Mais que apenas números - 29/06/2016
Joyce da Conceição Lopes Simões
Quando falamos de finanças pessoais temos que ter em mente que vamos lidar com mais do que apenas números. Há um fator determinante para o sucesso no que se refere à conquista do equilíbrio financeiro.
Muitas pessoas sentem que o mês nem bem chegou ao fim, mas suas contas já dão sinal que ficaram perdidas nos dias. A expressão: “meu salário não acompanha meu mês” tem feito parte da vida de muitos brasileiros e, muitas vezes, os motivos estão mais ligados com nosso emocional do que com a matemática.
Uma pesquisa feita pelo SPC Brasil com 700 pessoas nos trouxe alguns dados interesses sobre esse assunto. Dos entrevistados, 62% assumiram que antes de receber o seu salário já pensam nas “comprinhas” daquele mês; 59% já ficaram no vermelho por causa de compras com entretenimento ou itens supérfluos e 59% já compraram algo pensando “Eu mereço” mesmo sabendo que não tinham condições de fazer a compra.
Esses dados nos mostram o quanto o nosso emocional tem influenciado na nossa decisão de compras, levando a um cenário de dívidas sem fim e descontrole financeiro.
É preciso avaliar o quão importante é a compra comparada com o sossego de uma vida financeira equilibrada. Nesse sentido precisamos dividir nossas despesas em dois grandes grupos, sendo eles os nossos desejos e nossas necessidades.
As necessidades são os itens que dão suporte para nossa vida, como alimentação básica, formação, cuidados com a saúde, contas, transporte.
Os desejos são os itens que suprem nossas vontades, como saídas com amigos, compras no shopping, passeios.
Mas, o ponto de principal atenção é que as necessidades e desejos são singulares. Cada indivíduo deve avaliar aquilo que, em seu cotidiano, entra em cada uma dessas categorias. Para alguns, o carro vai ser um desejo e para outros uma necessidade. Tudo vai depender do seu estilo de consumo.
O importante é encontrar um equilíbrio entre os dois, para não ser apenas um pagador de contas.
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