Alguém
fica sabendo que você está à procura de
um novo emprego e, muito calmamente, se aproxima e o aconselha a
desistir, pois, afinal, a vida não está
fácil para ninguém.
Outra pessoa percebe que você está em busca de uma
dieta e exercícios físicos para, finalmente,
conseguir a tão almejada redução de
seu peso.
Não disposta a correr o risco de se embaraçar em
fofocas, diz que quando um “passarinho” contou
sobre suas intenções naturais, ela quase
não acreditou, pois, de acordo com o que pensa,
você não precisa emagrecer nem ao menos 1 quilo.
Um colega na sala dos professores percebe que você
está demasiadamente cansado, pois seus alunos
estão cada dia mais desordeiros e desmotivados ao estudo.
Querendo demonstrar preocupação, aborda
você com algumas ideias de como vencer os desafios de
ministrar aulas diante de uma sala com grandes dificuldades de
organização.
Esse colega, entretanto, é interrompido por outros que
defendem firmemente que você deve seguir suas aulas sem se
preocupar se há ou não alunos (normalmente os
mais indisciplinados) aprendendo.
Está indo tudo muito bem até que você
se dá conta de quem não perguntou a
opinião de nenhum deles e, por isso, fecha-se a qualquer
opinião que não faça coro ao que
você acredita.
Seu filho chega a sua casa muito tarde e, quando você menos
espera, já há várias pessoas
interessadas em apurar os fatos e, assim, elaborarem uma lista de
ações que podem ser tomadas por você
diante de um quadro tão delicado como esse.
Bom, paciência, vivemos em sociedade e conhecemos bem a
importância de mantermos a calma nesses momentos.
Assim, vamos seguindo e não deixamos transparecer
bruscamente o que de fato pensamos, principalmente quando sentimos
nossos assuntos ser abordados por uma pessoa sem a devida
permissão.
Não é agir com falsidade, mas sim com a
educação de uma pessoa que sabe ouvir e definir
os limites que cada fala terá em sua própria vida.
Se alguém se fere facilmente com o que ouve, um bom conselho
(se você o aceitar) é exercitar um pouco mais suas
habilidades de convivência e entender que é comum
que as pessoas, muitas muito bem-intencionadas, desejem transmitir um
pouco de suas vivências.
Isso é louvável, é humano e,
certamente, as experiências de outras pessoas
permitirão que nosso horizonte seja um pouco mais ampliado.
Se vamos ou não utilizar naquele momento os conselhos
gentilmente concedidos a nós, isso poderá ser
definido posteriormente, mas ouvir educadamente o que outro tem a dizer
é uma atitude adequada à boa
convivência.
Além disso, quem sempre diz que se “conselho fosse
bom não seria dado, mas vendido” desconhece a
riqueza que há nas coisas sem preço dessa vida,
tais como o amor ao próximo, a paz e a esperança.
Esses, apenas para se ter ideia, são aspectos gratuitos que,
com um bom conselho, podem ser conquistados por nós.
1 COMENTÁRIOS
1 Fernanda Moliterno - Lorena
o artigo cabe bem aos dias de hoje, onde não se tem mais tempo para um bom bate papo, uma roda de amigos para colocar a conversa em dia, falar de filhos, familia etc..
E quando nos deparamos com algum problema nem sempre é solidário aquele que tenta nos aconselhar mas nos criticar pelo fato ocorrido, ou seja, você pedeu o controle da situação, No entanto, mesmo uma crítica destrutiva nos faz abrir os olhos para o novo. Então seja um conselho ou crítica procure tirar o lado bom desta moeda, assim crescerá como ser humano e querendo ou não o outro acabou nos ajudando a mudar algo.
22/11/2012 14:51:05