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Os livros que tratam de temas delicados
Alcoolismo e suicídio são temas que os autores infanto-juvenis já não evitam

O escritor Ignácio de Loyola Brandão lembra que, menino, foi mandado certa vez para fora da sala onde os adultos conversavam. "Tem gente descalça", justificavam eles, que comentavam sobre uma vizinha que se matara com formicida. "Perguntei à minha madrinha: Por que as pessoas se matam? Não obtive resposta e durante anos o suicídio foi uma coisa que me deixou muito grilado, perplexo, me traumatizava, provocava medo", observa o cronista do Caderno 2. Hoje em dia, além de uma boa conversa, o jovem Loyola teria à disposição o livro Os 13 Porquês, em que Jay Asher oferece uma abordagem delicada de um assunto recorrente em diversos países: o suicídio na adolescência. A obra é uma das várias opções oferecidas pelas editoras de literatura infantil e infanto-juvenil que tratam de temas tabus, mas com a delicadeza e cuidado necessários. Uma aposta crescente e bem-vinda. Os 13 Porquês, por exemplo, integra uma nova coleção da Ática, a Série Z, iniciada com Dizem Que Sou Louco, de George Harrar, uma surpreendente história sobre Transtorno Obsessivo Compulsivo, o famoso T.O.C., que atinge de 2% a 4% da população mundial. Além disso, nas prateleiras de livrarias é possível encontrar livros que tratam de câncer, alcoolismo paterno, homossexualismo, morte, mal de Alzheimer, deficiência física, entre outros.

Ubiratan Brasil

Para saber mais, acesse o link do Estadão: http://estadao.com.br/estadaodehoje/20090908/not_imp430929,0.php

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