Assaltaram a Gramática
O Nome da Marca pelo Produto
Estudo da Figura de Linguagem Metonímia e Metáfora
Algumas vezes a marca de algum produto “fixa” em nossa mente a tal ponto de não percebemos que, várias vezes, deixamos de utilizar o nome real de determinado produto e passamos a fazer uso do nome da marca que a ele foi propagada com indiscutível sucesso.
É o caso de produtos como Nescau e Toddy (Achocolatados em pó), Bombril (Esponja de aço), Cotonete (Haste pequena envolta ao algodão), entre tantos outros.
A tais substituições damos o nome de metonímia, que nada mais é que a substituição de um nome pelo outro desde que mantenham alguma semelhança entre eles.
Segundo
o dicionário digital Aulete, metonímia
é:
Sendo assim, várias vezes a identificamos em diversas situações de nosso diálogo, tanto na oralidade quanto na escrita.“Figura de linguagem baseada no uso de um nome no lugar de outro, pelo emprego da parte pelo todo, do efeito pela causa, do autor pela obra, do continente pelo conteúdo etc.”
Veja esses exemplos:
Mas cuidado, não confunda metonímia com metáfora, pois a primeira só é notada quando atentamos para o contexto e, a segunda, é de teor comparativo. Para entender melhor essa diferença, vamos recorrer novamente à definição da lexicografia no que se refere à metáfora:
“Figura de linguagem que consiste em estabelecer uma analogia de significados entre duas palavras ou expressões, empregando uma pela outra”. (Aulete)
Ou seja, sempre que nos utilizarmos de uma comparação que encontra sentido no pensamento de cada qual, teremos uma metáfora. É o caso de quando dizemos, por exemplo, “não sei mais o que fazer, minha vida é um abismo sem fundo”, pois o receptor imediatamente buscará sentido coerente na analogia e o aplicará na mensagem para assim compreendê-la.