Não
se trata de provas criminais, mas de provas que, num momento ou outro,
podem ser usadas contra você.
Faz parte da sabedoria popular, o “peixe morre pela
boca”, e é por ela que muitos têm
produzido conceitos e ideias ao próprio respeito que, em
dada circunstância, poderão voltar contra si
mesmos.
Por isso, fale um pouco menos, não saia por aí
contando os seus apertos para todo mundo como se todo mundo, realmente,
se importasse.
O desabafo, mesmo sendo um grande método de aliviar suas
tensões, tem que ser comedido, cauteloso, prudente.
As ideias que povoam sua mente podem se transformar em verdadeiras
armas contra você, então, organize-as antes de
falar com alguém.
Defina, com coerência, as pessoas em que realmente
você pode contar, pois muitas só se aproximam
movidas por nada mais do que uma intensa e fútil curiosidade.
Envolvidas por tais características, não
vão ver grandes problemas em falar de você para
quantas pessoas desejarem.
Entre esses “ouvintes”, não se iluda,
há muitos que não dão a
mínima para o seu bem-estar.
Exercite o autocontrole e tente fazer uso mais frequente da
razão, ela, apesar de parecer fria, tem grande potencial de
poupá-lo de muitas e desnecessárias
frustrações.
Faça melhor uso de sua emoção,
utilizando-a para ajudar o próximo, e não para
falar desmedidamente com alguém que, sem fundamentos
concretos, você pensa que pode confiar seu segredo, sua
história, suas faltas.
Antes de falar de sua vida, lembre-se de que ela é um bem
preciosíssimo e, como tal, não é
prudente deixá-la exposta a ações de
pessoas que desconhecem qualquer conceito simples de respeito e limite.
Veja a vida sempre com bons olhos e não confunda a
prudência com atitudes de impiedade, pouco caso e amargura.
Achar que pode contar para todo mundo que você não
está feliz sem sair profundamente machucado é,
simplesmente, ingenuidade.
Mas cuidado, não generalize, ainda há,
graças a Deus, muita gente boa, de bom
coração e pronta para receber suas queixas de
forma carinhosa, com largueza e uma boa dose de boa vontade.
A essas, não fale apenas, permita-se ouvi-las quando
estiverem necessitadas e, assim como elas, abra bem o seu
coração, pois pessoas assim são como
tesouros de alto valor que devem ser muito bem-guardados e protegidos.