Assaltaram a Gramática
Comunicação Prejudicada
Ambigüidade
Quando o comportamento expressivo de indivíduos ou grupos de alguma forma dificulta a manifestação correta, clara e objetiva dos pensamentos dos receptores de uma mensagem, tornam-se nítidas as características dos “Vícios de Linguagem”.
Os vícios de linguagem são: a ambigüidade, o barbarismo, a cacofonia, o plebeísmo, a prolixidade, o pleonasmo, o solescismo e o eco.
Nesse momento, porém, faz-se conveniente entendermos a ambigüidade, que é facilmente percebida ou denunciada em frases e orações que temos acessos, causando as mais diversas dúvidas e inevitáveis indagações.
Como se não bastasse, o emissor se vê em uma situação de elevado constrangimento, tendo que fornecer esclarecimentos que muitas vezes não são satisfatórios, seja na linguagem informal ou até mesmo em várias construções formais de algumas fontes.
Observe
as seguintes construções:
“Voltando-se para ela, disse o quanto desejaria vê-la em meio às flores, pois seu perfume é agradável...” (Qual perfume é agradável?).
“Eu vi você entrando, caminhando, fui te encontrar...” (Quem estava caminhando?).
Perceba que quando fazemos uso do pronome “seu” ou colocamos o verbo no gerúndio, aumentamos de forma significativa as chances de transmitirmos uma mensagem com duplicidade de sentido, ou seja, uma mensagem que permite mais de uma interpretação.
Importante:
Lembre-se que quando o verbo está no gerúndio, conseqüentemente está na voz passiva (verbo sofredor de uma ação), dando uma idéia de algo não concluído, ou seja, algo em andamento, em transição.
Daí a importância de construções sensatas e coerentes, para que o receptor não obtenha conclusões equivocadas, permitindo que a mensagem principal atinja um desfecho satisfatório, sem perder a virtude e a eficiência da arte de falar e de escrever.