Planeta Educação

Assaltaram a Gramática

Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

Funções da Linguagem
Comunicação

Antes de entendermos as funções da linguagem, é interessante esclarecer que língua e linguagem são diferentes.

Língua é a capacidade inata que cada ser humano tem para estabelecer comunicação, não dependendo de manifestações gramaticais ou ortográficas, sendo natural e livre.


Já a linguagem, dependendo do comportamento dos envolvidos num processo de comunicação assume, entre outros, funcionalidades que podem ser: função referencial, emotiva, conativa, metalingüística e/ou função poética.

Abaixo, acompanhe mais esclarecimentos:

Função referencial ou denotativa é aquela que visa o receptor da mensagem, não emitindo opinião pessoal do escrevente e/ou falante. Notamos sua presença em textos jornalísticos, por exemplo, que transmite uma mensagem de forma direta e objetiva.

Função emotiva por sua vez, se evidencia em poesias líricas, cartas de amor, entre outros, pois permite transparecer as emoções, opiniões e sentimentos do emissor. Os escritos sempre estão na 1ª pessoa, ou seja, o “eu”, sendo chamada também de função expressiva.

Função conativa ou apelativa como no caso da função referencial, também é centrada no receptor, mas dessa vez a intenção é o influenciar ao invés de apenas informá-lo. São exemplos dessa função sermões e discursos diversos.

Função metalingüística é a língua voltando-se para si. Podemos citar como exemplo, o próprio dicionário. É a frase falando da própria frase, a poesia referindo-se a si própria e assim por diante. Sinais de trânsito e linguagens não-verbais também são exemplos desta função.

Função poética preocupa-se com a forma e a estética das frases, é conotativa e metafórica, ou seja, possibilita mais de uma interpretação. É sempre utilizada em textos literários e em letras de músicas, concedendo-os beleza nas colocações expostas.

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