Educação e Tecnologia
Inclusão Digital
Maria Cristina Fidêncio Fontinate
Podemos iniciar entendendo o que é inclusão digital. Inclusão Digital (ID) é o nome dado ao processo de democratização do acesso às tecnologias da informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação. É também simplificar a sua rotina diária, maximizar o tempo e as suas potencialidades.
Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails, mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida.
Para acontecer, a inclusão digital precisa de três instrumentos básicos, os quais são: computador, acesso à rede e ao domínio dessas ferramentas, pois não basta apenas o cidadão possuir um simples computador conectado à internet que iremos considerá-lo incluído digitalmente. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas.
Enfim, significa, antes de tudo, melhorar as condições de vida de uma determinada região ou comunidade com a ajuda da tecnologia. A expressão nasceu do termo “digital divide”, que em inglês significa algo como “divisória digital”.
Hoje, é comum ler expressões similares como democratização da informação, universalização da tecnologia e outras variantes parecidas e politicamente corretas.
Em termos concretos, incluir digitalmente não é apenas “alfabetizar” o indivíduo em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores.
Como fazer isso? Não apenas ensinando o bê-a-bá, mas mostrando como ele pode melhorar sua vida com a ajuda da tecnologia. A ID consiste em saber utilizar um editor de texto ou uma planilha eletrônica de maneira que ela lhe seja útil, ou ainda, saber usar a internet para aprender, ler, pesquisar, saber o que é e para que servem ferramentas básicas web, tal como o próprio Google.
Não podemos confundir pesquisar e ler com copiar e organizar textos da internet para serem entregues como trabalhos disciplinares. E, sim, um trabalho que envolve horas (até dias) de busca à frente do Google e a leitura de dezenas de sites especializados para que seu ponto de vista seja formado e aprimorado.
Devemos, sim, mostrar que a tecnologia é um meio, a qual está associada ao raciocínio e a uma educação básica. Com os esforços de “inclusão digital”, outros públicos também compõem o alvo: idosos, pessoas com deficiência, população de zonas de difícil acesso, dentre outros.
A ideia é que as tecnologias da informação vieram para ficar e, no futuro, quem não estiver “incluído digitalmente” viverá sob uma limitação social importante, perdendo, inclusive, direitos garantidos à cidadania. Aliada a isto, existe a necessidade do acesso pleno à Educação.
Enfim, inclusão digital não é apenas ter acesso ao computador e à internet. É poder usar todas as informações disponíveis e transformá-las em conhecimento. Pegar esse conhecimento e transformá-lo em decisão.
A evolução da informática e seus recursos nas últimas décadas vêm provocando uma contínua transformação na forma como os professores ministram suas aulas, os docentes utilizam recursos audiovisuais para interagir e atrair o interesse dos jovens.
Os computadores não são utilizados apenas em aulas especializadas de Informática, mas também em aulas de Geografia, História, Física, Matemática, Literatura, entre outras, transformando-se, portanto, numa ferramenta que tem como objetivo dinamizar as aulas e, principalmente, atualizá-las.
Com isto, o professor é estimulado a adquirir inúmeras habilidades e competências para dominar as ferramentas necessárias. Esse progresso tecnológico gerou um mundo altamente competitivo e de competição globalizada.
No mercado moderno, não se compete apenas com concorrentes num espaço físico próximo ao seu, mas sim com concorrentes do mundo inteiro, os quais estão ligados online pela rede, oferecendo inúmeros serviços.
Percebe-se que apenas a máquina não sana as necessidades encontradas pelos alunos no processo educacional. Para essa mudança, são necessários basicamente três fatores primordiais: o computador, o software e o profissional capacitado a usá-los.
Referências
Barbara Coelho Neves – Especialista em Gestão da Comunicação Organizacional Integrada, Mestra em Ciência da Informação e Doutoranda em Educação. Profª de Elementos Acadêmicos em Ciência e Tecnologia e Temas Especiais em Tecnologia no Instituto Milton Santos (UFBA).
Temas de interesse: Cognição e Inclusão Digital; Tecnologia da informação; C&T e Desenvolvimento.
Inclusão Digital no Brasil – Plano Nacional de Banda Larga
Maria Cristina Fidêncio Fontinate é Coordenadora-Pedagógia em São Manuel, formada em Administração de Empresas e em Pedagogia.