http://veja.abril.com.br/idade/saladeaula/index.html

A Internet representa para a humanidade a realização do sonho de criação de um aparato tecnológico que possibilitasse a reunião, num único espaço (mais especificamente o ciberespaço) de um montante de informação grandioso e torná-lo acessível e disponível a milhões de pessoas ao redor do globo requisitando para isso apenas a junção de um equipamento específico (no caso um computador) a uma linha telefônica.

Essa aparelhagem simples, tornada acessível aos bolsos de milhões de pessoas e empresas mundo afora com o surgimento de um enorme contingente de empresas operando nesse segmento, viu a rede mundial de computadores através das malhas telefônicas que a conectam aos quatro cantos do mundo, gerar o surgimento de uma gigantesca teia de informações.

Informações que são disponibilizadas diariamente em progressão geométrica a partir de websites pessoais, governamentais, institucionais ou empresariais fazem com que as pessoas que navegam pelas páginas da Internet sintam-se muitas vezes completamente perdidas no revolto oceano de dados que estão ao acesso de seus mouses.

Nesse sentido é de fundamental importância que as pessoas que trafegam no mundo virtual entendam desde o princípio que os portais ou sites disponibilizados na Internet, real elemento de consolidação da “sociedade da informação”, somente tornam-se confiáveis a partir do momento em que possuam por trás de si a assinatura de empresas ou pessoas que, por sua vez, dispõem de credibilidade no mundo em que vivemos.

E imaginar que tudo começa com o sistema binário e acaba se tornando a imensa malha de caminhos e informações que conhecemos pelo nome de Internet... Como navegar sem se iludir?

Websites pessoais que não possuam tais credenciais, por sua vez, granjeiam respeitabilidade e reputação a partir do momento que apresentem as fontes em que obtiveram os dados e informações que veiculam e ainda, que estruturem o seu trabalho tendo por base a atualização de seus acervos, a preocupação com a qualidade de seus textos, a disponibilização de imagens com legendas que as relacionam aos textos, a renovação da linguagem, o uso de mídias alternativas que expliquem ou facilitem a compreensão de seus textos, que se organizem tendo por base parcerias ou alianças com pessoas ou instituições respeitadas,...

Por esse motivo, é de essencial importância que o internauta, ao entrar numa página da web tenha referências sobre a mesma ou, se ainda não tiver, que as procure antes de utilizar qualquer informação ou dado ali disponível.

Como a internet é composta diariamente, num esforço considerável de atualização feito por milhões de pessoas, se não nos preocuparmos em buscar as assinaturas que dão respaldo aos materiais pesquisados estamos fadados a cair nas armadilhas que tornam uma de nossas melhores ferramentas uma autêntica arapuca que pode nos comprometer pessoal e profissionalmente.

Nesse sentido, o site da revista semanal de informações da Editora Abril, a conhecida VEJA torna-se, é claro, uma mais do que confiável fonte de acesso as notícias do mundo em que vivemos. O mais interessante para quem lida com educação é, no entanto, que há um segmento do portal da revista VEJA dedicado exclusivamente as escolas, aos educadores, aos estudantes e aos demais personagens que vivem nesse universo específico.

Esse espaço virtual específico da revista é conhecido como VEJA na Sala de Aula (http://veja.abril.com.br/idade/saladeaula/index.html). Trata-se, no caso, de mais um importante site que pode (e deve) ser utilizado pela comunidade mais imediatamente interessada em educação. E que, acima de tudo, possui por trás de si não apenas o reconhecimento público quanto à própria Revista VEJA, disponível nos mercados brasileiros há mais de 30 anos, mas também a própria Editora Abril... Essas assinaturas, por si só, já significam preocupação, esmero e qualidade para que os internautas não se sintam inseguros em suas pesquisas...

Quer conhecer melhor o mundo? Informe-se com quem trabalha a informação com seriedade. Procure referências que tenham credibilidade. Que tal conhecer o trabalho da VEJA na Sala de Aula?

O Site

1- O primeiro ponto a destacar no site de VEJA na Sala de Aula refere-se ao grande acervo de matérias e artigos disponíveis para a consulta de educadores e estudantes. Contando com o trunfo de ter acesso aos textos produzidos para a revista que semanalmente chega às bancas, os responsáveis pelo site sempre têm material para pensar e repensar as atividades, propostas e materiais destinados ao público segmentado que atendem. Infelizmente nem todos os materiais estão disponíveis pois se vincula a utilização de muitos deles a assinatura da publicação de mesmo nome...

2- As aulas da semana são interessantes alternativas a serem pesquisadas pelos professores que se interessarem por práticas diferenciadas a serem aplicadas com os grupos de alunos com os quais trabalham. Isso significa que além da própria aula o professor pode examinar a prática pedagógica e tentar adaptá-la aos seus interesses e a outros conteúdos. Por conta disso, não tenha receio de pesquisar mesmo as aulas que aparentemente destinam-se a professores de outras disciplinas...

3- Os projetos tentam sempre enfatizar a necessidade dos professores realizarem práticas em que juntem forças e conteúdos, justamente para quebrar os monólitos que se tornaram cada uma das matérias escolares constantes nos currículos educacionais brasileiros atuais. Isso é muito relevante e, certamente, uma das melhores qualidades do trabalho da publicação e do site.

4- Os canais de acesso a outras publicações da Editora Abril que também disponibilizam dados e informações a serem utilizadas em aula a partir do link de VEJA na Sala de Aula devem ser sempre acionados. As matérias de acesso livre ali reunidas podem reforçar aulas e conteúdos e não podem ser desprezadas. Não há como desprezar a importância dos artigos da própria VEJA, da Nova Escola, da Fundação Vitor Civita ou ainda da VEJA Educação.

5- O Mecanismo de Busca permite ao internauta selecionar as atividades que lhe interessam a partir de sua disciplina de especialização; além disso há sempre enquetes interessantes e temas relevantes sendo discutidos em fóruns semanais.

Temos que superar a mera contemplação e entender as informações para transformá-las em conhecimento. Isso exige reflexão, análise, estudo, leitura e muita aplicação por parte dos professores e também dos alunos.

Para Refletir

... a importância da informação naquilo que se tornou quase uma tríade sagrada – informação, educação e entretenimento – foi completamente reconhecida, muito antes da popularização dos termos ‘sociedade da informação’ e ‘tecnologia da informação’, durante as décadas de 1970 e 1980. (BRIGGS; BURKE, 2004)

Como afirmam Asa Briggs e Peter Burke na frase destacada acima, há uma “tríade sagrada” formada pela conjunção das forças e ferramentas da educação, do entretenimento e da informação. Atrevo-me a sugerir a substituição do termo “entretenimento” pela palavra “cultura”, com o claro sentido da arte, da literatura, do cinema, do teatro, das histórias em quadrinho, da música, da dança,...

Briggs e Burke vão além e nos dizem ainda que essa tríade é anterior no tempo aos conceitos criados muito recentemente pelos pesquisadores e que atendem pelos nomes de “sociedade da informação” e “tecnologia da informação”. Os elementos da tríade são tão antigos quanto a própria humanidade, pareciam apenas dispersos, a habitar universos próprios, sem muitos pontos de encontro antes do advento da industrialização da Idade Contemporânea...

O que a sociedade capitalista industrializada do mundo contemporâneo fez foi juntar os elementos de forma a dar-lhes novas feições, traços e características e batizar novamente esses seus filhos adotivos com apenas um nome que os fizessem mais considerados e respeitados no mundo atual... Daí as terminologias “Sociedade” e “Tecnologia” da informação...

É claro que o avanço tecnológico proporcionado pela ciência colaborou com o surgimento dessa nova nomenclatura a partir da cessão dos instrumentos que deram a informação todo o seu aspecto hermético de modernidade e de suntuosidade. Mas há uma distância entre informação e conhecimento que não parecemos conhecer, reconhecer ou compreender...

E é justamente nesse ponto que reside ou deve residir o compromisso dos profissionais da educação, daqueles que realmente se consideram educadores (e não apenas professores ou “dadores” de aula, como sempre destaca o mestre Rubem Alves), ou seja, o de tornar a tecnologia da informação acessível e, mais importante, conceder os elementos que permitam a seus alunos a decodificação e o entendimento da Sociedade da Informação afim de que os dados obtidos deixem de ser apenas informações e se tornem conhecimento...

Sites como VEJA na Sala de Aula (http://veja.abril.com.br/idade/saladeaula/index.html) podem ser, nesse sentido, muito importantes, pois nos colocam em contato com a informação e tentam nos dar elementos para que sejamos capazes de superar os estágios elementares de leitura superficial da informação para enfim transformar esses dados em conhecimento...