Planeta Educação

Diário de Classe

Paulo Fernando de Castro  Professor, escritor e palestrante; Autor do livro infantil “Em Busca da Chave Mágica”.

Brincar também é aprender
Paulo Castro

Quem não gosta de brincar? Isso realmente é muito difícil de acontecer, pois todos, sem exceção, gostam de brincar.

Brincar também é aprender e estamos aprendendo com uma atividade lúdica que mexe com os sentidos do protagonista, com sua interatividade com o objeto ou numa relação social.

Brincar por brincar, eis a questão.

A todo momento posso brincar e isso, muitas vezes, está implícito através da percepção dos cinco sentidos, que são expressados no aprender com o real "brincar".

Pode parecer que "brincar" é divertimento, mas até no "brincar" existe um fundo de senso moral, ético e educativo.

Dentro do campo da psicologia, o ser está em contato com o "brincar" e evidencia o criativo como uma das percepções.

"O ser criativo é ter uma percepção mais sensível do mundo e das experiências reservadas pela vida, é se permitir "brincar" com as coisas e com os conceitos, explorando ideias e situações pelo simples prazer de ver onde elas podem levar", diz Jacqueline Baumgratz - pedagoga em Arte-educação.

O protagonista vivencia o "brincar" e, com maneiras lúdicas, vai se despontando a descobrir talentos que estão sendo canalizados, através das potencialidades que já existem dentro dele.

Essas potencialidades são enaltecidas junto aos sentidos e ao contato com o meio ambiente, objetos e social, uma forma de aprender conceitos humanos verdadeiros que são teorizados em sala de aula e agora, no "brincar", é vivido na prática.

Esta prática pode dar mais sentido e apreendido de fato no processo de "brincar", pois é no "brincar" que aprendemos, de maneira lúdica, no firmamento dos conceitos didáticos da metodologia aplicada de forma convencional na sala de aula.

Um exemplo de que no "brincar" apreendemos as matérias em sala de aula é como no meu projeto Arte-Educação de uma oficina de recreação literária, na qual brinco com as crianças, pais e educadores, uma maneira prazerosa de aprender a ler e escrever.

É no "Brincando e Aprendendo com a Literatura infantil" , nesta oficina de recreação literária, que observamos num simples ato de "brincar" a produção de estorinha como "gente grande", reestruturando o texto a partir da ligação de letras que formam palavra, e que juntando as palavras formam frase, e que juntando as frases formam um parágrafo, e que juntando os parágrafos formam um livro e, nesse processo, diferenciamos o mecanismo do "brincar".

Usando de brincadeira lúdica, o protagonista vai percebendo como é simples escrever e ler sem ter por obrigação, como é implantado na educação formal, levando ao verdadeiro gosto pela leitura.

Desta forma, sem ter forma, a livre imaginação é usada a todo momento pelo protagonista dentro da recreação literária, transpondo limites e indo ao encontro a sua verdadeira personalidade talentosa.

Mexer com o raciocínio de maneira lúdica e criativa é pôr em prova o fato de que "tem que ser assim" é descabível e imoral e não põem a construir nada para o desenvolvimento que visa a enaltecer o "livre arbítrio" do protagonista, evidenciado no usar de maneira positiva e agradável o que é aprender brincando .

Precisamos ter uma liberdade do conhecimento sem trombar com a liberdade do conhecimento do outro, por meio de expressão ludocriativa da cultura, vivenciando experiências humanas a arte como atividade social humana.

Brincar é muito importante.

Paulo Castro - escritor.

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