Planeta Educação

Assaltaram a Gramática

Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

A Impessoalidade de Ary Barroso
Emprego do Infinitivo Impessoal

Bem sabemos que o verbo é a classe gramatical que mais sofre flexão, pois manifesta ação, estado e fenômenos da natureza.

Sabe-se, também, que é por motivos como esses que o início da análise sintática se dá por ele, entendido como o centro de toda oração.

Dessa forma, é perfeitamente aceitável afirmar que se a colocação verbal não estiver correta, a oração também não estará.

No que se refere ao uso do verbo na forma de infinitivo impessoal, a forma que não se refere a nenhum sujeito, como em avisos do tipo “É proibido entrar nesta sala”, percebemos que faz referência a um grande número de indivíduos, mas a nenhum específico.

Em casos assim, o emprego do verbo no infinitivo está correto.

Observe outras situações em que o infinitivo também pode ser empregado:

  • Quando tivermos locução verbal, ou seja, dois verbos para referir-se a uma ação.

    "Ô, ai estas fontes murmurantes. Ô onde eu mato a minha sede e aonde a lua vem brincar". (Aquarela do Brasil/Ary Barroso)

  • Quando completar o sentido de adjetivos (aquilo que caracteriza um nome).

    Os álbuns de Ary Barroso não são tão difíceis de encontrar

  • Quando o sujeito do infinitivo for pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes).

    "Brasil, meu Brasil Brasileiro. Meu mulato inzoneiro vou cantar-te nos meus versos". (Aquarela do Brasil/Ary Barroso)

  • Quando o infinitivo tiver valor imperativo, ou seja, quando tiver valia de ordem, pedido, conselhos, etc.

    Ei, pianista, a melodia não pode parar.

Fonte: Estudos da Língua Portuguesa – Gramática/Douglas Tufano.

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