Planeta Educação

Assaltaram a Gramática

Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

Os ditongos e o Novo Acordo Ortográfico
Ditongos decrescentes e crescentes

As vogais na Língua Portuguesa são fundamentais para a formação das palavras. Como Monteiro Lobato afirma em “Emília no país da gramática”, elas são as cinco senhoras, pois jamais conseguiríamos formar alguma palavra sem o auxílio delas.

Por isso, a compreensão dos ditongos (duas vogais faladas na mesma sílaba) é fundamental, uma vez que diminui significativamente a probabilidade de erros ortográficos.

Observe a seguir, conceitos referentes ao emprego de ditongos crescentes e decrescentes válidos para o Acordo Ortográfico que entrará em vigor no ano de 2009, mas antes note que há ditongos orais que serão apresentados logo a seguir e ditongos nasais, estes serão abordados mais no final do presente artigo.

Pois bem, vamos começar.

Ditongos decrescentes – Primeira vogal forte e segunda fraca. Estes ditongos são representados graficamente por: ai, ei, éi, ui; au, eu, éu, iu, ou, no caso, sempre seguidos por i ou u.

Exemplos: braçais, caixote, eirado, lençóis, cacaueiro, deu, ilhéu, mediu, passou.

No demais, há também os ditongos “ae/ao”.

As formas das 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e da 2ª pessoa do singular do imperativo dos verbos terminados em uir, air e oer são descritas por “ui” e não “ue”.

Exemplos: constituis, influi, retribui, atrais, cai, sai; móis, remói, sói.

No momento da separação silábica, atente que as formas de ditongos “ui”, como em fluido e gratuito são inseparáveis, porém, nada impede que os seus derivados sejam separáveis.

Exemplos:

Fluido – Flui-do (Inseparável)
Fluidez – Flu-i-dez (Separável)

Ditongos crescentes - Primeira vogal fraca e segunda forte. Estes ditongos São representados por: ea, eo, ia, ie, io, oa, ua, ue, uo.

Exemplos: áurea, áureo, calúnia, espécie, exímio, mágoa, míngua, tênue, tríduo.

Há também, ditongos nasais, estes podem ser tônicos ou átonos e são representados por vogal com til (som forte) e semivogal (som fraco), e por uma vogal seguida da consoante nasal m.

As vogais fortes com til seguido por vogais fracas são: ãe, ãi, ão e oe.

As vogais seguidas pela consoante nasal m são am e em.

Exemplos: cães, mãe, cãibra, mão, mãozinha, não, quão, sótão, Camões, orações, oraçõezinhas, põe, repões. Assim como: amam, deviam, escreveram, puseram, enfim, enquanto, homenzarrão, homenzinho, nuvenzinha, tens, virgens, amém, etc.

Fonte: http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=acordo&version=1990

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