Cinema na Educação
Ana Paula Barros de Paiva Pedagoga, atuando como Supervisora de Projetos Educacionais, com foco em Tecnologias Educacionais, pós graduanda em Gestão Escolar - Orientação e Supervisão.

Gigantes de Aço – Um filme aos olhos do pai - 30/10/2012
Opiniões e Possibilidades Pedagógicas

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Cada pessoa tem a sua história, suas marcas e experiências.

A verdade é que ninguém é igual a ninguém, e não é possível saber o que o outro viveu antes de conhecê-lo.

Gigantes de Aço conta uma história muito pertinente, que poderia ser usado em um trabalho de sala de aula depois de estudos e planejamento, de modo a deixar claros os objetivos que se quer atingir.

As escolas de hoje recebem uma diversidade de alunos, que fica impossível não transparecerem durante as aulas problemas vivenciados em seu lar.

O filme aborda temas como Violência, Família, Superação e Perseverança. A história é de uma família que viveu uma situação inesperada, o menino Max perdeu sua mãe, ficando com a presença do pai Charlie.

Esse homem trazia consigo a marca de 2º melhor lutador de boxe, o que se deu até que as lutas mudaram para robôs manipulados por seres humanos.

Charlie, um tanto ressentido devido suas experiências de altos e baixos que a vida lhe proporcionou, vivendo essa situação de rever seu filho depois de vários anos, não se sente capaz de cuidar de Max, principalmente depois de sofrer agressões diante do menino.

Por isso, decide deixar o menino com os tios, que o recebem cuidadosamente, mesmo diante da visível frustração do garoto.

Ao ser deixado na casa de seus tios, o pequeno Max questiona o pai sobre se não ficará com ele, mas Charlie sai em silêncio.

Posteriormente, em conversa com uma amiga, o pai de Max reflete sua ausência na vida do menino.

Charlie decide fazer a coisa certa, ou seja, aproximar-se de Max, aproveitando o desejo que ele tem de acompanhá-lo.

Antes disso, porém, o filme nos emociona com a segurança de Max, que, mesmo ainda criança, era firme em seus propósitos, o que é perfeitamente perceptível quando, decidido a voltar a lutar para ganhar seu dinheiro de forma digna, o pai do garoto procura por empréstimos.

Como ninguém quer ajudá-lo, Charlie sai em busca de partes de robôs para construir um. Embaixo de muita chuva, o menino encontra um robô inteiro, mas o pai não quer aquela estrutura “metálica”, alegando que é muito antigo, mas o menino, muito insistente, desenterra o robô levando ao galpão.

Max insiste fortemente para que seu pai o conserte, o que não apenas acontece como também o convence a treiná-lo com seus golpes de boxe.

Charlie fica impressionado com a vontade do garoto.

A princípio, tentou fazer o menino desistir, dizendo que tudo aquilo não daria certo, mas ele acata a decisão do menino que diz: “Você pode sim!”.

Então, o pai se lembra de tudo que não fez ao menino e decide a, pelo menos, fazer uma coisa certa, treinando o robô para que executasse os golpes com precisão, enquanto o garoto o treinava para dançar.

As opiniões se diferem a respeito desse filme, pois há cenas de lutas, transparências de violência são nítidas, mas a vida real não é tão diferente disso.

Dentro da sala aula, é possível identificar famílias que vivem a violência dentro de suas próprias casas (ou na família, vizinhança) e, muitas vezes, as crianças e jovens visualizam isso diariamente pelos meios de comunicação, internet, televisão e rádios.

Quando pai e filho se unem em função de um objetivo, é possível perceber o prazer do menino de estar com seu pai, ficando clara a superação do pai, pois não acreditava no avanço e no crescimento, mas seu filho o fez enxergar o quanto é bom estar junto de quem se ama.

A “violência” apresentada no filme nos remete a muitos jogos de luta e briga de rua, que podem ser trabalhados de maneira pedagógica, apresentando à turma as consequências de se praticar tais atitudes na sociedade.

Que jovem hoje não conhece jogos de luta ou outros que se reportam à violência? O trabalho com a turma de construção de jogos e pesquisas por meio do uso das tecnologias não auxiliaria no desenvolvimento de alunos críticos?

Os resultados de um trabalho desse segmento só virão para aqueles que se arriscarem, aventurarem e ousarem a desenvolver esse projeto.

Caso alguém aceite este desafio, compartilhe!

Essa realidade está no cotidiano, portanto, propor discussões, debates, atividades em grupo, de certo modo, levará os alunos a refletirem e a exercitar o convívio com as outras pessoas.

É possível sentir o elo entre pai e filho nas competições, mesmo que sejam um tanto “violentas”, mas os dois estão juntos e vivendo aquele momento.

Atualmente, trabalhar família é complexo demais, as características de Pai, Mãe e Filho não são mais únicas.

Hoje, é possível identificar famílias que os pais se separam, crianças criadas por avós, tios e tias ou, então, pais que simplesmente abondam seu filho à adoção.

Desenvolver nos alunos o interesse por conhecer a vida que seus pais levam e respeitá-los. Muitos pais ficam uma boa parte do tempo do dia ausentes, pois é preciso trabalhar muito para conseguir dar conta das necessidades básicas do lar.

Isso leva a escola a participar da família, desenvolvendo projetos pedagógicos que levem os alunos a refletirem suas vidas e a valorizar suas raízes.

Enfim, esse filme é envolvente, causa diversos sentimentos como: angústia, compaixão, dúvida, felicidade, motivação, desafio e superação.

Assista! E tire as suas conclusões!

Bom filme a você!

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