Aprender com as Diferenças
Ajudando a comunidade a ajudar a escola
Tradução Maria Amélia Vampré Xavier
Ajudando a comunidade a ajudar a escola
(Helping the community help the school) -
Extraído de documento da Unicef – Teachers Talking.
Traduzido do inglês e digitado em S.Paulo por Maria Amélia Vampré Xavier, Rede de Informações Área Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais), Rebrates, SP, Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Inclusion InterAmericana e Inclusion International em 7 de outubro, 2009-10-07
Até há muito pouco tempo atrás não havia grande preocupação dos pais, das famílias, em relação ao que se passava na escola a que iam nossos filhos.
Achava-se que matricular o filho na escola era nossa obrigação e isso feito tudo mais passava a ser obrigação de outras pessoas ou instituições: do Ministério ou Secretaria da Educação, dos professores contratados, da diretora ou diretor do estabelecimento. De vez em quando recebíamos o boletim sobre o progresso escolar de nosso filho e confiando no bom nome da escola líamos o boletim sem muita preocupação e esquecíamos o assunto.
Hoje não! sabe-se que a educação de uma criança começa no dia em que nasce, que ela precisa não somente de nutrientes para o corpo mas também para o espírito, que é fundamental que receba afeto e estimulação tanto física quanto espiritual desde seus primeiros dias de vida.
Hoje a escola traz enormes desafios: os alunos em muitas escolas são rebeldes, malcriados, agridem os professores com palavras grosseiras, não teem mais o respeito que, na minha geração que ficou muitos anos para trás, nutria pelos professores que nos ensinavam. Existe violência física na escola, violência verbal, preparo nem sempre eficiente dos professores para ensinar, enfim uma soma de fatos que nos fazem pensar de maneira nova, que temos de colaborar com a escola, nós, pais, e toda a comunidade que nos cerca. É essa a nova atitude a tomar ou corremos o sério risco de termos nosso país classificado como bem atrasado em cultura e educação de qualidade isso quase no início da segunda década deste século!
O texto da UNICEF, que reproduzimos abaixo, dá informações importantes, extraídas do Phillipines Multigrade Teacher´s Handbook. Vamos pensar juntos como podemos fazer a comunidade colaborar com a escola, melhorando-a sensivelmente.
Mesmo além do círculo imediato de famílias com filhos em nossas classes, a comunidade pode ser um recurso importante, apoiando de muitas maneiras o aprendizado ativo.
Os líderes comunitários mostram-se muitas vezes muito interessados no que está acontecendo nas escolas, mesmo quando não têm eles mesmos filhos em idade escolar. Conseguir seu apoio é imprtante porque podem influenciar outras pessoas a também apoiar o nosso trabalho.
Eles podem até querer visitar sua classe para ver os resultados de projetos sociais. Podem, então, receber cartas curtas de agradecimento ou cartões das crianças.
Diferentes tipos de apoio
A comunidade pode apoiar seu trabalho de muitas maneiras simples.
Transporte – visitas de campo
Operadores de transporte, ou outros que tenham veículos podem ter condições de colaborar nas necessidades de transporte para visitas de campo. Esclareça a participação deles junto a sua diretora e certifique-se de que guiam com competência.
Materiais usados na sala de aula
Se o papel for escasso em sua classe, alguns negociantes podem ter condições de fazer blocos de anotações para as crianças, grampeando folhas de papel que foram usadas de um lado. Os construtores de mobília podem fazer blocos ou outros manipulativos de matemática, feitos de restos de madeira. Fazendeiros podem fornecer sementes para o jardim da escola, bem como orientação de como fazê-las brotar.
Informações especializadas
Os membros da comunidade podem ser excelentes fontes de informação para os estudantes numa gama de tópicos que vão de atvidades de fazenda a mecânica, medicina e curas. Convide especialistas para falarem com a classe quando começa um tópico novo, ou providencie visitas locais para conhecer clínicas, jornais, fazendas ou peixarias.
Entrevistas
Tratando-se de crianças menores, os adultos podem ser fontes de estórias e história. No caso de crianças mais velhas, elas podem ser entrevistadas no que se refere a eventos históricos ou comunitários, como por exemplo quando suas famílias chegaram à região, de onde vieram, ou qual é a sua ocupação. As entrevistas e análises dos resultados podem ser facilmente ligadas ao aprendizado da escrita, estudos sociais e matemática.
Fonte: www.unicef.org