Planeta Educação

Assaltaram a Gramática

Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

Algumas Exceções sobre o Emprego do Hífen
Os Diferentes Empregos do Hífen no Novo Acordo Ortográfico

Em recente entrevista ao portal UOL, Pasquale Cipro Neto dá seu parecer sobre o Novo Acordo Ortográfico.

Segundo nosso prezado professor, muitas dúvidas ainda persistem por parte de lexicógrafos ou dicionarista, pois o VOLP (Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa) ainda não foi atualizado pela ABL (Academia Brasileira de Letras).

Portanto, todo manifesto que, de alguma forma, venha amenizar as nossas dúvidas, ainda que alguns destes manifestos sejam em forma de externar o descontentamento sobre as novas regras na ortografia, serão sempre bem-recebidos por todos os que desejam saber quais as mudanças que de fato ocorreram na grafia de algumas palavras.

Neste sentido, abaixo seguem alguns esclarecimentos sobre o emprego ou não do hífen em algumas situações, lembrando que há no Portal Planeta Educação vários artigos sobre o Acordo Ortográfico que entrou em vigor no primeiro dia do corrente ano.

Observe:

- Há hífen em nomes próprios compostos de lugares (rio, cidade, povoação, país) iniciados por Grã, Grão ou quando os elementos estejam ligados por artigo (a, as, o, os).

Exemplos:

Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.

Exceção: Guiné-Bissau

- Todos os demais nomes próprios de lugares, ou seja, aqueles cujos nomes estejam ou não separados por preposições (de, do), são grafados sem o hífen.

Exemplos:

América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco etc.

Bom, até aqui nada de muito difícil. Apenas cuide para não confundir as regras do emprego deste que é, por alguns, tratado como o eterno problema da representação gráfica da língua Portuguesa devido às exceções que muitas vezes não se apresentam de forma clara.

Exemplos disto, é que como ocorre com os nomes próprios ligados por preposição, também não aparece hífen em diversas locuções, como cão de guarda, cor de vinho etc.

Mas há exceções já consagradas pelo uso como é o caso de arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

Fonte: Portal da Língua Portuguesa.

Avaliação deste Artigo: 3 estrelas