Planeta Educação

Cinema na Educação

João Luís de Almeida Machado é consultor em Educação e Inovação, Doutor e Mestre em Educação, historiador, pesquisador e escritor.

Estados Unidos
A Terra do Cinema

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Não há nenhuma escola cinematográfica no mundo inteiro que possa rivalizar em termos de tradição, história, conquistas e riqueza com a norte-americana. Os maiores e mais conhecidos filmes, diretores, atores, atrizes e técnicos da indústria nasceram lá ou desenvolveram suas obras na terra do Tio Sam. Hollywood, a capital do cinema, é na Califórnia. O prêmio mais valorizado do segmento, o Oscar, é também originário daquela nação...

E que ninguém entenda esta colocação como submissão aos valores ou ao poder dos Estados Unidos. Nem tampouco como uma negação dos sentimentos que nutro pelo meu país, o Brasil. Temos uma produção cinematográfica de qualidade reconhecida mundialmente, assim como todos os outros países, de todos os continentes.

Hoje em dia, por exemplo, o crescimento do cinema brasileiro e latino é exponencial e sua qualidade tem sido atestada pelos prêmios conquistados em festivais realizados em diferentes partes do planeta, inclusive na terra do cinema, os Estados Unidos. Outro dado interessante e enriquecedor refere-se ao fato de que, já há algum tempo, a maior produção de filmes [em termos quantitativos] não é mais a norte-americana e, sim, a da Índia, com a sua Bollywood.

Assim como não temos como deixar de afirmar que há outras escolas igualmente tradicionais e importantes, em que o cinema é pensado e produzido de forma diferenciada quando comparado aos Estados Unidos, como no caso das nações européias [França, Ita
lia, Inglaterra, Espanha e Alemanha – apenas para mencionar as mais destacadas].

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Mas os Estados Unidos se firmou, ao longo de toda a história da indústria e da arte cinematográfica, certamente, como a maior de todas as nações que empreendem na área. Foi entre os ianques que surgiram astros como Clark Gable, James Stewart, Humphrey Bogart, James Cagney, Paul Newman, Fred Astaire, Gene Kelly, Robert Redford, John Wayne, Jack Nicholson, Robert De Niro, Al Pacino, Tom Hanks, Harrison Ford, Tom Cruise e Brad Pitt [entre tantos outros]. Também a partir de Hollywood foram celebrizadas estrelas como Marylin Monroe, Judy Garland, Liza Minelli, Ginger Rogers, Audrey Hepburn, Bette Davis, Katherine Hepburn, Jane Fonda, Jodie Foster, Meg Ryan, Susan Sarandon ou Julia Roberts [e poderíamos pensar em inúmeras outras].

Se não bastassem os atores e atrizes que nos fazem freqüentar as salas de cinema, há também os diretores, que através de suas obras trouxeram ao mundo histórias fantásticas, que nos fazem viajar no tempo, conhecer diferentes localidades, descobrir a história, realizar o inimaginável e o impossível, conhecer personagens fantásticos, sentir medo, morrer de rir, entrar numa frente de batalha, mergulhar nas profundezas dos oceanos, voar como os pássaros, adentrar o espaço virtual...

Quem não conhece Steven Spielberg, Andy e Larry Wachowski, Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Clint Eastwood, Woody Allen, Frank Capra, George Lucas ou John Ford? Se não pelos nomes, certamente por suas obras imortais, como Caçadores da Arca Perdida, E.T., A Lista de Schindler, Parque dos Dinossauros, Tubarão e outros mega-sucessos de Spielberg; A trilogia Matrix e o recente Speed Racer, dos irmãos Wachowski; O Touro Indomável, Taxi Driver, A Última Tentação de Cristo ou Os Infiltrados, do genial Scorsese; A trilogia O Poderoso Chefão e Apocalypse Now de Coppola; Menina de Ouro, Os Imperdoáveis, Cartas de Iwo Jima, Bird ou As Pontes de Madison, filmes premiados do diretor e astro Eastwood; Noivo Neurótico, Noiva Nervoa, A Rosa Púrpura do Cairo, A Era do Rádio ou Desconstruindo Harry, do cerebral hipocondríaco Woody Allen; os clássicos eternos A felicidade não se compra e Do mundo nada se leva, do imortal Frank Capra; a saga Star Wars, de George Lucas; ou ainda Rastros de Ódio, O homem que matou o facínora ou Vinhas da Ira do mais americano de todos os diretores, John Ford.

Filme-Star-Wars

Além dos grandes astros, estrelas e diretores norte-americanos, o cinema dos Estados Unidos ainda abrigou e deu possibilidade para que a obra de vários estrangeiros ganhasse ainda mais destaque e vulto. Os ingleses Alfred Hitchcock e Charles Chaplin, os austríacos Billy Wilder e Arnold Schwarzenegger [naturalizado norte-americano], a italiana Sophia Loren, a sueca Greta Garbo, o escocês Sean Connery, os espanhóis Antonio Banderas e Penélope Cruz, por exemplo, são estrangeiros que vieram a brilhar em Hollywood.

É possível ainda mencionar o belíssimo trabalho técnico que permitiu a evolução do processo de produção dos filmes, adicionando elementos revolucionários para a edição, roteirização, cenografia, fotografia, filmagem, efeitos sonoros, música ou efeitos especiais [visuais] como sendo originária, em sua grande maioria, dos esforços e realizações de empresas americanas dedicadas ao trabalho cinematográfico.

Foi também nos Estados Unidos que surgiram as bases operacionais das grandes companhias do segmento fílmico, com especial destaque para as majors, conhecidas mundialmente, a saber: Columbia Pictures, Warner Brothers, Twenty Century Fox, Disney, Metro Goldwyn Mayer, Universal, Paramount e a United Artists.

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