Planeta Educação

Aprender com as Diferenças

 

Novas conquistas do José
Mais uma história de superação

Quando era uma jovem universitária, entre uma revolução e outra, entre o capitalismo e o socialismo, nos raros momentos de folga, joguei voley defendendo nossa unidade em torneios internos... Formada, professora, continuei jogando umas "peladinhas" de voley para maior integração com meus alunos... Vários anos depois, já como mãe do José, resolvi ensinar a ele alguns fundamentos de voley, dentro de nossa piscina. Aí vieram as Olimpíadas de Atenas, quando assistimos vários jogos e torcemos muito pelo Brasil. Alguns tombos depois e já usando duas muletas, paramos os treinos.

Acreditando que devemos preparar nossos filhos para o mundo, já que para isso lutamos, coloquei o José numa colônia de férias aqui em Miguel Pereira; onde passou, sem pai e nem mãe (apenas com os profissionais e os colegas) uma semana. Ele foi tratado com qualquer menino que lá estava, inclusive levando broncas quando aprontava.  Fizeram várias atividades, entre tirolezas e caminhadas pela mata, também jogaram voley. José voltou falando muito nisso. Quando conversei com o psiquiatra dele sobre práticas espotivas,  ele, na hora, recomendou o voley que é com o prof. Pajoré, o mesmo da colônia de férias.

Ele se animou, fizemos a inscrição e o professor reafirmou o que havia dito durante a colônia, que ele era igual a qualquer outro, que não ia dar moleza. Este treinador exige empenho, assiduidade e boas notas na escola para que eles continuem jogando.

Agora, além de "pontes", ele está aprendendo cortadas, saques e manchetes e encontrou, inclusive, algumas "gatinhas" que jogam no mesmo horário. José está muito empolgado e nós estamos vibrando com mais essa inclusão esportiva e social.

Ele tem nos surpreendido e continua a nos surpreender a cada desafio que enfrenta.

Nosso Zé está muito feliz, pois vai passar de ano escolar, tirando notas ótimas, fazendo as provas e avaliações sozinho e sem ajuda, como ele mesmo explicou: "Se os outros meninos podem, eu também posso".

Então é correr para o abraço e dar um "peixinho".

Narli - mãe(babona) do José 13 anos entre "pontes" e "cortadas".

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