Dia Internacional da Mulher - 09/03/2015
Daniele Vilela Leite
Em Nova York, no dia 08 de março de 1857, em uma fábrica de tecidos, operárias decidiram fazer greve para reivindicar melhores condições de trabalho, pois cumpriam jornada de 16 horas diárias, e também solicitavam equiparação salarial com os homens que chegavam a ganhar três vezes mais exercendo a mesma função. A greve, porém, não foi bem sucedida. Como forma de represália trancaram as mulheres dentro da fábrica e incendiaram, fazendo com que mais de 100 mulheres morressem carbonizadas.
Foi em 1910 que, após uma Conferência Internacional Feminina, na Dinamarca, onde abordaram diversos assuntos, que decidiram homenagear as mulheres que morreram carbonizadas no 08 de março de 1857.
Mesmo passado tanto tempo, ainda nos dias de hoje mulheres são “carbonizadas” em diversas situações como violência doméstica, exploração sexual, falta de atendimento médico especializado, entre outras, mas posso dizer que nós mulheres somos mulheres batalhadoras, guerreiras, somos “mulheres de ferro”.
Quantas de nós cumprem a jornada de trabalho com competência e eficiência o dia todo, para depois chegar em casa e iniciar o “segundo turno” com a mesma disposição e ainda mais dedicação. Lavar, passar, cozinhar... olhar os cadernos dos filhos, perguntar como foi a aula, se tem tarefa, e auxiliá-los na realização da lição de casa. É nossa casa, nossos filhos, marido... nossa família! E por isso, além de competência e eficiência, devemos realizar com muito carinho e amor!
Algumas famílias podem contar com HOMENS de verdade. Apoiam suas esposas, auxiliam nas tarefas domésticas, no cuidado com os filhos, e quando chega a noite, mesmo cansados, encontram um tempo para conversar, assistir a um filme juntos e brincar com as crianças... Esse sim merece meu respeito!
Mas a maioria das mulheres ainda tem que dar conta de tudo sozinha. Por algum motivo não tem o companheiro ao seu lado para dividir os afazeres, se tornando as famosas “chefes do lar”, as verdadeiras “mulheres de ferro”. Têm dupla jornada de trabalho, sustentam a casa, levam e buscam os filhos na escola, participam da reunião de pais, levam as crianças ao médico, educam com esforço e dedicação e ainda com toda paciência do mundo acolhem seus filhos quando passam por alguma dificuldade. Tentam proporcionar à sua família tudo do bom e do melhor, dentro de suas condições. E quando surge algum problema, querem resolvê-los o mais rápido possível e fazem isso com “classe” e de cabeça erguida!
E depois de tudo isso ainda ouço dizer que mulheres são “o sexo frágil”! Frágil?!
Meu bem, isso é o que você pensa!
Somos assim:
mesmo bravas, somos lindas,
mesmo tristes, sabemos sorrir,
mesmo alegres, sabemos chorar,
mesmo irritadas, sabemos encantar,
mesmo tímidas, temos nossa ousadia,
mesmo nervosas, sabemos dosar,
mesmo apaixonadas, sabemos ignorar,
mesmo frágeis, sabemos ser fortes,
E mesmo exageradas, somos demais!
Sexo frágil que nada, somos “mulheres de ferro”!
# Artigo: A importância de conhecer a nossa história
Os conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.