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As Diferenças entre os Jogos de Entretenimento e os Educativos
7 princípios para projetar jogos educativos eficientes

Livro de Autoria de Leandro Demenciano

Muitos pais, quando pensam em comprar um brinquedo para seus filhos, pensam em algo que seja divertido, mas que também contribua para a educação deles, ensinando-os algum conceito benéfico ou desenvolvendo neles alguma habilidade sensório-motora. Nas escolas, este propósito é ainda mais forte, e professores criam, e as escolas compram e pedem, na listas de material, brinquedos e jogos educativos.

Estimulada por este movimento, a indústria começou a fabricar jogos educativos baseando- se naquilo que era preconizado pelos pedagogos em uma época em que o construtivismo era pouco ou nada difundido nas escolas.

Desta situação, nasceu e se desenvolveu a cultura dos jogos educativos que até hoje predomina nas lojas de brinquedo - com seções destacadas das demais - escolas em geral e na mentalidade de pais e professores.

O livro “O que os jogos de entretenimento têm que os educativos não têm: 7 princípios para projetar jogos educativos eficientes” vem para acabar com este paradigma, demonstrando que jogos de entretenimento, como os videogames por exemplo, são mais efetivos quando utilizados para fins pedagógicos do que os jogos chamados educativos. Para ilustrar o que estou dizendo: em janeiro de 2004, o dr. James Clarence Rosser Jr., chefe de cirurgia minimamente invasiva e diretor do Instituto de Tecnologia Médica Avançada do Beth Israel Medical Center em Manhattan, apresentou, no Medicine Meets Virtual Reality Conference, em Newport – CA, resultados impressionantes da pesquisa que ele e sua equipe conduziram:

- Cirurgiões que no passado jogaram videogame mais de três horas por semana erram 37% menos em cirurgias minimamente invasivas; e as terminam 27%
mais rápido que seus colegas que nunca ou pouco jogaram.

- Cirurgiões que permanecem jogando videogame pontuam 40% melhor no Top Gun Suturing Course [curso de sutura em videolaparoscopia].

- Habilidade com os videogames e experiências passadas com esse tipo de jogo foram significativamente melhores indicadores da proficiência dos cirurgiões na
videolaparoscopia que o número de cirurgias realizadas e anos de treinamento. (Disponível em: . Acesso em: 15 mai.
2007)

Dr. James Clarence Rosser Jr. Chefe de cirurgia minimamente invasiva do Beth Israel Medical Center em Manhattan, treina outros doutores usando videogames para melhorar suas habilidades na sala de operação. (MARRIOTT, 2005, pág.1)

No livro, eu apresento outros exemplos, de jogos não eletrônicos também, como o Cubo Mágico, o RPG e o futebol. E comparo-os com alguns jogos educativos bastante recorrentes, evidenciando o que torna os primeiros melhores do que os últimos no quesito aprendizagem.

Os jogos são como a faca, podem ser úteis ou destrutivos, depende daquele que usa. O problema é que muitos dos que querem usá-lo para o bem da educação, não sabem utilizá-lo para isso, e nem sabem onde buscar esse conhecimento. É para estes que escrevi o livro.

Em “O que os jogos de entretenimento têm que os educativos não têm: 7 princípios para projetar jogos educativos eficientes”, você aprenderá os 7 princípios que regem uma aprendizagem de qualidade dentro dos jogos. Aprenderá também como selecionar e criar um jogo - tão eficiente quanto o videogame é para a videolaparoscopia - para determinado conteúdo que queira ensinar.

Antes de tudo, jogos educativos são jogos. E o livro traz a questão por um novo ângulo, o ângulo de um game designer, profissional que cria jogos, mas que fundamenta-se na pedagogia para fazer suas demonstrações.

Desse modo, os educadores se sentem em casa durante a leitura do livro, ao mesmo tempo que se surpreendem pelas novas perspectivas abertas por este novo ponto de vista.

Avaliação deste Artigo: 4 estrelas