O
propósito deste artigo é o de expor algumas
opiniões sobre as hipóteses de divisão
entre os alunos, objetivando dados abrangentes da realidade da
inclusão social.
O aluno com necessidades educativas especiais deve, preferencialmente,
situar-se no ensino regular.
Isso ajuda a assegurar uma organização adequada
ao trabalho pedagógico para atender a todas as suas
necessidades, fazendo com que a criança esteja envolvida e
inserida na sociedade.
O primeiro documento histórico que aborda o direito
à igualdade social a todos os indivíduos
– "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" – surgiu em
1789 na França, juntamente à
Revolução Francesa.
No artigo primeiro, fica estabelecido que “Todos os seres
humanos nascem livres e iguais em direito”, indiferentemente
da sua situação financeira, física,
racial ou outro aspecto de peculiaridade.
No âmbito científico, o primeiro estudioso a
tratar da inclusão foi o médico Benjamin Rush, em
meados do século XVIII, abordando as necessidades de se
trabalhar a educação das pessoas com
deficiência.
Nessa época, esses indivíduos eram considerados
indignos do convívio com a sociedade, bem como da
educação formal.
A partir daí, chega-se aos dias de hoje, mas na era em que
vivemos ainda existe dificuldade no desafio de conviver com a
diferença.
A escola entra nesse ponto ao se destacar o papel do professor,
entendendo-o como formador de opiniões.
É de suma importância que este seja habilitado e
qualificado para atender a essa parte da sociedade, a qual necessita de
um atendimento de qualidade e, acima de tudo, especializado.
A formação continuada tem uma grande
importância no ambiente escolar, pois a distância
entre a disciplina que liga o âmbito do conhecimento ao
âmbito da aprendizagem estabelece as metodologias de
ação.
Estas, por sua vez, conduzem à
consecução de objetivos pedagógicos
explícitos, nos quais se referem, nesse caso, à
interação do meio com o sujeito.
O saber ensinar não é só uma
dimensão científica, mas também
dimensão cultural, poética e artística
contra a cristalização da nossa linguagem e de
nossa prática pedagógica.
A criança com deficiência extrai o mesmo
significado de infância das demais, o qual é
constituído socialmente.
Esses significados nem sempre foram os mesmos e as
modificações ocorreram por
determinações culturais, além da
mudança estrutural na sociedade.
Por isso, a criança traz a bagagem de acordo com o meio em
que vive e, automaticamente, a discriminação
chega à escola como um pensamento fechado, tal como uma
“caverna” de sua cultura.
Nesse caso, o que devemos deixar sobressair são os dons da
calma, serenidade, amor, atenção, cautela,
capacidade, vontade e, acima de tudo, a humanidade.
Colocando esses dons em prática com sabedoria, os dias
árduos tornam-se prazerosos ao aluno com
deficiência.
Tudo isso permite que a criança com deficiência
desenvolva habilidades dentro de seus limites, assim como ocorre com
qualquer outro aluno.
Agindo assim, o educador consegue inseri-la de maneira
agradável na sociedade.
Não podemos cair no consenso de que não
há dificuldade ao educador que se depara com as
deficiências.
Muitas vezes, estas não são conhecidas ou
não foram diagnosticadas, porém a
identificação se dá ao se observar as
dificuldades na percepção, nos movimentos e nas
palavras.
Há vários aspectos necessários a
crianças com essas características
específicas.
Piaget indica dois traços essenciais da estrutura cognitiva
que as diferenciam em sua função
biológica.
As estruturas lógicas em primeiro lugar e, em segundo, a
função cognitiva.
Uma simples roda de conversa, colocando a criança com
deficiência em contato direto com os demais colegas, pode
desenvolver o raciocínio lógico e, obviamente, o
cognitivo.
Esse ato pode ocorrer diariamente na sala de aula, momento em que o
aluno com deficiência observa as atitudes dos colegas e passa
a melhorar até mesmo o comportamento.
Quando em contato com outros alunos, ele passa a apreciar os atos
visíveis do companheiro de estudo, dada a igualdade de suas
diversas capacidades e inteligência.
A melhor maneira de incluir é deixando de lado o
dó, pois assim iremos fazer o que é
necessário.
É necessário quebrar a barreira que existe na
realidade da inclusão e trazer essas pessoas para junto das
demais.
Também é indispensável permitir que
elas tenham os mesmos direitos e que possam compartilhar de tudo aquilo
que temos e vivemos em nossas vidas, tais como o estudo e o trabalho.
Hoje, buscamos uma sociedade mais igualitária e menos
discriminatória, estamos mais dispostos a aprender e a
conviver com o diferente.
Atualmente, estamos tendo discernimento para compreender que pessoas
com deficiência são como nós, possuindo
deveres, direitos, sonhos, desejos, esperanças,
angústias, emoções e pensamentos.
Rúbia Ferreira Castaldelli Pinheiro é Graduada em
Pedagogia (Uniararas|Fundação Hermínio
Ometto, Caçapava, São Paulo); Instrutora
Técnica de Informática Educacional;
Intérprete de LIBRAS (Fauldade Dehoniana,
Taubaté, São Paulo); Fez Curso Extra de
Conversação de LIBRAS (Faculdade Dehoniana,
Taubaté, São Paulo).