O segundo semestre letivo vai começar... - 02/08/2017
João Luís de Almeida Machado
O segundo semestre letivo vai começar e, com ele, é preciso rever ações, retomar o planejamento, programar eventos, se organizar em relação ao tempo e as demandas específicas deste novo período.
A primeira preocupação é com o tempo. Diferentemente do início do ano, no primeiro semestre, quando as escolas têm um calendário mais generoso, com mais dias e semanas de aulas, a partir de agosto até o final de novembro, são apenas 4 meses e, há ainda os feriados além dos exames finais e provas nacionais, como o ENEM, a ditar um ritmo mais intenso.
Neste sentido é importante não se apavorar, ou seja, trabalhar com o que há em termos de semanas, dias, horas e minutos disponíveis. Não desperdiçar tempo é essencial para que os cronogramas previstos e o planejamento letivo sejam cumpridos conforme previamente programado.
Seguem 5 dicas práticas para quem quer usar melhor o tempo disponível no trabalho escolar no segundo semestre:
1- Evite chegar ao mês de agosto com atrasos quanto aos conteúdos previstos.
2- Se houver algum atraso, priorize a primeira semana ou, no máximo, os 10 dias iniciais do semestre para recuperar o tempo perdido.
3- Seja objetivo em suas aulas e demais ações no âmbito escolar, ou seja, crie programações mais enxutas, nas quais tenha foco e, acima de tudo, procure cumprir o que programou para cada ação prevista.
4- Realize reuniões pontuais e que sejam, evidentemente, muito necessárias. Evite o desperdício de tempo.
5- Defina o tempo de início e fim das reuniões e da programação de aulas, assim como de todas as atividades em que estiver envolvido e cumpra à risca, cobrando pontualidade no início e final destas ações.
Tendo pensado e agido em relação ao tempo é preciso avaliar as ações realizadas no primeiro semestre para verificar o que foi efetivo e o que não foi. Para facilitar esta análise seria importante adotar, desde o princípio do ano letivo, a prática de se auto avaliar, ou seja, de estar atento as suas práticas, pensando sua proposição, realização e resultados. Criar formas de validar ou não seus procedimentos e planos de ação que sejam rápidas, focando apenas naquilo que realmente interessa, leva o gestor ou o professor a ter registros do que realizou e, com eles em mãos, ao se replanejar para o novo ciclo de aulas, ser capaz de descartar o que não funcionou e de revisitar o que foi eficaz em suas realizações profissionais.
Esta análise não significa, é evidente, somente aproveitamento ou descarte. Na prática, algumas ações com resultados abaixo do esperado podem ser revistas e redesenhadas para que com elas se obtenham melhores resultados. Há, também, a adequação a novas temáticas, situações, públicos e contextos que precisa sempre ser considerado ao realizar esta avaliação.
O importante neste caso é que o profissional da educação pense sobre sua prática para melhorar sua performance futura e, para isso, deve ser crítico, isento e capaz de lidar com erros para que deles faça acertos em seu amanhã.
O planejamento anual, para todas as ações preliminarmente indicadas precisa ser repassado, revisto e repensado no que for necessário. Este exame do plano de ação letivo é essencial tanto para o melhor aproveitamento do tempo quanto para a revisão da práxis profissional.
Ao realizar esta revisão é preciso que o professor ou o gestor analisem novas informações, perspectivas e ferramentas que podem ser utilizadas a cada novo semestre iniciado. Leituras, participação em congressos ou seminários, intercâmbio com colegas, inserção de tecnologias na escola, metodologias novas surgidas no cenário nacional ou internacional e, mesmo, especificidades da disciplina ou área de atuação do profissional são elementos que podem e devem influir na atualização do planejamento de trabalho didático.
O novo semestre é também desafiador tendo em vista eventos e projetos previstos para os meses que o compõe. Sejam datas comemorativas, avaliações programadas, formações internas, projetos envolvendo as turmas, pesquisas de campo ou excursões, em todos os casos há a necessidade de planejar previamente os passos para que tais ações revertam os melhores resultados positivos para seus participantes.
Mais do que isso, a escola precisa constantemente se renovar quanto as suas propostas, realizando releituras de programações pré-existentes visando torna-las instigantes, interessantes e envolventes para os públicos aos quais se destinam.
E é preciso priorizar simplesmente todos os segmentos e elementos que atuam na escola, ou seja, o calendário de eventos tem que prever ações para alunos, pais, professores e gestores; assim como deve atender a educação infantil, o ensino fundamental e o médio, caso a escola atenda todos eles e também aqueles que eventualmente não foram aqui citados, como o pré-vestibular ou o berçário.
A preocupação deve ser a de não apenas oferecer eventos, mas a de proporcionar experiências que tenham sentido, que repercutam, que sejam valiosas para os participantes. Seja uma palestra para os pais, oficinas para os professores, cursos para os gestores ou a semana de ciências ou de revisão para os alunos, tudo tem que ser muito bem planejado para que ao final os participantes se sintam enriquecidos por terem dispendido seu tempo na escola.
Isso é válido tanto para o primeiro quanto para o segundo semestre letivo e tal planejamento é feito sempre um ano antes, pelo menos, do início do segundo semestre letivo, ou seja, rever os processos e a planificação é de suma importância antes do reinício das aulas em agosto.
Prever necessidades, antecipar problemas, resolver pendências e agir de forma a tornar o andamento dos trabalhos o melhor possível na continuidade do ano é o que deve nortear as ações e o planejamento dos gestores escolares no mês das férias ou durante o recesso escolar, seja no início do ano ou na continuidade do ciclo escolar, no segundo semestre.
# Aprendendo física, química e matemática com simulações
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