Livros inesquecíveis para as férias das crianças e adolescentes - 19/07/2016
João Luís de Almeida Machado
As férias de julho, no Brasil, ocorrem no inverno do hemisfério sul, ou seja, há sempre necessidade de ocupar o tempo das crianças e adolescentes neste período de descanso em ambientes fechados.
Além das visitas a museus, exposições, atividades ao ar livre, prática de esportes e viagens, para evitar que os filhos fiquem expostos somente às telinhas e telonas, é importante também aproveitar o momento para que livros de boa qualidade, interessantes e envolventes sejam oferecidos a todos eles.
Se o dinheiro está curto, visite as bibliotecas locais, vá a espaços como clubes ou o SESC e o SESI, onde atividades culturais como a contação de histórias e o acesso aos livros e a gibis são permitidos e estimulados. Conte com o auxílio dos bibliotecários para encontrar obras de referência e interesse, clássicas ou contemporâneas para os pequenos leitores.
Há ainda, para aqueles que tiverem algum capital para pequenos investimentos a longo prazo, a possibilidade de ir montando a biblioteca caseira com a aquisição de livros em livrarias ou sebos, por exemplo, ou ainda se utilizando das boas oportunidades de aquisição oferecidas pela internet.
Seja qual for a sua escolha sempre ficam dúvidas quanto aos livros que podem ser comprados ou emprestados. Não há dúvidas se as opções forem clássicas, por isso, vamos a destacar algumas delas para que vocês não apenas relembrem, caso já tenham lido, mas que ofereçam as crianças e adolescentes, vamos então a esta seleção:
- Reinações de Narizinho, Emília no país da gramática, as caçadas de Pedrinho e outros títulos inesquecíveis criados pelo genial escritor brasileiro Monteiro Lobato são dicas aparentemente óbvias demais... será? O Sítio do Pica-Pau Amarelo, publicado no Brasil pela Melhoramentos, é obra básica para quem quer divertir as crianças com leitura de qualidade, histórias incríveis, personagens inesquecíveis e, acima de tudo, muita brasilidade!
- Júlio Verne, para os adolescentes, deveria ser obrigatório nas escolas, mas não é e, por isso, faz parte das indicações clássicas com livros fantásticos como “A volta ao mundo em 80 dias”, “Viagem ao centro da Terra” e “Vinte mil léguas submarinas”, entre outros títulos. Suas narrativas são aventuras futurísticas criadas por ele no século XIX que alimentaram a imaginação de milhões de leitores no mundo inteiro. Uma ótima indicação.
- Se o leitor quiser se debruçar sobre livros de suspense e já estiver com 13 ou 14 anos a notável escritora inglesa Agatha Christie tem livros ótimos que certamente vão fazer todos ficarem até o final presos na leitura, buscando descobrir o culpado por crimes misteriosos, em suspenses muito articulados. “Assassinato no Expresso do Oriente”, “Morte sobre o Nilo”, “O caso dos 10 negrinhos” e outros títulos da rainha do crime e do suspense são realmente imperdíveis.
- Há ainda clássicos da ficção científica como “O homem invisível” de H.G. Wells, “Frankenstein” de Mary Shelley, “Eu robô” de Isaac Asimov, para os leitores que querem viajar no espaço e tentar captar os sinais enviados por estes grandes escritores que previram o futuro.
- Para as crianças menores não podemos nos esquecer de Ruth Rocha, Ana Maria Machado e Ziraldo, que são autores brasileiros consagrados juntamente a este público. Livros como “O menino maluquinho”, “Marcelo, Marmelo e Martelo” e “Dona Baratinha” se juntam a livros mais recentes do trio, como “De carta em carta” e “Bisa Bia, Bisa Bel”, de Ana Maria Machado; “Quem tem medo do ridículo” e “O mistério do caderninho preto”, de Ruth Rocha; “O menino marrom” e “O joelho Juvenal”, de Ziraldo, entre muitos outros títulos.
- O recente lançamento nos cinemas de “O escaravelho do diabo”, baseado na obra de Lúcia Machado de Almeida, fez com quem muita gente lembrasse da coleção Vagalume, com uma série de títulos publicados pela Editora Ática que fizeram muito sucesso nos anos 1970 e 1980. Obras como “O caso da borboleta atíria”, também de Lúcia Machado de Almeida, “O mistério do 5 estrelas”, de Marcos Rey e “A ilha perdida”, de Maria José Dupré, são prato cheio para os jovens leitores.
O importante, no caso, é mergulhar nos livros, de cabeça, entrando nas histórias como se fosse um observador anônimo, por ali a espreitar todas as tramas incríveis criadas por estes fantásticos escritores. Resgatar suas obras é dar asas a imaginação e prestar a cada um destes maravilhosos autores a maior de todas as homenagens, ou seja, perpetuar suas criações e dialogar com eles como tantas gerações anteriores, inclusive seus pais, tios e avós, o fizeram.
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