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Matemática

Ton Ferreira Consultor de Governos da Planneta Educação, uma empresa do grupo Vitae Brasil. Mestre em Projetos Educacionais de Ciências pela USP; MBA em Gestão de Pessoas pelo Centro Salesianos e Pós-Graduado em Ética, Valores e Cidadania pela USP; graduado em Matemática pela UNESP. Experiência na área Gestão de Pessoas e de Formação Continuada, Docência e Palestras com foco em educação, ciência e tecnologia.

Matemática Lúdica no Ensino Básico
O caminho para tornar a disciplina fascinante

A Matemática sempre foi vista como a matéria aterrorizadora dos alunos. Quando se pergunta nas escolas qual a disciplina que eles mais gostam, aparecem com maior frequência a Língua Portuguesa, Ciências, Geografia e História, sendo que a Matemática é a menos citada na grande maioria das vezes.

Por que será que isso acontece?

Sabe-se que os seres humanos nascem com habilidades múltiplas e alguns possuem habilidades mais aguçadas para determinadas áreas. Os que tendem à área de exatas se dão muito bem na escola com a matemática, física ou química. Já outros, precisam desenvolver essas habilidades e é neste ponto que entra a importância do “COMO” desenvolvê-las.

A criança enquanto na Educação Infantil, e até mesmo nas Séries Iniciais, possui um contato maior com atividades lúdicas, porém, isso vai se perdendo no decorrer dos anos. Este fato faz com que os alunos conscientizem-se do material lúdico como ferramenta voltada apenas para “crianças” e quando estão já no fundamental II ou no ensino médio, acreditam que não precisam mais dar passos por este valioso caminho.

Outro motivo é a forma como são introduzidos tais materiais. Um exemplo é o trabalho com os Blocos Lógicos. Na Educação infantil, muitas vezes os professores restringem-se apenas a deixar os alunos “brincarem” com o material, montando casinhas, carrinhos e robozinhos e perdem o foco do trabalho com este material. Às vezes até trabalham a questão das formas geométricas, porém estagnam.

Quando esses alunos chegam no 1º, 2º ano não querem mais trabalhar com os Blocos, pois acham que são só pra “criancinhas”. Para que tal fato não ocorra, o professor deve deixar bem claro aos alunos a importância desse material, traçando assim seus objetivos, mesmo que não trabalhe com todas as possibilidades.

Só para ressaltar, com os blocos lógicos conseguimos trabalhar no Fundamental II ou até mesmo no Ensino Médio, fazendo um Jogo de Dominós, utilizando todas suas características e propriedades.

E por que não ensinar a Função Seno aos alunos do Ensino Médio com a ajuda de Rodas de Carro e uma Vara de Pescar? E a Função Quadrática, que tal levar os alunos em um jogo de voleibol para entenderem o que é uma parábola?

Esse é o caminho, utilizar materiais concretos e do cotidiano para explicar conteúdos tão abstratos aos alunos.

A partir do momento que o aluno tomar consciência de que a Matemática pode ser entendida e não decorada; encontrada ao seu redor e não como algo vindo do além (abstrato) pode-se mudar esse quadro e encontrar com mais frequência a resposta MATEMÁTICA para a pergunta: qual a matéria que você mais gosta?

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