Planeta Educação

Aprender com as Diferenças

Maria Amélia Vampré Xavier Diretora para Assuntos Internacionais da Federação Nacional das APAEs - FENAPAES em Brasília, Assessora Especial de Comunicação de Inclusion InterAmericana e Assessora da Vice Presidência de Inclusion InterAmericana – Brasil , Relações Internacionais do Instituto APAE e da APAE em São Paulo, atua na Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo, na Rede de Informações do COE, no Sorri Brasil e no Instituto Carpe Diem em São Paulo.

O professor(a) frente a frente com uma Criança com deficiência auditiva
Extraído do documento da: U N E S C O (Understanding and Responding to Children´ Needs in Inclusive Classrooms)

Traduzido do inglês e digitado em São Paulo por Maria Amelia Vampré Xavier, Rede de Informações Área Deficiências Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Fenapaes, Brasília (Diretoria para Assuntos Internacionais), Rebrates, SP, Carpe Diem, SP, Sorri Brasil, SP, Inclusion InterAmericana e Inclusion International em 18 de outubro, 2009

Vamos dedicar um pouco de nosso esforço para refletir sobre crianças com deficiência auditiva que encontramos, com freqüência, na escola e que precisam ter seus problemas detectados logo, aliás como acontece com qualquer tipo de deficiência, para podermos usar de toda a nossa criatividade e meios de analisá-las e colher assim um aproveitamento escolar de ótimo nível para nossos jovens amigos. Vamos ao que aprendemos com a UNESCO:

“Usamos o termo “com limitação de audição (hearing impaired) porém outros termos são em inglês “hard of hearing” ou “surdez” (deafness). Muitas vezes supomos que as crianças podem ouvir quando na verdade podem ter dificuldades. As crianças podem não nos dizer que tem problemas porque podem não saber como a gente se sente quando ouve bem! Perdas leves de audição são muito mais comuns em populações escolares do que perdas profundas de audição(surdez). Lembrem-se, também, de que alguns problemas auditivos surgem e desaparecem. Se uma criança tiver resfriados ou for sujeita a ter infecções de ouvido recorrentes, sua audição pode também ser afetada.

“Nosso foco aqui é principalmente as crianças que nasceram surdas ou que adquirem surdez nos primeiros anos e não aquelas que perdem a audição (ficam surdas) depois de terem aprendido a falar, e a ler e escrever.

Sinais de aviso

Fizemos uma lista de alguns dos sinais comuns de audição prejudicada. Contudo, estes sinais não significam que a criança tenha uma limitação auditiva definida. Podem existir outras razões para o comportamento da criança que vocês terão de considerar.

Vocês também deve discutir as suas preocupações com os pais. Eles podem fornecer mais informações que possam confirmar as suas suspeitas ou reassegurar-lhes que a criança não tem dificuldade de ouvir.

Atenção diminuída: Se um aluno não prestar atenção na classe é possível que ele ou ela não possam ouvir o que está sendo dito ou os sons que a criança escuta podem ser distorcidos. Devido a estas reações a criança ou torce o que o professor diz ou não faz esforço para ouvir e prestar atenção. Muito raramente um aluno pode mostrar-se excepcionalmente atento prestando muita atenção numa tentativa de entender o que está sendo dito.

Mau desenvolvimento da fala: imatura, fala fora do comum ou distorcida pode ser devido `a perda auditiva. Ou a criança fala em tom muito alto ou em voz suave.

“Dificuldade de seguir instruções; Uma criança que tenha uma dificuldade fora do comum em seguir instruções orais pode ter uma possível limitação de audição.

“”Uma criança pode responder melhor a tarefas que lhe foram atribuídas quando a professora está relativamente perto dela, ou a tarefas escritas de preferência áquelas que exigem resposta oral.

“O aluno pode virar a cabeça ou incliná-la de lado prestando grande atenção para escutar melhor.

“Problemas de audição podem fazer com que a criança observe o que os outros alunos estão fazendo antes de começar seu trabalho ou olhe para os colegas ou professores em busca de pistas.

“Uma criança pode ter dificuldade de escutar textos lidos por outros ou a criança pode pedir a seus colegas ou professores que falem mais alto.

“Algumas vezes pode dar uma resposta inadequada a uma pergunta feita
ou não conseguir responder.

“As crianças com perda auditiva preferem trabalhar em grupos pequenos, sentar-se numa área relativamente tranqüila da classe ou na fileira da frente.

“O aluno pode ainda mostrar-se acanhado e introvertido ou parecer ser teimoso e desobediente como reação a sua perda de audição.

“O aluno pode parecer relutante em participar de atividades orais, pode deixar de rir com piadas ou compreender algo engraçado.

“O aluno pode ter tendência a isolar-se de atividades sociais.

“O aluno pode interpretar expressões faciais, movimentos corporais e informações contextuais em vez de linguagem falada e assim algumas vezes tirar conclusões falsas.

O aluno pode queixar-se de dores de ouvido, resfriados, garganta inflamada ou amigdalite recorrente.

“O aluno pode apresentar alguma secreção dos ouvidos.

Existe alguma criança em sua sala de aula que mostre algum destes sinais? Você pode checar?

Fonte: www.unesco.org

Avaliação deste Artigo: 5 estrelas