Há
algum tempo, convivíamos com a realidade
da
família tradicional que era representada por pai,
mãe e filhos.
Nessa configuração patriarcal, o pai era provedor
do sustento da família, e a mãe submetia-se em
cuidar dos afazeres domésticos e dos filhos, sendo que estes
deviam plena obediência ao Patriarca.
Mas com o passar do tempo, várias mudanças foram
ocorrendo, incluindo as configurações familiares.
Nos dias de hoje, vivenciamos diversas
configurações familiares, as quais são
muito diferentes do modelo tradicional.
Em alguns casos, os pais estão mais presentes na vida dos
filhos, e passam a dividir as tarefas do lar com suas esposas.
Mas existem situações em que não se
conta com a constante figura paterna, como em casos de mães
solteiras, viúvas ou separadas.
Com todas essas mudanças, muitas mulheres tiveram que
abandonar a posição de “donas de
casa” e inserir-se no mercado de trabalho.
Em algumas situações, elas são a
única provedora no sustento familiar.
Para que isso seja possível, cada vez mais cedo os filhos
estão sendo matriculados em creches, de modo a possibilitar
que as mães mantenham o sustento financeiro da
família.
Ao mesmo tempo, essa nova realidade também pode garantir um
apoio à educação das
crianças.
Na creche, podemos contar com atendimento às
crianças com amor, carinho, cuidados com higiene pessoal,
alimentação adequada, momentos de lazer e
brincadeiras.
Isso tudo, evidentemente, precisa contar com conteúdo
pedagógico, o qual é realizado pelo professor da
educação infantil juntamente à equipe
de auxiliares de sala.
No livro “Creches: Crianças, Faz de Conta e
& Cia.”, pode-se perceber facilmente o quanto as
crianças matriculadas nas creches desde bebês
têm seu desenvolvimento social aguçado, pois isso
faz parte da proposta:
“A
creche é um dos contextos de desenvolvimento da
criança. Além de prestar cuidados
físicos, ela cria condições para o seu
desenvolvimento cognitivo, simbólico social e emocional. O
importante é que a creche seja pensada não como
instituição substituta da família, mas
como ambiente de socialização diferente do
familiar.”
Nas instituições escolares, as
crianças são muito bem-cuidadas.
Contudo, como exposto no trecho do citado livro, os pais não
podem “transferir” sua responsabilidade a elas.
Da mesma forma, não é suficiente colocar os
filhos nas creches acreditando que “fizeram sua
parte” e que a educação está
garantida.
Não, é necessário muito mais que isso.
Os pais deverão acompanhar o dia a dia de seus filhos nas
instituições em que se encontram matriculados.
Isso pode ser demonstrado a partir de pequenos gestos. Abaixo, observe
algumas dicas:
– Forneça atenção especial
ao seu filho no momento em que ele é deixado na creche.
– Entre na sala e junte-se aos coleguinhas e à
professora.
– Dê um beijo de despedida e, antes de sair da
sala, não se esqueça daquele
“tchauzinho”.
Essas dicas também precisam ocorrer no momento da
saída.
Ao buscar a criança para ir para casa no final do dia,
não economize no abraço e no acolhimento.
Assim, você permitirá que a criança
sinta que esse “reencontro” é um momento
realmente feliz.
Os dias passam muito rapidamente e quase não temos tempo
para nada.
A participação dos pais nas escolas, contudo,
é fundamental para um bom aprendizado e um desenvolvimento
adequado de seu filho.
Por meio desses gestos, o processo de
socialização das crianças
será um verdadeiro sucesso.
Os alunos com família envolvida e participativa no ambiente
escolar e no seu aprendizado sentem-se mais seguros e apresentam
significativos desempenho e desenvolvimento.
Quanto maior e verdadeiro for o relacionamento entre escola e
família, melhor será o resultado apresentando
pelos alunos.
E, mais uma vez, o Livro “Creches: Crianças, Faz
de conta e & Cia.” estimula famílias e
creches a estarem juntas em favor da criança:
"A
creche deve ser reconhecida como um dos contextos de desenvolvimento da
criança, compartilhando sua educação
com a respectiva família. Isso implica compartilhar os
sucessos e as dificuldades que se apresentam e, acima de tudo,
transformar esse trabalho em colaboração
mútua.”
E
aí, vamos ter uma maior participação
na educação escolar dos nossos filhos?