Quando realmente aprendemos e ensinamos... - 01/08/2006
Acredite no potencial do seu aluno e deseje que ele aprenda
As várias teorias existentes sobre como a aprendizagem acontece têm um ponto em comum: acreditam que os indivíduos são agentes ativos, buscando construir seus conhecimentos dentro de um contexto significativo.
Alicia Fernández, psicopedagoga argentina, em seu livro “O saber em jogo”, diz que a aprendizagem é um processo que envolve vínculos entre quem ensina e quem aprende. Existe aí uma relação de troca, onde em alguns momentos quem ensina aprende e vice-versa.
Outro
aspecto importante é que aprender deve ser prazeroso. Deve
ser uma experiência boa e não uma
perturbação ou sofrimento. Quem aprende
constrói seus conhecimentos, ou seja, para Alicia
Fernández, a aprendizagem é um processo de
autoria individual, de cada aprendente.
Por outro lado, quem ensina (ensinante) deve acreditar e desejar que o
aprendente aprenda. Aí é que está o
“x” da questão da aprendizagem, segundo
ela. Por isso, não basta o professor limitar-se a transmitir
informações e conteúdos. Ensinar vai
muito além disso.
O professor precisa proporcionar ao aluno ferramentas adequadas, e aqui eu coloco o lúdico como os jogos, o teatro e a arte em geral, e um espaço adequado para que a construção do conhecimento seja possível.
Mas não basta apenas o professor desejar que o aluno aprenda. O aluno precisa desejar aprender, sentir prazer em apropriar-se de sua autoria produtiva. É uma via de mão dupla. Aprendente e ensinante têm a responsabilidade compartilhada no ato de aprender.
Outra grande questão que Alicia Fernández nos coloca é que o professor ensina e o aluno aprende. O aluno não é ensinado nem o professor o faz aprender. O próprio aluno aprende. Por isso “processo de autoria”. Mas como saber se o aluno realmente aprendeu?
A partir do momento em que ele aplica seu conhecimento. Que existe uma mudança real e permanente no seu comportamento. Por exemplo, como sabemos que uma criança realmente aprendeu a andar de bicicleta? Quando ela consegue andar sozinha, sem a ajuda de ninguém.
O principal no processo de aprender é conectar-se ao prazer, a experiência, a alegria e a satisfação de ser autor da sua própria aprendizagem.
Porém a família também tem responsabilidade nesse processo. Elizabeth Polity diz que a escola, a família e o próprio aluno são responsáveis pelo processo de aprendizagem. Partindo desta visão de co-responsabilidade e parceria, a escola deveria chamar todos os envolvidos a construir uma solução prática para os problemas educacionais, pois o fato do aluno não aprender é um dos principais problemas educacionais brasileiros, senão o principal...
Essa proposta faz verdadeiramente diferença para que ensinantes e aprendentes construam seus conhecimentos!
1 suzana couto macedo - inhumasgo
boa tarde amigos,me mandem ideias de aula de geometria plana e espacial.....algo bem legal.
23/04/2012 14:27:12
2 suzana couto macedo - inhumasgo
gostaria de uma sugestão para uma aula de geometria plana e espacial para meus alunos,uma aula bem divertida....!!!!
23/04/2012 14:25:53
3 Maria Cristina Duzi Gomes - JeriquaraSP
Achei o site interessante,pois o comentário feito pela Alicia Fernandez contribuiu para os meus estudos.Estou cursando Pedagogia a distância na faculdade de Ituverava FFCLNEAD,pois o conteúdo sobre o lúdico me chamou atenção.Gostaria de saber mais sobre o assunto.bjossss
09/02/2012 11:02:58
4 clarice wochniski - guarani das missões
adorei os comentarios e preciso ler mais sobre aprender e ensinar estou cursando licenciatura no campo pela UFPEL
15/06/2011 09:23:21
5 ilda maria - terra roxa sp br
muito bom o artigo. Sou fã de Alicia Fernandez desde que li o seu livro Inteligencia atrapada cfoi qdo comecei a entender as verdadeiras dificuldades da aprendizagem das crianças da minha escola.
Ilda Maria
09/06/2011 21:09:37
6 lisne da Páscoa freire - perdõesMG
Um destaque neste importante artigo é a parte em se trata da coresponsabilidade da família, escola e aluno pois um dos grandes desafios da educação é o que englobam família e escola.Novas concepções em torno da instituição família, novos arranjos de família, tudo isso interfere de maneira direta na vida das crianças em fase crucial de desenvolvimento.Muitas vezes interpretado pelo olhar do adulto e não pela perspectiva da criança.
15/12/2010 08:02:01
7 juliana - descanso sc
Este artigo é muito interessante, mas gostaria de saber o ano que ele foi publicado
20/08/2008 14:50:52
8 Nathalie lehns - São Paulo
O artigo acima é interessante e acrescentador no que diz respeito ao método lúdico inserido como "filosofia" de ensni. Acredito sim, que os alunos podem e têm melhores rendimentos quando aprendem utilizando o lúdico como recurso de ensino. Não deixemos a teoria de lado - sabemos apenas aliá-la à prática. Muitas escolas e professores acreditam no método tradicional como forma de apresentar o conteúdo ao aluno - nada contra, eu também aprendí através desta metodologia. Mas o lúdico é uma proposta de inovar e trazer algo novo, deixar de lado aquelas aulas chatas para alunos e cansativas para professores. Aqui eles interagem, as atividades lúdicas ensinam ao aluno que o conhecimento não é só decoreba e cadernos cheios - pode ser diversão, prazer e prática... De nada adianta boas notas se o aluno não vivenciar o conteúdo e saber "pra quê serve" tudo o que ele aprendeu na escola.
Alguém concorda?
01/05/2008 20:47:40
9 Rafaela - Cachoeira
Eu achei o site muito bom!!!!!
Mais faltam varias coisas .........
[:)]Tipo explicar melhor sobre o que fala.....
31/03/2008 17:40:54
10 miguel lipovisky - bento gonçalves, rio grande do sul
Gostei do comentário do queioroz e queria me comunicar com ele por e-mail, pois também penso que as teorias educacionais cortam tanto o real que acabam por sufocar e iludir quando na prática pretendem explicar alguma coisa. Mesmo assim acho que a contribuição de Fernández é muito importante. Um abraço do Miguel
29/12/2007 16:55:56
11 Carlos Gonçalves de Queiroz - Belo Horizonte - Minas Gerais
É impossível "maquear" ou "embalar" todo conteúdo, a ser trabalhado com os alunos, todo o tempo. Hipotéticamente se fosse possível, ao perder a "maquiagem" ou, ao ser "desembalado" o conteúdo se mostraria impalatável, como efetivamente o é, para a maioria.
A realidade, a vida cotidiana, nos apresenta situações que, embora não gostemos, temos que conviver com ela. O mesmo acontece em sala de aula. Alunos adoram ciências, detestam geografia, odeiam portugês, etc. A teoria da evolução das espécies mostrou que os organismos vivos que não se adpataram ao meio ambiente, pereceram.
Exite uma idéia, arraigada, de que estudar é prazeroso (sobre o lúdico). Para a maioria não é. Uma situação intrigante é que todos só consideram um agente no processo da aprendizagem, o aluno. Existem poucos trabalhos abordando o ensino sob a perspectiva do professor. Existem teorias educacionais, fracasso escolar, etc., para todos os gostos e, os diversos sistemas de ensino (estados e municípios) os adotam de acordo com suas tendências ideológicas. Poucas escolas conseguem, ainda hoje, escapar da imposição dos sistemas, arbitrários, de educação, como as escolas técnicas federais e os colégios militares, que apresentam índices de rendimento muito eficiente
Nem todos vão ser bons médicos, professores, juizes, controladores de tráfego aéreo, da mesma forma que nem todos vão ser alunos com bom rendimento. Quantos de nós graduados, especialistas, mestres, doutores ou pós doutores não odiamos determinados conteúdos ou professores, e "passamos" com média 60 em várias disciplinas escolares ou mesmo fomos reprovados?
05/05/2007 21:05:03
Os conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.