Planeta Educação

Aprender com as Diferenças

Maria Amélia Vampré Xavier Diretora para Assuntos Internacionais da Federação Nacional das APAEs - FENAPAES em Brasília, Assessora Especial de Comunicação de Inclusion InterAmericana e Assessora da Vice Presidência de Inclusion InterAmericana – Brasil , Relações Internacionais do Instituto APAE e da APAE em São Paulo, atua na Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo, na Rede de Informações do COE, no Sorri Brasil e no Instituto Carpe Diem em São Paulo.

As condições certas para realizar a inclusão
Maria Amélia Vampré Xavier

Há muitos anos que admiramos o belíssimo trabalho de valorização de crianças em todo o mundo que a excelente organização SAVE THE CHILDREN promove em mais de 100 países.

A entidade estuda em profundidade a condição das crianças, independente do local geográfico, culturas e religiões, seu principal objetivo é alcançar o bem de todas as crianças que pode localizar..

Vamos ao que dizem sobre as condições corretas para a inclusão!

"A experiência de Save the Children sugere que se trabalharmos para conseguir estabelecer as condições abaixo, conseguiremos que as crianças mais excluídas freqüentem a escola e aprendam:

  • Os pais precisam ter a consciência de que toda a criança tem direito a receber educação.
  • As necessidades básicas de sobrevivência da família devem ser atendidas, a fim de que as crianças possam ir para a escola em vez de ir trabalhar.
  • As escolas estão localizadas perto das casas das crianças, elas são fisicamente seguras e acessíveis a todos, e têm um número razoável de professores treinados.
  • Os professores são formados e motivados a trabalhar com uma gama diversificada de crianças e têm condições de tentar diversas abordagens em seu trabalho cotidiano.
  • Os diretores e professores das escolas não rejeitam crianças, em vez disso procuram alcançar todas as crianças de sua comunidade.
  • Os professores são selecionados de uma gama de grupos marginalizados (incluindo professores deficientes e minorias lingüísticas)
  • As crianças não são impedidas – através de exames feitos, taxas escolares ou outras barreiras, de ir progredindo através da escola.
  • A direção da escola é informada através das opiniões das crianças e dos pais.
  • Crianças e adultos procuram não discriminar contra aqueles que são vistos como diferentes.
  • Nos casos em que algumas dessas condições existem, as crianças podem receber benefícios. Por exemplo:
    • Uma criança com dificuldades de mobilidade poderia ser levada à escola pelos pais e amigos. Ele/ela podem receber um programa individualizado de aprendizado na escola, depois serem elogiados pelo progresso que fizeram, e ter esse progresso reconhecido formalmente. A criança não se sente inferiorizada ou mal recebida na escola.
    • Uma menina poderia ser encorajada pelos pais a permanecer na escola e progredir através de exames, a despeito de expectativas anteriores que ela iria ficar em casa. Ela não teria de fazer os deveres de casa depois do trabalho doméstico ou esperarmos automaticamente que limpe a sala de aula.
    • Crianças de um grupo étnico minoritário nas montanhas seriam ensinadas usando palavras, imagens e conceitos enraizados em suas próprias vidas em vez de no estilo de vida que não lhes é familiar de uma criança urbana, de maioria étnica.
    • Crianças cujos pais são extremamente pobres são notadas e ajudadas a freqüentar a escola através de pessoas ou instituições de sua comunidade, que também procuram garantir que as crianças tenham alimentação suficiente, cuidados com a saúde e tempo livre para serem capazes de aprender.

Por que isto não pode ser a realidade para muitas crianças?

Extraído de texto da organização internacional muito respeitada, SAVE THE CHILDREN, que trabalha pelo bem estar das crianças em mais de 100 países; o texto em inglês se intitula: MAKING SCHOOLS INCLUSIVE -Tornando as Escolas Inclusivas.

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