Aprender com as Diferenças
 

A Realidade da Inclusão Social - 07/11/2012
Rúbia Ferreira Castaldelli Pinheiro

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O propósito deste artigo é o de expor algumas opiniões sobre as hipóteses de divisão entre os alunos, objetivando dados abrangentes da realidade da inclusão social.

O aluno com necessidades educativas especiais deve, preferencialmente, situar-se no ensino regular.

Isso ajuda a assegurar uma organização adequada ao trabalho pedagógico para atender a todas as suas necessidades, fazendo com que a criança esteja envolvida e inserida na sociedade.

O primeiro documento histórico que aborda o direito à igualdade social a todos os indivíduos – "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" – surgiu em 1789 na França, juntamente à Revolução Francesa.

No artigo primeiro, fica estabelecido que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em direito”, indiferentemente da sua situação financeira, física, racial ou outro aspecto de peculiaridade.

No âmbito científico, o primeiro estudioso a tratar da inclusão foi o médico Benjamin Rush, em meados do século XVIII, abordando as necessidades de se trabalhar a educação das pessoas com deficiência.

Nessa época, esses indivíduos eram considerados indignos do convívio com a sociedade, bem como da educação formal.

A partir daí, chega-se aos dias de hoje, mas na era em que vivemos ainda existe dificuldade no desafio de conviver com a diferença.

A escola entra nesse ponto ao se destacar o papel do professor, entendendo-o como formador de opiniões.

É de suma importância que este seja habilitado e qualificado para atender a essa parte da sociedade, a qual necessita de um atendimento de qualidade e, acima de tudo, especializado.

A formação continuada tem uma grande importância no ambiente escolar, pois a distância entre a disciplina que liga o âmbito do conhecimento ao âmbito da aprendizagem estabelece as metodologias de ação.

Estas, por sua vez, conduzem à consecução de objetivos pedagógicos explícitos, nos quais se referem, nesse caso, à interação do meio com o sujeito.

O saber ensinar não é só uma dimensão científica, mas também dimensão cultural, poética e artística contra a cristalização da nossa linguagem e de nossa prática pedagógica.

A criança com deficiência extrai o mesmo significado de infância das demais, o qual é constituído socialmente.

Esses significados nem sempre foram os mesmos e as modificações ocorreram por determinações culturais, além da mudança estrutural na sociedade.

Por isso, a criança traz a bagagem de acordo com o meio em que vive e, automaticamente, a discriminação chega à escola como um pensamento fechado, tal como uma “caverna” de sua cultura.

Nesse caso, o que devemos deixar sobressair são os dons da calma, serenidade, amor, atenção, cautela, capacidade, vontade e, acima de tudo, a humanidade.

Colocando esses dons em prática com sabedoria, os dias árduos tornam-se prazerosos ao aluno com deficiência.

Tudo isso permite que a criança com deficiência desenvolva habilidades dentro de seus limites, assim como ocorre com qualquer outro aluno.

Agindo assim, o educador consegue inseri-la de maneira agradável na sociedade.

Não podemos cair no consenso de que não há dificuldade ao educador que se depara com as deficiências.

Muitas vezes, estas não são conhecidas ou não foram diagnosticadas, porém a identificação se dá ao se observar as dificuldades na percepção, nos movimentos e nas palavras.

Há vários aspectos necessários a crianças com essas características específicas.

Piaget indica dois traços essenciais da estrutura cognitiva que as diferenciam em sua função biológica.

As estruturas lógicas em primeiro lugar e, em segundo, a função cognitiva.

Uma simples roda de conversa, colocando a criança com deficiência em contato direto com os demais colegas, pode desenvolver o raciocínio lógico e, obviamente, o cognitivo.

Esse ato pode ocorrer diariamente na sala de aula, momento em que o aluno com deficiência observa as atitudes dos colegas e passa a melhorar até mesmo o comportamento.

Quando em contato com outros alunos, ele passa a apreciar os atos visíveis do companheiro de estudo, dada a igualdade de suas diversas capacidades e inteligência.

A melhor maneira de incluir é deixando de lado o dó, pois assim iremos fazer o que é necessário.

É necessário quebrar a barreira que existe na realidade da inclusão e trazer essas pessoas para junto das demais.

Também é indispensável permitir que elas tenham os mesmos direitos e que possam compartilhar de tudo aquilo que temos e vivemos em nossas vidas, tais como o estudo e o trabalho.

Hoje, buscamos uma sociedade mais igualitária e menos discriminatória, estamos mais dispostos a aprender e a conviver com o diferente.

Atualmente, estamos tendo discernimento para compreender que pessoas com deficiência são como nós, possuindo deveres, direitos, sonhos, desejos, esperanças, angústias, emoções e pensamentos.

Rúbia Ferreira Castaldelli Pinheiro é Graduada em Pedagogia (Uniararas|Fundação Hermínio Ometto, Caçapava, São Paulo); Instrutora Técnica de Informática Educacional; Intérprete de LIBRAS (Fauldade Dehoniana, Taubaté, São Paulo); Fez Curso Extra de Conversação de LIBRAS (Faculdade Dehoniana, Taubaté, São Paulo).

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1 COMENTÁRIOS

1 Claudia Valéria Rezende dos Santos - Caçapava
O ato de refletir sobre a Educação é imprescindível para todos que direta ou indiretamente estão envolvidos com a aprendizagem.Por essa razão todo trabalho de pensar a Escola e suas relações é muito importante e pode servir como referencial para os que atuam na área.Por tudo o citado acima gostaria de parabenizar a Rúbia pelo desafio a que se lançou e que muitos artigos como esse possam nascer do seu trabalho.Um grande abraço e a certeza de que as alegrias e angustias de Educadora possam ser compartilhadas com pessoas como você.
13/11/2012 13:51:46


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