Planeta Educação

Aprender com as Diferenças

 

Usando Realidade Aumentada em um Sistema de Percepção 3D para Deficientes Visuais
Roberto S. Wataya, José A. Valente, Claudio Kirner, Tereza G. Kirner

A realidade aumentada é uma área do conhecimento que vem se expandindo significativamente, levando a inúmeras possibilidades de investigação científica. Sistemas de realidade aumentada para simulações e procedimentos em engenharia, medicina e educação têm sido objeto de pesquisa em todo o mundo [1] [2] [4]. 


No Brasil, várias pesquisas sobre realidade aumentada vêm sendo conduzidas ([6], [7], [9], [10], [12]), destacando-se aplicações educacionais e para portadores de necessidades especiais ([5], [8], [11], [15], 16]).

Recentemente, verifica-se, no Brasil, um aumento do número de Pessoas com Necessidades Especiais Visuais (PNEV’s) nas escolas e em cursos de inclusão digital. 

Para atender a essa população, têm sido usadas aplicações computacionais, nas quais o professor define e implementa um pequeno roteiro, utilizando recursos de software, por onde o aluno cego inicializará sua preparação para utilizar a informática e, a partir daí, para utilizar procedimentos na educação e no campo profissional.

De um modo geral, as preocupações dos educadores estão amparadas por iniciativas governamentais, no que se refere à inclusão das Pessoas com Necessidades Especiais. 

Nota-se o surgimento de mecanismos que complementam a educação dessas pessoas, inclusive prestando assistência técnica e financeira à formação de professores para o atendimento educacional especializado. 

Além disso ocorre a formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação inclusiva.

Percebe-se, assim, a preocupação com iniciativas de educação inclusiva. 

O ensino, como procedimento real e eficaz para a população de PNEV’s, baseia-se em aspectos sonoros e táteis, passíveis de serem simulados em um sistema de realidade aumentada. 

Neste contexto, sistemas de realidade aumentada podem apresentar e simular objetos e quadros pictóricos de interesse, permitindo sua exploração e estudo. 

O uso de ferramentas educacionais baseadas em realidade aumentada pode contribuir para uma nova maneira de aprendizagem, na qual objetos e imagens tridimensionais, exploração interativa e informações táteis e sonoras se combinam a fim de oferecer um ensino mais efetivo. 

A incorporação de tais recursos às ferramentas, possibilita melhor preparo das PNEV’s e, conseqüentemente, maior qualificação desses indivíduos para o mercado de trabalho e para a sociedade.

Ambientes de simulação para o ensino de perspectiva e representação tridimensional (3D) para PNEV’s, baseados em realidade aumentada, facilitam a análise, de forma realista, de aplicações específicas, como, por exemplo, a percepção de quadros em baixo relevo e a construção de maquetes equivalentes. 

No sentido inverso, ao entender a representação espacial (perspectiva e profundidade), o cego poderá, a partir de uma maquete, construir um quadro em baixo relevo que seja percebido tanto pelo tato quanto pelos não PNEV’s. Dessa forma, esses ambientes baseados em realidade aumentada podem oferecer uma visualização 3D de modelos confeccionados a partir de quadros reais para uma interação baseada no tato.

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