Vejam
vocês, plágio não é mais
plágio. Vocês sabiam?
Dois autores de grandes sucessos literários
contemporâneos, ela alemã e ele francês,
usaram trechos de outras fontes, como Wikipédia e blogs da
internet, em suas obras.
E isso não configurou plágio, eles classificaram
como “estilo” e chamaram as cópias de
“mix”. E os livros continuam vendendo.
Eu sempre usei trechos que não eram meus, em meus textos,
entre aspas e com identificação do autor.
Um exemplo recente é uma pesquisa que fiz sobre Fernando
Pessoa e que coloquei no meu blog, mas não assinei.
Agora, juntar trechos daqui e dali, fazer uma colcha de retalhos sem
dar crédito ao autor nem citar a fonte, passou a ser normal.
É este o futuro da criação
literária? Juntar pedaços de obras já
existentes e montar uma nova? É para este fim de
túnel sem luz que caminha a literatura?
Sabemos que muito do que se produz no campo da literatura pelo mundo
afora não tem qualidade para se transformar em sucesso, que
a criatividade e a criação são dons de
uns poucos, mas não é por isso que vamos ter
passe livre para montar frankesteins literários.
Esperemos que a moda não pegue, embora alguns desses
plágios já tenham feito muito sucesso, vendendo
centenas de milhares de exemplares, como os dois romancistas do
início do texto.
A originalidade é tudo.
Não podemos nos apoderar impunemente da obra intelectual de
quem quer que seja, isso é propriedade
intransferível.
Copiar a produção, o pensamento, a obra de outra
pessoa e assinar embaixo como se nossa fosse, é roubo. E
roubo é crime.
Luiz
Carlos Amorim é
Coordenador do Grupo Literário "A Ilha" em SC, com 32 anos
de atividades e editor das Edições "A Ilha", que
publicam a revista Suplemento Literário e mais de
50 livros editados. Eleito Personalidade Literária de 2011
pela Academia Catarinense de Letras e Artes. Ocupante da cadeira 19 da
Academia Sul Brasileira de Letras. Editor do portal Prosa, Poesia
& Cia. (www.prosapoesiaecia.xpg.com.br ) e autor de 28 livros
de crônicas, contos e poemas, três deles publicados
no exterior. Tem trabalhos publicados na Índia,
Rússia, Grécia, Estados Unidos, Portugal,
Espanha, Cuba, Argentina, Uruguai, Inglaterra, Espanha,
Itália, Cabo Verde e outros, e obras traduzidas para o
inglês, espanhol, bengalês, grego, russo, italiano,
e colabora com vários portais na Internet. É
poeta e contista. É cronista e articulista de jornais como A
Notícia, Diário do Litoral, Correio do Povo,
Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Jornal Grande Bahia,
Repórter Diário, Roraima em Foco, Correio Popular
de Rondônia, Gazeta de Aracaju, O Liberal de Cabo Verde,
Jornal da Manhã de Goiânia, Notisul,
Diário do Iguaçu, Diário da Cidade,
Folha do Espírito Santo, Jornal União de
Londrina, e outros. Site:
www.prosapoesiaecia.xpg.com.br