Educação para Todos até 2015? Chegaremos a alcançá-la?
Pontos Importantes, enfatizados pelo Relatório da UNESCO - Educação para Todos de 2008
UNESCO,
2007 - Publicada inicialmente em 2007 pela UNESCO 7, Place de Fontenoy,
75352 - Paris 07 - SÃO PAULO - FRANÇA
Traduzido do inglês em São Paulo por Maria
Amélia Vampré Xavier
As famílias e as organizações de apoio
a pessoas com deficiências e seus pais estão lendo
com atenção as observações
feitas no Relatório de Monitoração da
UNESCO, em relação ao progresso da chamada
educação para todos em nosso país.
Claro que as observações da UNESCO têm
amplitude e cobertura universal, daí sua grande
importância. Que observaram eles?
Progressos importantes desde o ano 2000
- A matrícula em escolas primárias aumentou de
647 milhões para 688 milhões em todo o mundo
entre 1999 e 2005, com aumento de 36% na África do sub-Saara
e 22% na Ásia do Sul e Ásia Ocidental.
- Como resultado o número de crianças
fora da escola foi reduzido, com o ritmo desta
redução especialmente marcante depois de 2002.
- O progresso rápido registrado para atingir
matrícula universal e paridade entre os gêneros no
primeiro nível, por exemplo, em Burkina Faso,
Etiópia, Índia, Moçambique, a
República Unida da Tanzânia, Iêmen e
Zâmbia mostram que vontade política nacional
combinada com apoio internacional pode fazer uma diferença.
- O custo da escolaridade permanece um obstáculo importante
para a educação de milhões de
crianças e jovens a despeito de terem sido abolidos
pagamentos de aulas particulares (primary school tuition fees) na
escola primária em quatorze países desde 2000.
- A meta de se conseguir paridades entre os gêneros
ficou faltando: somente cerca de um terço dos
países relatou paridade tanto na
educação primária como na
secundária em 2005, apenas três tendo
alcançado a paridade desde 1999.
- Um número crescente de
avaliações internacionais, regionais e nacionais
reporta resultados de aprendizado baixos e desiguais, que refletem
até que ponto a má qualidade da
educação está solapando a
realização da Educação para
Todos.
- Governos nacionais e doadores favoreceram a escolaridade
primária formal na primeira infância, programas de
alfabetização e de habilidades para jovens e
adultos, a despeito do impacto direto destes em alcançar
educação primária universal e paridade
de gêneros.
- O analfabetismo está recebendo
atenção política mínima e
permanece uma desgraça global mantendo um de cinco adultos
(um para quatro mulheres) às margens da sociedade.
- A ajuda à educação
básica em países de renda baixa mais do que
dobrou em países de renda baixa entre 2000 e 2004,
porém decresceu significativamente em 2005.
Onde está o mundo em se tratando das seis metas
Educação para Todos
Pesquisando-se 129 países, 5l alcançaram ou
estão prestes a alcançar as quatro metas mais
quantificáveis da Educação para Todos;
53 estão em posição
intermediária, e 25 estão longe de atingir
Educação para Todos como um todo como o
Índice de Desenvolvimento da Educação
para Todos mostra.
A categoria mais baixa seria ainda mais numerosa se
tivéssemos dados disponíveis para diversos
Estados frágeis, incluindo países em conflito ou
de pós-conflito, com níveis muito baixos de
desenvolvimento de educação.
Se lermos com atenção os índices dados
acima, colhidos da própria UNESCO na internet, vemos que a
luta pela Educação para Todos continua a se
travar em muitas frentes o que significa que nós, que temos
tanto interesse nesse plano, não podemos esmorecer..
Maria
Amélia Vampré Xavier: Diretora
para Assuntos Internacionais da Federação
Nacional das APAEs - FENAPAES em Brasília, Assessora
Especial de Comunicação de Inclusion
InterAmericana e Assessora da Vice Presidência de Inclusion
InterAmericana – Brasil , Relações
Internacionais do Instituto APAE e da APAE em São Paulo,
atua na Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social do
Governo do Estado de São Paulo, na Rede de
Informações do COE, no Sorri Brasil e no
Instituto Carpe Diem em São Paulo.