Aprender com as Diferenças
Barreiras atitudinais
Obstáculos à pessoa com deficiência na escola
Este artigo apresenta algumas das barreiras atitudinais mais comumente praticadas contra os alunos com deficiência na escola. Tais barreiras interferem, e mesmo impossibilitam a educação desses alunos.
Compreendem posturas afetivas e sociais, traduzindo-se em discriminação e preconceito.
Apresentam-se nas escolas regulares, bem como nas especiais.
As barreiras atitudinais são perpetuadas na e pela ação da escola e só será por meio da educação que se poderá erradicar tais barreiras ou, pelo menos, minimizar seus efeitos danosos.
Oferece-se um breve esboço de taxonomia das barreiras atitudinais.
Resgata-se a história de exclusão da pessoa com deficiência para explicar a existência de barreiras atitudinais ainda hoje praticadas contra essas pessoas, repudiando o uso dessa explicação como justificativa para a manutenção de um modelo educacional segregador.
Conclui-se que as barreiras atitudinais marginalizam a pessoa com deficiência, deterioram-lhe a identidade de pessoa humana e restringem-lhes as possibilidades de desenvolvimento e de relação social.
Por fim, convida-se a todos ao reconhecimento das barreiras atitudinais, a fim de que, pela transformação individual, se alcance a transformação do coletivo, tornando a sociedade excludente de hoje numa sociedade inclusiva já!
Palavras-chave: barreiras atitudinais, pessoas com deficiência, educação inclusiva, escola especial, escola comum/regular.
Considerações
iniciais:
As pessoas com deficiência têm, desde sempre,
convivido com a confusão entre o que realmente
são, pessoas humanas, e o que se pensa que elas
são: "deficientes".
Corrobora para a perpetuação dessa "confusão" a visão social construída historicamente em torno da deficiência como sinônimo de doença, de dependência, de "indivíduos sem valor", de sofrimento, de objeto de purgação dos males cometidos por seus pais, entre outras. Tais visões estereotipadas sempre marginalizaram as pessoas com deficiência e, por vezes, nutriram nelas a crença descabida de que são incapazes.
Fabiana Tavares e Francisco Lima
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