matemática.

No campo da pesquisa em Educação Matemática, a maioria dos problemas que deram origem a projetos de investigação é decorrente de perguntas que surgem diretamente da prática de ensino, aquelas geradas a partir da investigação, estudos precedentes ou, ainda, da própria literatura da área.

Sabe-se hoje, graças às pesquisas, que a Educação Matemática Brasileira, enquanto campo profissional e área de investigação, percorreu algumas fases de desenvolvimento, tanto no campo do ensino quanto no campo da pesquisa.

O binômio “Matemática e Educação Matemática” continua sendo o fulcro privilegiado das discussões acadêmicas.

Do ponto de vista do ensino, um sistema requer que os conceitos, usados de modo apenas intuitivo na vida diária, sejam formalizados para que o educando compreenda o sistema de representação, o qual requer que haja o domínio de linguagens Matemáticas, tais como a aritmética, a algébrica, a gráfica e a geométrica.

Pode-se dizer também que a Matemática é uma ciência aplicável na vida cotidiana, na tecnologia, em outras ciências ou, ainda, em diversos contextos, pois necessariamente foi forjada pelos homens de determinada sociedade, logo, sua aplicabilidade é uma decorrência de sua produção.

Sua sistematização no ensino se dá por meio da incorporação dos conteúdos Matemáticos, tais como: interpretação de gráficos, porcentagens, proporções, constantes e variáveis de um problema, estimativas, cálculos mentais, possibilidades de análise e de conclusão, entre outros.

A partir deste pressuposto, considera-se que o ensino da Matemática não interessa apenas aos matemáticos e à ciência ou, ainda, somente aos educadores matemáticos e à educação, mas, sim, a ambos: cientistas e educadores e seus respectivos campos de atuação.

Para tanto, identifica-se a Educação Matemática como uma parte essencial da educação e caracteriza-se que o seu papel é tão importante quanto o domínio da leitura e da escrita da língua materna.

Adriana Moura Saúde é Pós-Graduada em Educação Matemática pela UBM (Universidade de Barra Mansa - RJ), Graduada em Matemática pela UBM (Universidade de Barra Mansa - RJ), Graduada em Relações Públicas pela UBM (Universidade de Barra Mansa - RJ), Formadora de Matemática do Projeto Planeta Educação no Município de Pindamonhangaba.

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