Ensaio sobre a Cegueira - 08/10/2004
Como uma fábula macabra
“Um motorista, parado no sinal, subitamente se descobre cego. É o primeiro caso de uma ‘treva branca’ que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos vão se descobrir reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas”.
O que você faria se subitamente se descobrisse cego? E se isso acontecesse no meio da rua, entre dezenas e dezenas de pessoas desconhecidas passando ao seu redor e sem que você tivesse uma plena consciência das ruas, dos automóveis, das calçadas ou de qualquer obstáculo que poderia aparecer ao longo do seu caminho? E o pior de tudo é imaginar que tudo teria acontecido sem mais nem menos, ou seja, sem que qualquer sintoma anterior tivesse lhe alertado da possibilidade da cegueira...
Essa é a premissa inicial de um livro que se intitula ensaio, que é sem dúvida um grande romance e que tem toda uma aparência de fábula moderna. Não apenas um conto do qual extraímos lições, a partir do qual se estabelece uma moral, mas uma história que nos deixa aturdidos diante do rumo tomado na vida dos personagens ao longo do qual a trama se desenrola.
O mais interessante é que não há nomes. Nenhum dos protagonistas é identificado como sendo João, Maria, José, Pedro, Ana ou qualquer nome regularmente utilizado em países de língua portuguesa. Cada um desses homens e mulheres que encabeçam a história é chamado peculiarmente a partir de sua ocupação, do parentesco em relação a outro personagem da história ou ainda a partir de alcunhas relacionadas aos atos por eles praticados ao longo dos capítulos.
“Fez-se um silêncio, e ele disse, Estou cego, não te vejo. A mulher ralhou, Deixa-te de brincadeiras estúpidas, há coisas com que não devemos brincar, Quem me dera que fosse uma brincadeira, a verdade é que estou mesmo cego, não vejo nada, Por favor, não me assustes, olha para mim, aqui, estou aqui, a luz está acesa, Sei que aí estás, ouço-te, toco-te, calculo que tenhas acendido a luz, mas eu estou cego. Ela começou a chorar, agarrou-se a ele, Não é verdade, dize-me que não é verdade”.
Mestre Saramago se superou mais uma vez. Resolveu colocar seus leitores para refletir com o macabro lado da humanidade despertado pelas condições desumanas com que são tratados os cegos. Pois se a princípio chegamos a pensar em casos isolados, a tal cegueira branca se estende a milhares e milhares de pessoas, num impensado caso de epidemia de cegueira.
Os olhos incapazes de executar aquilo que deles se espera castiga as pessoas com tombos, encontrões, acidentes das mais diversas naturezas, o medo e a intolerância dos demais em relação aos pobre-coitados afetados por essa moléstia desconhecida.
Acuados e sem qualquer socorro por parte dos médicos (a tal cegueira branca é caso totalmente desconhecido, nunca antes registrados nos anais da medicina mundial), os cegos são colocados em galpões, manicômios, prédios abandonados ou qualquer instalação onde possam ficar totalmente isolados do contato com pessoas saudáveis, ainda não afetadas pela doença.
“Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso”, disse o escritor José Saramago, por ocasião da apresentação pública do seu romance “Ensaio sobre a Cegueira”.
Para garantir o pleno isolamento dos infectados nessas áreas marginais, o governo do país estabelece postos de guarda monitorados pelas forças armadas. Os soldados têm autorização para atirar se notarem qualquer movimento suspeito por parte dos cegos. Nem mesmo as requisições básicas podem ser atendidas, nenhuma pessoa capaz de enxergar se atreve a entrar em locais onde os doentes estão vivendo.
Sem qualquer tipo de auxílio, a organização nos recintos onde vivem grupos cada vez maiores de cegos é precária e tornasse verdadeiramente caótica a cada novo dia (em virtude do advento das novas levas de doentes). A Comida colocada a poucos metros dos portões de entrada dos manicômios que abrigam esses pobres-diabos é insuficiente para atender a fome de todos.
Para piorar a situação há entre os cegos alguns espertalhões que se aproveitando da cegueira de todos, surrupiam para seu próprio consumo uma parte daquilo que é legado ao grupo para consumo particular. A solidariedade também é artigo em falta nos arredores dos deficientes visuais da história de Saramago.
Somente a arte de Bosch (acima recorte de seu quadro “A tentação de Santo Antão”, de 1500)
consegue se aproximar da insanidade relatada na obra “Ensaio sobre a Cegueira”
de José Saramago.
Coincidentemente essa obra faz parte do acervo do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, Portugal.
Sem qualquer tipo de expectativa quanto ao futuro, a maioria dos ceguetas passa o dia deitado nas camas e colchões disponíveis para suas acomodações. Sem qualquer tipo de prática na vida de cego, as pessoas encarceradas nessa prisão provisória da claridade excessiva e dos muros dos locais onde passaram a viver não conseguem se deslocar com agilidade de um lado para outro, deixam de urinar ou defecar nos locais apropriados, tornam o ar ao seu redor totalmente putrefato, não tomam banho regularmente, deixam de lavar as mãos ou de se barbear...
Passa a imperar entre eles uma vida totalmente desregrada, de muita sujeira, onde os mais fortes passam a impor sua voz, onde a razão, a lógica, a sensibilidade e a noção de direitos foi totalmente implodida em favor da sobrevivência.
Homens e mulheres abrem mão de conquistas que foram almejadas pela humanidade ao longo de séculos. Ninguém se atreve a contestar a lei da selva que se estabelece. Os poucos que ousam levantar sua voz são silenciados com brutalidade, seja pelos que vivem fora dos limites desse mundo ou ainda por aqueles que entram nesse mundo armados de ferramentas que os colocam em vantagem nas disputas ali travadas.
Chegamos ao limiar da insanidade e próximos do limbo quando o autoritarismo se impõe como forma de governo dentro do manicômio. Instala-se não somente a ditadura dos mais fortes, mas também a ordem passa a parecer muito próxima a do próprio local onde estão muitas dessas pessoas, estamos cada vez mais dentro do universo da loucura, estabelecidos com os cegos num verdadeiro hospício.
Romance? Ensaio? Conto? Fábula?
Saramago conseguiu unir elementos das quatro possibilidades literárias mencionadas anteriormente e criar uma nova linhagem de textos para os escritores. Difícil de se imaginar que outros venham a se aventurar por essa terra de pioneiros criada pelo grande escritor português (na qual com certeza podemos colocar também o colombiano Gabriel Garcia Marques e seu fabuloso “Cem Anos de Solidão”).
Como fábula macabra, o livro de Saramago nos coloca questionamentos muito interessantes sobre ética, humanidade, sobrevivência, altruísmo, valentia e solidariedade. Desmistifica nossa aura orgulhosa de realizadores invencíveis e nos coloca em pé de igualdade com os piores vermes que habitam a face da terra. É justamente nesse ponto que deixa de ser soturno, assustador e apavorante para se tornar uma fábula que nos coloca outras possibilidades que não apenas aquelas do medo, da insegurança e do desespero. Há espaço para a luz que orienta, para o auxílio que protege, para o amor que humaniza...
“Ensaio sobre a Cegueira” é literatura de altíssimo nível. Recomendada para leitores maduros e para todos aqueles que se interessam por histórias que levem a divagações, que proporcionem sustos, que nos coloquem próximos aos personagens e nos façam imaginar o que faríamos se estivéssemos em seus respectivos lugares. É livro para ler do começo ao fim sem pestanejar. Não percam!
1 Leiliane Coimbra - Ribeirão PretoSP
Nossa, e eu que pensava que João Luís de Almeida Machado Doutor em Educação pela PUCSP Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie SP Professor Universitário e Pesquisador Autor do livro Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema Editora Intersubjetiva sabia algo a respeito de crítica literária! Ainda bem que a Erika Luiza Piza apareceu aqui para abrir nossos olhos em relação a isso, afinal, sermos enganados tão facilmente por alguém tão sem bagagem, é inaceitável! A propósito, quem é você mesmo, querida?
20/03/2012 15:11:48
2 Leiliane Coimbra - Ribeirão PretoSP
Nossa, e eu que pensava que João Luís de Almeida Machado Doutor em Educação pela PUCSP Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie SP Professor Universitário e Pesquisador Autor do livro Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema Editora Intersubjetiva sabia algo a respeito de crítica literária! Ainda bem que a Erika Luiza Piza apareceu aqui para abrir nossos olhos em relação a isso, afinal, sermos enganados tão facilmente por alguém tão sem bagagem, é inaceitável! A propósito, quem é você mesmo, querida?
20/03/2012 14:52:46
3 Erika Luiza Piza - Ribeirão Preto, SP
Procurava uma crítica de Ensaio sobre a cegueira e encontrei o texto acima de João Luís, que deixa a desejar enquanto crítica. A propósito, o gênero discursivo ensaio não é um gênero especificamente literário, conforme indicado pelo crítico. Podese, contudo, perceber que na ficção alguns autores estabelecem formas ensaísticas em seus textos literários, mas o ensaio por si só não configura em tese um gênero literário. Penso que para escrever sobre literatura, antes é preciso, termos conhecimento dos aspectos teóricos literários, a fim de esclarecermos o real que subjaz no texto literário. Falar da realidade não é tarefa difícil, uma vez que esta é exposta, mas falar do real fazse necessário outros conhecimentos, este nem sempre se expõe. Bem, fica a sugestão de leitura de Eduardo Lourenço sobre a ficção de Saramago, em O canto do signo. Lá podemos compreender o que o crítico afirma: ser a ficção de Saramago de ordem moral e não de ordem ética.
03/11/2011 14:07:06
4 noemia dos santos moura - mauá
Gostei muito da intertextualidade com a obra de Bosch,pois procurei no meu acervo de História da Arte alguma pintura que pudesse impactar os alunos e a única que encontrei foi A Liberdade guiando o Povo, de Delacroix.Quanto ao artigo,acheio muito inteligente,uma vez que nos esclarece os aspectos mais complexos da obra,principalmente quando a compara a uma fábula macabra.Obrigada pela dedicação.
17/04/2011 21:01:36
5 mARILDA pINHEIRO - Campoere
Adorei esse filme foi o melhor de todos meu Deus Que bom
30/11/2010 16:56:39
6 Camille Leite - Uberlândia MG
Fiquei muito contente em saber que diversas pessoas compartilham o mesmo gosto por Saramago e sua obra Ensaio sobre a cegueira, assim como eu. Mais contente ainda estou em saber que o vertibular da Universidade Federal de Uberlândia optou por tão valiosa obra. Obrigada por essa maravilhosa reflexão.
08/11/2010 15:40:55
7 Albenira alves Rodrigues Soeira - Taguatinga Distrito Federal
O professor João Luís alcançou todas as minhas expectativas ao ler o seu comentário. O artigo é riquissímo e de inigualável observação da decadência do ser humano em tentar viver sozinho. Somos pessoas em constante crescimento quando em interação com o outro. Obrigada por esta oportunidade. Albenira
05/06/2010 20:23:20
8 cristina santos - SeabraBA
esta obra é maravilhosa.acredito que todos deveriam ler pelos exelentes temas abordados.
25/05/2010 20:10:39
9 Osaila Soares - Diadema São Paulo
Como disse a comentarista Maria Fernanda de São Paulo os comentaristas estão com língua péssima, sejamos mais cuidadosos principalmente para falarmos de uma obra prima e de um ícone da literatura.O artigo é plausível.
18/05/2010 23:10:59
10 lidiane - sao cristovao
sou estudante de ed fisica gostaria que vc mim enviasse alguns temas que posso tirar do ensaio sobre a segueira para fazer um projeto cientifico..
att lidiane
01/04/2010 17:00:49
11 Jeany - piaui
é um sem dúvida um dos livros mais magníficos que já li! Quando comecei a lelo logo achei semelhanças ao Cem anos de solidão do Garcia Marquez e quando vi o comentário do blog percebi que n estava enganada...
O livro nos mostra de forma crua o quanto somos hipócritas, muitas pessoas fazem um discurso de uma sociedade justa e solidária, mas é só se abater um terrível mal como este que os valores éticos e morais caem por terra, impera a lei do mais forte...obra simplesmente perfeita.
11/01/2010 10:26:19
12 Maria Aparecida Dantas Gomes - Sao Bernardo do Campo Sao Paulo
Ensaio Sobre a Cegueira é mais uma critica social do eminente escritor Jose Saramago, como em Intermitencias da Morte, A Viagem do Elefante e outros. Gostei muito da analise dessa magnifica obra do nosso escritor lusitano. Cida
04/11/2009 18:58:37
13 Maria Fernanda - São Paulo
Os comentaristas precisam melhorar a forma de escrever! Estão assassinando nossa língua!
Quanto ao livro, sem comentários. Nota dez.
29/07/2009 10:39:18
14 Nadia -
Eu li o livro e vi o filme, sinceramente, apesar do filme tar muito bem feito o livro trasnos mais emoçoes e das nos mais a sensaçao de tudo o que se passa na historia, o teu resumo esta muito bem feito, apenas aponto o facto de nao teres dito que a historia é muito simbolica, o facto da cegueira ser branca, a igreja com os santos de olhos vendados que pode ser caracterizada como um dos momentos poeticos da obra ` se os ceus nao vêm, veja` numa alusao velada as ideias do filosofo Fridich.
26/05/2009 17:01:53
15 Pedro Almeida - porto
E mais um excelente livro de Jose saramago. A sua forma única de escrever é única, os seus temas sempre cativadores.
gostei muito desta obra
06/05/2009 14:07:07
16 Maria Helena - Brasília/DF
Ví o filme e fiquei cheia de dúvidas, já havia lido alguns comentários sobre o livro
depois o filme.Pesquisei na internet achei seu comentário,digamos, esclarecedor.
Quando você diz: Fábula macabra define toda simbologia do filme.
Parabéns!
02/11/2008 21:23:18
17 Lucas Bessa - XiqueXique/BA
Comecei ler o livro hoje, mas não estou conseguindo párar de lêlo, pois Ensaio sobre a Cequeira, tem uma ótima linguagem e aborda temas que nos levam a uma reflexão, sobre o nosso comportamento em uma sociedade cada vez mais hipócrita em que a ética e os bons costumes estão cada vez mais sendo esquecidos. Além de relatar explicitamente que somos apenas um simples mortal.
25/07/2008 12:54:41
18 jorge - lisboa
Para que já leu "O deus das Moscas" de William Gollding e "1984" de George Orwells o "Ensaio sobre a Cegueira" de José Saramago não acrescenta nada de extraordinário apesar do texto estar bem escrito. O tema do enredo deste romance de Saramago já foi no passado, já com alguma distância no tempo, desenvolvido por outros escritores na mesma prespectiva. Digamos que Saramago apanhou o tema e recriou-o ao seu próprio estilo de escrita.
17/04/2008 11:36:33
19 silvânia almeida - xiquexique-bahia
Sou estudante de Letras 7º semestre e estou escrevendo um artigo sobre "Ensaio sobre a cegueira", este é mais um das excelentes obras de Saramago, o carater contemporaneo da obra nos possibilita uma reflexão sobre a atual "cegueira" presente em diferentes setores da sociedade como um todo. É um verdadeiro desafio a reflexão dos nossos valores. Gostaria de ver aqui artigos sobre o autor jorge amado.
09/01/2008 20:22:23
20 Rafael de Lima Gomes - Divinópolis, MG
José Saramago soube abordar esse tema com tal prodígio que nos leva a refletir sobre valores e conceitos humanos, sobre a necessidade do homem se unir frente a grandes dificuldades. É um livro que mostra de forma bastante expressiva as ações do homem, desenvolve em nós um sentimento de culpa pela forma em que agimos. Apresenta o quanto todos nós podemos sofrer com atos muitas vezes inpensáveis e voltados para o nosso próprio ego.
Um livro que vale a pena ler e tirar lições para a vida!
Um abraço.
26/10/2007 19:19:43
21 Geraldo - São Domingos do Prata - MG
Pesquisava sobre o livro na internet. Encontrei esta página com elementar análise do livro. Foi inevitável a ação de ligar para uma amiga que estava numa livraria e pedi para comprá-lo em caráter de urgência. Estou ansioso em conhecer esta apurada literatura. A análise do professor foi de fundamental importância na decisão.
21/09/2007 20:45:23
22 Juliana - goioere-pr
nossa se descobrise q estava sega ficaria completamente em choque não saberia o q fazer noma situação dessas , não consego neim imaginar .
22/06/2007 17:04:51
23 AILANA RODRIGUES DE SOUZA - Simão Dias/SE
Muito bom a forma como foi abordada a leitura prévia da obra de Saramago,até para quem não o leu ainda está de acil entendimento.Fico muita grata porque esse texto mim ajudou bastante na conclusão do meu trabalho acadêmico. Um abraço!!!!
20/06/2007 21:25:56
24 Marlene Paiva - Porto-Portugal
Li esta obra fantástica, porque precisava apresentar um trabalho sobre a mesma na faculdade e resolvi pesquisar comentários e críticas. Fiquei imprecionada com a qualidade da informação. BOM TRABALHO!
01/05/2007 19:52:52
25 Leiliane Coimbra de Oliveira - Ribeirão Preto
Agradeço ao professor João Luís Almeida Machado por ter apresentado uma clara visão desta obra. Estou fazendo uma análise deste livro, por isso busquei algumas opiniões a respeito. Neste site , pude encontrar idéias que vem ao encontro daquilo que penso. Desse modo, consegui concluir meu trabalho com chave de ouro. Parabéns!
15/04/2007 22:22:28
26 Irani Duenhas Fernandes - São Paulo
Sou estudante do 3º ano do ensino médio, faço o curso de suplência, e por meio de minha prof. de literatura, Prof. Mônica da Escola Fernando Pêssoa, Cidade Tiradentes SP, ouvi falar do livro de Saramago "Ensaio sobre cegueira" e por curiosidade resolvi pesquisar mais sobre ele e neste site encontrei tudo o que precisava. Valeu!!!!!!!!!!
13/04/2007 21:29:11
27 Heloìsa Cristina - Piau- MG
Primeiramente parabenizo o professor João Luís Almeida Machado pelos excelentes temas abordados. Sou estudante de letras e sempre faço pesquisas nesse site.
Gostaria de ler, no planeta leitura, sobre Eneida (Vergílio).
Obrigada pela atenção.
Heloísa
01/04/2007 11:16:43
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