Aprender com as Diferenças
 

Donald e sobrinhos em... Uma árvore de natal de graça! - 10/01/2007
Blind Joker

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"Brincar, Sorrir e Sonhar, são coisas sérias!"
Editor: Luís Campos - Blind Joker
Salvador - Bahia – Brasil
 
Olá, Pessoal.
 
Esta é a terceira colaboração que chega de Portugal e é um trabalho do amigo Carlos Rocha, do Grupo Arca Literária.
Como vocês verão, é um trabalho simples... Mas trabalhoso! (Risos)
Espero que vocês gostem, tanto quanto eu gostei e que, seguindo o exemplo do Carlos, transcrevam algumas Histórias em Quadrinhos para os Deficientes Visuais lerem!
 
Divirtam-se!
Abraços e beijos.
Luís Campos
Notas sobre esta Transcrição
 
1. Com a letra "N" descrevo o quadro e digo os personagens que participam da cena.
2. As onomatopéias são escritas com letras maiúsculas.
3. Esta transcrição foi feita pelo amigo Carlos Rocha, de Portugal, cuja ajuda é valiosa para a realização deste trabalho, a quem agradeço a força.
4. Alguns quadros, nos quais as cenas eram quase as mesmas, foram suprimidos, mas isso não interfere na compreensão da história. Em outros, acrescento informações para melhor compreensão destes.
5. Espero contar com todos para a disseminação desta obra entre os Deficientes Visuais, especialmente as crianças, a quem é dedicada.
6. Este material destina-se às pessoas portadoras de Deficiência Visual, sendo vedado seu uso com fins comerciais.
 
N: Estamos em Plena época de Natal e Donald e seus três sobrinhos pretendem encontrar a tradicional árvore de Natal. O ambiente é natalício. Muitas pessoas na rua, carregadas de presentes. Junto a um pequeno parque, um vendedor gritava promovendo os seus pinheiros de Natal. Donald, acompanhado pelos sobrinhos aproximou-se:
 
Vendedor: Comprem amigos! Comprem! As mais belas e baratas árvores de Natal!
 
Donald: Baratas? Dobraram de preço em quinze dias!
 
Huguinho: Tudo aumentou Tio!
 
N: Donald, olhando seriamente o sobrinho que falou, exclama:
 
Donald: Sim, menos o meu salário!
 
Zezinho: E isso é novidade?
 
N: Donald escolheu de entre as árvores expostas, aquela que lhe parecia mais apropriada...
 
Donald: Esta é de bom tamanho. Quanto custa?
 
Vendedor: Cem reais!
 
N: Donald escolhe uma outra bem mais pequenina...
 
Donald: Essa é muito grande, rapazes. Levamos antes esta. Quanto custa esta?
 
Vendedor: Sessenta reais!
 
N: Donald afasta-se rapidamente do local onde estão as árvores, seguido pelos seus sobrinhos...
 
Donald (Com ar zangado) - Não vamos ter árvore de Natal este ano!
 
Luizinho: Como?
 
Huguinho: E não vai ter sobrinhos também!
 
Zezinho: Claro! Vamos fugir de casa!
 
Donald: Façam como quiserem! Mas só teremos uma árvore se for de graça!
 
Os três sobrinhos juntos: Seria mais fácil uma galinha latir!
 
Donald: Querem apostar?
 
Sobrinhos: Mas, Tio...
 
N: Donald dirige-se para o seu velho carro descapotável, e dirige-se para uma zona de floresta...
 
Donald: Venham! Vocês vão aprender o sentido da palavra HABILIDADE! Nós vamos ter uma árvore... E vai ser de graça!
 
N: Depois de muito andarem, finalmente vêm um jovem pinheiro muito bonito e com o tamanho certo para uma boa árvore de Natal...
 
Donald: Vejam!
 
Luizinho: Eu não acredito! Deve ter dono, Tio! Não pode derrubá-la!
 
Donald: Não posso? Então observem!
 
N: Donald pegou um machado que, guardava na mala do carro, e com aspecto decidido, prepara-se para derrubar o pinheiro. Mas...
 
Guarda Florestal: Que é que você está fazendo?
 
Donald: Que foi?
 
Guarda Florestal: Não sabe ler, Senhor?
 
Donald: Claro que sei! Por que pergunta?
 
N: O guarda aponta para uma pequena placa que estava precisamente por detrás do pinheiro que Donald pretendia derrubar. Na placa estava escrito: "Raro Pinheiro Siberiano"...
 
Guarda Florestal: Leia aquilo!
 
Donald (Engolindo em seco): Glup!
 
Guarda Florestal: Acontece que este é o único pinheiro que cresce fora da Sibéria. E queremos que continue a crescer!
   
N: O Guarda Florestal pegou Donald pelo pescoço e, segurando na outra mão o machado, o colocou dentro do carro...
 
Guarda Florestal: E aguarde a multa pelo correio!
 
N: Donald, com um ar muito zangado, começou a guiar, enquanto seus sobrinhos gozavam com a situação...
 
Sobrinhos: Apenas aquela multinha vai ser mais cara do que a árvore!
 
Donald: Não digam nada!
 
N: Donald não era pato de desistir. Guiou por muitos quilômetros e acabaram chegando num bosque na periferia da cidade. O bosque era muito denso, cheio de grandes árvores. Donald estacionou o carro e, de machado na mão, seguido pelos sobrinhos, entrou na floresta...
 
Donald: Vejam! Muitos pinheiros. Não são chineses, holandeses ou africanos! Apenas pinheiros!
 
Huguinho: Mas eu pressinto que isto é propriedade particular!
 
Donald: Deixa-te de agouros! Não vejo nenhuma tabuleta!
 
Zezinho: Da outra vez você também não viu!
 
N: Um pequeno pinheiro surgiu entre as grandes árvores do bosque...
 
Donald: Pronto! Aquela é ótima!
 
N: Donald, com umas breves machadadas, cortou bem rente ao solo a pequena árvore... Donald (Com ar vitorioso) - Eh Eh! Que me dizem, rapazes?
 
N: Donald admirava sua bela árvore. Os sobrinhos, com ar desconfiado, olhavam uns para os outros. Enquanto Donald admirava seu pinheiro, um homem enorme, com aspecto de lenhador, apareceu de repente e gritou:
 
Lenhador: Aonde pensa que vai com essa árvore?
 
Donald: Eu... eu... só queria participar na limpeza do bosque!
 
Lenhador: Muito bem, espertinho... Mas eu vou ficar com ela!
 
Donald (Atemorizado): Claro! Faça favor!
 
N: O lenhador, que na verdade era um ladrão, corria para o seu carro, enquanto Donald e sobrinhos não queriam acreditar no que viam...
 
Ladrão: Adeus, otário! Não és o único ladrão de árvores da zona!
 
Donald (Furioso): Grrrr! Não se pode confiar em ninguém!
 
Sobrinhos: Só visto!
 
N: Um homem, também muito grande, apareceu correndo, apontando para o pequeno tronco, onde anteriormente estava a árvore. Esse homem era o proprietário do bosque...
 
Proprietário: Apanhei-o com a mão na massa! Onde está ela?
 
Donald: Alguém a roubou!
 
Proprietário (Arregaçando as mangas da camisa): Sim, você! Este bosque é meu! Vamos ter uma conversinha, pato!
 
N: Donald e os sobrinhos fogem correndo. O proprietário corre atrás deles, mas tropeça numa raiz de árvore e cai no chão...
 
Donald (correndo): Corram depressa, meninos!
 
Sobrinhos: Nós avisamos, Tio Donald!
 
N: Donald e os sobrinhos, entrando no carro, rapidamente fogem do bosque. Alguns quilómetros depois, aproximam-se do Parque Ecológico Nacional. Um alce, em primeiro plano, olha para a cena...
 
Donald: Ninguém nos vai ver neste local! É muito isolado! Ninguém deve vir para aqui!
 
Luizinho: Tio Donald deve estar louco para tentar roubar uma árvore num parque ecológico!
 
N: Donald parou o carro e munido do seu machado, sempre seguido pelos meninos, avança para o interior do parque...
 
Donald: Viram? Quilômetros de floresta e ninguém à vista! Lá está! Olhem para aquele lindo pinheiro! Perfeito! Mesmo à espera de ser cortado!
 
Sobrinhos (Gritando freneticamente): Tio Donald! Tio Donald!
 
N: Um helicóptero da Guarda Florestal aproximava-se rapidamente, enquanto Donald, de machado na mão, se preparava para abater a árvore...
 
Guarda (Gritando): Calmo aí, Pato!
 
Donald: Quac! Já cá não estou!
 
N: Donald e os sobrinhos correm pela floresta afora, tentando fugir dos guardas...
 
Guarda: Pare!
 
Donald (Correndo): Negativo!
 
Guarda: Entregue-se!
 
Donald: Vamos! Depressa! Sou um pato procurado pela polícia!
 
Huguinho: Ninguém à vista, é?
 
N: Donald, já no carro com os sobrinhos, vai conduzindo rapidamente, enquanto o helicóptero da Guarda o persegue...
 
Donald: Querem estragar o Natal de crianças inocentes! Corações de pedra!
 
Zezinho: Acho que despistamos o helicóptero. Estão a ir embora!
 
Donald: Sim, mas ainda nos seguiram um bom bocado. Estou quase sem gasolina!
 
N: No helicóptero da Guarda Florestal...
 
Primeiro Guarda: Anotaste o número da matrícula do carro do pato?
 
Segundo Guarda: Claro! Foi difícil, mas consegui!
 
N: Donald continua a conduzir o carro e, no final da estrada, aparece uma bomba de gasolina...
 
Donald: Vamos encher o depósito e continuar a busca!
 
Sobrinhos (Juntos): Glup!
 
N: O empregado da gasolineira está atestando o depósito de gasolina do carro do Donald. Este está próximo e os sobrinhos estão retirando chocolates de uma máquina de venda automática...
 
Empregado: Diga-me o que estão fazendo tão longe de casa, com um frio destes?
  
Donald: Estamos à procura de uma árvore de Natal!
 
Empregado: Estão? Mas que coincidência!
 
Donald: Por quê? Sabe de alguma coisa?
 
Empregado: A Companhia de Propriedades Terrax está a limpar a Ilha do Pinheiro! Quem lá for recebe uma árvore de Natal de graça!
 
Donald: Uau! Como é que eu chego lá?
 
Empregado: Muito simples! Você segue por esta estrada e daqui a uns quarenta quilômetros, vai encontrar um ferry-boat. Atravessa com o carro para a ilha e vai encontrar centenas de pinheiros de Natal!
 
N: Donald e os meninos estão no ferry-boat. Ao longe se vê muitos pinheiros e no chão muitos ramos de árvores...
 
Donald: Vejam rapazes! Árvores de graça! Eu não vos disse?
 
Sobrinhos (Juntos): Só podem ser mesmo de graça! Estão aos bocados!
 
N: Os meninos tentam encontrar nos ramos dispersos pelo chão, algum que possa servir como árvore de Natal...
 
Luizinho: Que azar Tio! São só pequenos ramos partidos!
 
Donald: Grrrr!
 
Zezinho: O único trabalho que precisava ter era comprar uma simples árvore!
 
Donald: Atrevidos! Ainda gozam, depois do trabalhão que tive hoje?
 
Huguinho: Só estamos a dizer que era a solução mais fácil!
 
Donald (Gritando): Mas eu queria economizar!
 
N: Donald, juntando pequenos ramos, monta uma coisa parecida com uma árvore de Natal...
 
Donald: Viram? Acabei de arranjar uma árvore de graça, como eu disse que iria conseguir! Assim fica com o tamanho certo!
  
Sobrinhos (Juntos, com ar perplexo): Pois! Além de não ser verdadeiramente uma árvore, mas sim um aglomerado de ramos, vai ficar seca em dois dias!
 
N: Donald em casa, olhando para a árvore, já toda enfeitada com motivos natalícios...
 
Donald: Pronto! Valeu a pena! Não estão contentes com o meu espírito econômico?
 
N: Nisto aparece o carteiro...
 
Carteiro: Encomenda especial para o Senhor Donald!
 
Donald: Devem ser cartões de Natal!
 
Zezinho: Abra já, Tio! Vamos ver quem nos mandou!
 
N: Donald abre o pacote e lê...
 
Donald: Que é isto? Oh, não! Uma multa do Jardim Botânico! Quinhentos Reais! E mais outra da Polícia por roubo de árvore! Outros quinhentos! Quac! Outra multa dos Guarda Florestais!  Mais quinhentos! Mil e quinhentos Reais! Podia ter comprado quinze verdadeiras e belas árvores de Natal!
 
Huguinho: Exato! Mas isso não é tudo!
 
Donald (Com uma expressão de medo): Não é tudo? Vou pagar mais?
 
Luizinho: O Tio gastou ainda para além das multas, em gasolina, bilhetes para o barco e lanches, um total de cem reais!
 
N: Donald sentado na sala, com uma expressão envergonhada, olhando para sua árvore de Natal, muito seca e torta...
 
Donald: Esta é a árvore de Natal mais cara que eu já comprei!
 
Huguinho: Sim! E veja o estado dela!
 
Luizinho: Jure solenemente, Tio Donald!
 
Zezinho: Seja qual for o preço, vai comprar uma árvore de Natal no ano que vem!
 
Donald: Bolas!
 
Fim.

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