A Semana - Opiniões
Nuricel Aguilera Fundadora do Instituto Alpha Lumen (IAL), com formação e atuação nas áreas de Educação, Ciência e Tecnologia, Talento e Super Dotação;

7 premissas para uma nova educação - 19/01/2017
Nuricel Aguilera

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ilustração de um lápis sobresaindo sobre vários objetos do mesmo modelo, remetendo ao ensin

O processo de ensino e aprendizado evolui naturalmente a cada geração de alunos e professores, mas o modelo aplicado nem sempre acompanha – no Brasil, o mesmo sistema existe há mais de 20 anos. Para que os frutos de uma boa gestão educacional possam ser colhidos, é preciso considerar alguns pontos:

1. Investimento: a solução para a maioria dos problemas estruturais em sociedade é investir em educação. No Brasil, por exemplo, nem todo mundo enxerga a questão dessa forma – o que é em si um grande obstáculo para o crescimento do país como um todo.

2. Valorização: quem trabalha com educação precisa ter orgulho e saber a real importância de sua atuação – e inspirar os outros com este pensamento. E agregar valor passa por ampliar cada vez mais o conhecimento acadêmico e do mundo, apreendendo as conexões entre a teoria e a realidade.

3. Perseverança: teimosia é uma característica importante para quem gosta de ensinar e aprender: é a atitude de transformar sonhos em realidade, independente das dificuldades. Priorizar o foco nas soluções, e não nos problemas pensando: o que fiz para sair de uma situação adversa? O que eu fiz de bom, para mudar, para construir? E com base nas respostas reinventar-se!

4. Inspiração: o processo educacional baseia-se em instigar no outro (seja um colega professor, ou, um aprendiz) a buscar o autoconhecimento, a autonomia, a articulação e a apropriação do saber de forma aplicável no dia a dia. Inspirá-los, por exemplo, a utilizar aquele aprendizado em matemática em uma situação real – para crianças, uma divisão de brinquedos.

5. Cidadania: é função primária do educador, balancear os aprendizados para que o aluno se torne, acima de tudo, um bom cidadão, com noções éticas e de boa convivência em grupo. O estudante tem que ser capaz de enxergar o que está nas entrelinhas de seu cotidiano e colocar seu talento a serviço da sociedade.

6. Determinação: é claro que quem se aventura na jornada do saber – para ensinar ou aprender – precisa estar ciente dos riscos e dificuldades pelo caminho: no caso dos docentes, a falta de reconhecimento e de uma remuneração mais adequada, e, para os jovens, a responsabilidade na tomada de decisões que podem definir seu futuro. Mas só dessa forma é possível enfrentá-los com ainda mais vontade.

7. Foco: a verdade é que Educação (assim, com E maiúsculo) é muito mais do que formar um estudante para que ele seja bom em uma ou duas matérias, que cresça com um simples objetivo do passar no vestibular – sem saber, na verdade, qual profissão seguir ou mesmo se as regras sociais vigentes se aplicam a ele. É preciso elucidar sobre os caminhos a serem seguidos.



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