No
começo dos anos setenta
Com Ed Roberts na frente
Começou o movimento
De vida independente
Questionando comportamentos
Visando um mundo includente.
Ed Roberts era cadeirante
E lutava por direito
Por ser um perseverante
A luta fez logo efeito
Pessoas com deficiência
Conquistaram mais respeito.
Ele queria para todos
Acesso ao conhecimento
E para pessoa com deficiência
Autonomia e empoderamento
Para ela mesma decidir,
Demonstrar seu pensamento.
Após décadas de estudos,
Pesquisas e mobilização,
Luta, debate e suor,
Veio a fundamentação,
Para assim sustentar
A proposta de inclusão.
Assim não podemos voltar
Para era da segregação
Agora é dois mil e treze
É tempo da união,
Abaixo a intolerância
E a institucionalização.
A escola deve receber
Com muita satisfação
O aluno com deficiência
Sem nenhuma separação,
Pois é doloroso para os pais
Constatarem uma
rejeição.
A educação inclusiva
Prevista na Convenção
Deve ser oferecida
Em qualquer situação,
Pois é o que impede
O mal da desunião.
Devemos ser responsáveis
Por nossa sociedade
Que deve ser inclusiva,
Respeitando a diversidade,
Justa e possibilitando:
Acolhimento e equidade.
Quem abordar esse tema
Nos meios de comunicação
Deve se preparar
E ter muita precaução,
Pois a informação errada
Reforça a discriminação.
Todo aluno tem direito
A um bom atendimento:
Com limitação sensorial,
Transtorno do desenvolvimento,
Deficiência intelectual ou física
Ou com outro impedimento.
Não é só direito à escola,
É por acessibilidade,
Trabalho, lazer e saúde,
Turismo de qualidade
E de exercer livremente
A sua maternidade.
Ser diferente não atrapalha,
Nem a escola nem a nação.
A diversidade somente ajuda
Provoca constante reflexão
Se fossemos todos iguais
A vida seria sem emoção.
Hélio
de Araújo
é professor, cadeirante, ativista na defesa dos direitos das
pessoas com deficiência – Petrolina-PE. E-mail:
heliodearaujo@yahoo.com.br