Planeta Educação

De Olho na História

Denise Nascimento Mediadora de Língua Inglesa do Planeta Educação - Graduada em Pedagogia pela Universidade Bandeirante de São Paulo.

Papel da mulher no magistério
Denise Nascimento

Desde o início de nossos estudos referentes à história geral e da educação, vimos vários aspectos que contribuíram para compreendermos melhor as mudanças e permanências da nossa sociedade atual.

Dentre este longo percurso, partindo da Grécia Antiga até a época do Império no Brasil, várias são as observações e reflexões feitas a partir do papel da mulher nestas sociedades, ou seja, de mera espectadora no início dos tempos à sua nova posição frente ao mercado de trabalho atual, no mundo contemporâneo, em que muitas mudanças econômicas e sociais contribuíram para alterar a atuação das mulheres.

Após a Independência do Brasil, havia a necessidade de anular certos ranços do período colonial em nossa sociedade, entretanto, poucas foram as mudanças, principalmente para os mais pobres, pois a estrutura colonial persistia na sociedade Imperial, devido esta independência ter sido apenas econômica, pois a sociedade caracterizava-se pelo seu caráter escravista, com economia agrário-exportadora.

Outro ranço da sociedade colonial que se fazia presente nos tempos do Império era a educação não ser prioridade devido à sociedade possuir características agrário-exportadora, sendo, desta maneira, a educação concebida como desnecessária para aqueles que iriam lidar com a terra.

A educação era vista como um ornamento, erudição, status, sendo destinada apenas aos filhos dos colonos, mas não tinha caráter utilitário, sendo assim, mesmo que as leis em meados de 1827 estabelecessem as escolas das primeiras letras, esta sociedade escravocrata mostra-nos a dualidade entre o Brasil Real X Brasil Legal. []

Neste contexto, há o surgimento de algumas escolas, que eram caracterizadas pela dualidade entre a formação dos meninos x formação das meninas. 

Tinham escolas para meninos, com professores e, também, aquelas para as meninas, que eram educadas por uma professora, ou seja, não havia mistura de gêneros. 

Os conteúdos também eram diferenciados, tais currículos posteriormente iriam designar também a diferenciação salarial entre estes profissionais.

Mas não só as mulheres foram prejudicadas em sua formação educacional, a população de origem africana também sofreu inúmeras desvantagens, assim como a indígena, ambas tinham, na maioria das vezes, a sua presença vedada nas escolas.

As mulheres, que eram filhas de grupos sociais privilegiados, recebiam uma educação voltada para o casamento, recebendo várias instruções com o objetivo de torná-las uma boa companhia para os seus maridos e uma mulher que pudesse representá-lo de modo adequado e respeitável na sociedade. 

Neste contexto, nota-se uma certa conformidade entre estas mulheres de origem aristocrática, pois eram diferentes das menos privilegiadas, tinham o que perder. 

Tal situação de conformidade pode ser observada nos dias atuais, as mulheres, principalmente as mais ricas, continuariam presas a casamentos e a certos padrões de conduta com medo de perderem uma vida mais confortável e seu status.

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