A Semana - Opiniões
Prisioneiros do passado
Uma nova chance para nós mesmos
É comum ouvirmos nossos alunos falando sobre grandes feitos do ano passado. Referem-se ao “ano passado” como se estivesse tão vivo quanto o presente e, até mesmo quando por um acaso falam de algum episódio não tão agradável, ainda assim mostram-se muito ligados ao que já passou, ao que não existe mais.
Esta característica pode ser muito ruim, pois eles deixam de olhar para frente, para o futuro e podem tornar-se prisioneiros do passado a ponto de não identificarem as belezas do hoje, do agora.
Este aspecto, contudo, não está presente apenas em nossos alunos, mas muitos de nós, já adultos, também sofremos atrás das grades desta prisão, grades estas que nos tornam pessoas conhecidas pela nostalgia que, não tomadas algumas precauções, pode minar nosso otimismo diante daquilo que hoje estamos vivendo.
Temos a impressão que o estado de nostalgia nos deixa com o olhar longínquo e, nesta condição, ficamos distanciados da realidade do hoje, tal como ela se apresentar. Muitas das vezes nossos olhos estão abertos, mas apenas fisicamente, pois tudo o que verdadeiramente nos importa é nos permitir o prazer de relembrar os belos momentos que um dia experimentamos.
A verdade é que ainda que nossa realidade não seja, num primeiro momento, tão bela como um dia foi, é ela que determinará como será o nosso futuro, pois os tempos estão interligados entre si, ou seja, o hoje é a base do amanhã, assim como também é o resultado do ontem.
O que pode acontecer, muitas das vezes, é uma insatisfação diante daquilo que um dia foi vivido, ou seja, a pessoa não se sente satisfeita e acredita que determinado momento de sua vida, no qual ela foi imensamente feliz, poderia muito bem ter sido perpetuado ou, pelo menos, ter tido uma durabilidade muito superior ao que na realidade teve.
É fácil compreendermos esta posição, pois muitas são as pessoas que um dia desejaram um final feliz como nos contos de fadas. A famosa frase “E viveram felizes para sempre” pode ter sido o ideal de muitos de nós. Se pararmos um pouco para pensar, o “viver feliz para sempre”, na qualidade de objetivo a ser alcançado, faz com que muitos investimentos sejam realizados. Nesta condição, inclusive, há o direcionamento de muito trabalho, sendo que o envolvimento de alguns valores a fim de atingir algum ideal nos faz doar e expor muito de nós mesmos.
A busca da felicidade e do bem-estar pode envolver muito mais do que nossos recursos externos, ela é capaz de envolver-nos completamente. Como o “viveram felizes para sempre” só existe mesmo em contos de fadas, é muito provável que os privilégios que nosso objetivo alcançado nos proporcionou tenham sido extintos por algum motivo.
Contudo, houve dias felizes, houve alguma forma de satisfação, mas como num passo de mágica, as coisas foram perdendo a beleza e quando menos se esperava, identificamos uma realidade muito aquém daquela que um dia foi vivida por nós, uma realidade estática e muito longe dos objetivos um dia foram traçados e alcançados.
Todas estas vivências e experiências do passado podem nos aprisionar em grades de ouro, pois são, de alguma forma, fontes de prazer para nós, dado que as lembranças as deixam tão vivas quanto na época em que elas aconteceram.
Ora, não é aconselhável vivermos apenas do passado, alimentando-nos daquilo que já não existe. É preciso olhar para frente, pois ainda há coisas belíssimas para ser vividas e ser construídas, desde que renunciamos nossa condição de prisioneiros do passado.
Olhar para a frente é, entre tantos outros aspectos, investirmos mais uma vez em nossa felicidade, em nosso bem-estar. É dar mais chance a nós mesmos. É ver no hoje uma grande chance para sorrir, para se alegrar. Como professores e, muitos de nós, também pais, precisamos ensinar nossos alunos pelo nosso exemplo, exemplo de determinação e resiliência.
É comum ouvirmos nossos alunos falando sobre grandes feitos do ano passado. Referem-se ao “ano passado” como se estivesse tão vivo quanto o presente e, até mesmo quando por um acaso falam de algum episódio não tão agradável, ainda assim mostram-se muito ligados ao que já passou, ao que não existe mais.
Esta característica pode ser muito ruim, pois eles deixam de olhar para frente, para o futuro e podem tornar-se prisioneiros do passado a ponto de não identificarem as belezas do hoje, do agora.
Este aspecto, contudo, não está presente apenas em nossos alunos, mas muitos de nós, já adultos, também sofremos atrás das grades desta prisão, grades estas que nos tornam pessoas conhecidas pela nostalgia que, não tomadas algumas precauções, pode minar nosso otimismo diante daquilo que hoje estamos vivendo.
Temos a impressão que o estado de nostalgia nos deixa com o olhar longínquo e, nesta condição, ficamos distanciados da realidade do hoje, tal como ela se apresentar. Muitas das vezes nossos olhos estão abertos, mas apenas fisicamente, pois tudo o que verdadeiramente nos importa é nos permitir o prazer de relembrar os belos momentos que um dia experimentamos.
A verdade é que ainda que nossa realidade não seja, num primeiro momento, tão bela como um dia foi, é ela que determinará como será o nosso futuro, pois os tempos estão interligados entre si, ou seja, o hoje é a base do amanhã, assim como também é o resultado do ontem.
O que pode acontecer, muitas das vezes, é uma insatisfação diante daquilo que um dia foi vivido, ou seja, a pessoa não se sente satisfeita e acredita que determinado momento de sua vida, no qual ela foi imensamente feliz, poderia muito bem ter sido perpetuado ou, pelo menos, ter tido uma durabilidade muito superior ao que na realidade teve.
É fácil compreendermos esta posição, pois muitas são as pessoas que um dia desejaram um final feliz como nos contos de fadas. A famosa frase “E viveram felizes para sempre” pode ter sido o ideal de muitos de nós. Se pararmos um pouco para pensar, o “viver feliz para sempre”, na qualidade de objetivo a ser alcançado, faz com que muitos investimentos sejam realizados. Nesta condição, inclusive, há o direcionamento de muito trabalho, sendo que o envolvimento de alguns valores a fim de atingir algum ideal nos faz doar e expor muito de nós mesmos.
A busca da felicidade e do bem-estar pode envolver muito mais do que nossos recursos externos, ela é capaz de envolver-nos completamente. Como o “viveram felizes para sempre” só existe mesmo em contos de fadas, é muito provável que os privilégios que nosso objetivo alcançado nos proporcionou tenham sido extintos por algum motivo.
Contudo, houve dias felizes, houve alguma forma de satisfação, mas como num passo de mágica, as coisas foram perdendo a beleza e quando menos se esperava, identificamos uma realidade muito aquém daquela que um dia foi vivida por nós, uma realidade estática e muito longe dos objetivos um dia foram traçados e alcançados.
Todas estas vivências e experiências do passado podem nos aprisionar em grades de ouro, pois são, de alguma forma, fontes de prazer para nós, dado que as lembranças as deixam tão vivas quanto na época em que elas aconteceram.
Ora, não é aconselhável vivermos apenas do passado, alimentando-nos daquilo que já não existe. É preciso olhar para frente, pois ainda há coisas belíssimas para ser vividas e ser construídas, desde que renunciamos nossa condição de prisioneiros do passado.
Olhar para a frente é, entre tantos outros aspectos, investirmos mais uma vez em nossa felicidade, em nosso bem-estar. É dar mais chance a nós mesmos. É ver no hoje uma grande chance para sorrir, para se alegrar. Como professores e, muitos de nós, também pais, precisamos ensinar nossos alunos pelo nosso exemplo, exemplo de determinação e resiliência.