Estamos
diante de um caos que impregna a calma
de nosso melhor sentir!
Deixamos de acreditar, de participar e de nos fazer felizes, pois
aceitamos com muita facilidade os incômodos que absorvem a
fonte natural de nossa calma.
Ouvimos buzinas, gritos, dor, agitação,
afobação e, no meio de tudo isso, aplicamos um
esquecimento lacônico de nossa
percepção de felicidade.
Respiramos tão somente o pó de nossas conquistas
que se entrelaçam com todas as dificuldades que nos adoecem
e tomam nosso tempo e jovialidade.
Estamos envelhecidos, ultrapassados e compulsoriamente desfocados da
beleza que há em viver nossas etapas.
Tememos a sombra que nos alcança e sequestra de
nós as virtudes de conhecer aos estranhos que e comportam
indiferentes com o que acontece ao seu lado.
Podemos dizer que somos sofisticados, práticos, atuantes e
muito informados, mas até onde estamos realmente
evidenciando a busca por nossa paz?
As semanas correm e escorem por entre nossos dedos (...), dormimos e
sequer temos tempo para sonhar com objetivos que não sejam o
dinheiro de cada mês.
E, com ele, as vultosas contas de nosso cartão de
crédito que consomem o suor de nosso ir e vir de um
trabalho, que mais nos parece ser a nossa casa.
Isso, enquanto que a nossa casa serve apenas e depósito de
nosso cansaço.
Buscamos culpados para tudo que não conseguimos sentir!
Inviabilizamos sorrisos, pois tudo que conseguimos ver nos traz medo e
muito temor.
Tenho que fazer um seguro para meu carro; tenho de ter cuidado ao sair
à rua; não posso passar tranquilamente por essa
rua que é escura e pode me surpreender com um assalto...
E, assim, se vão os meses, os anos e todos os desejos que
são apagados de nossa mente que nos mente.
Devemos ter mais direitos que deveres, podemos nos sentir felizes sem
nos sentir culpados de fugir da mecânica que absorve a nossa
engrenagem em ferrugem e empenamento.
Somos seres humanos que precisamos de entendimento, luz e
realização.
Não o consumo de coisas materiais, mas as espirituais que
nos aproximem uns dos outros.
Nas quais a igualdade de respeito não nos faça
surpreender a nós mesmos!
A gentileza é uma atitude de amparo diante do desamparo que
estamos vivendo.
A educação é uma virtude que
não pode ser abandonada por uma
associação de modismos que empregam a falta de
educação como algo natural do crescimento
populacional.
Falamos de paz, porém caminhamos em uma contramão
de valores e conhecimento.
Estamos diante de um caos que invade nossas janelas, nossas portas e
camas.
Deixamos de amar com intensidade e verdade, pois o normal agora
é a falta de comprometimento com os sentimentos.
Não sei ao certo por onde andam os sentimentos, nem sei se
estes novos habitantes terrenos sabem o valor do princípio
de respeitar.
Consomem a vida como um cigarro que queima por sobre um cinzeiro.
Para depois, um dia, se transformarem em velhos que desconhecem o
conhecimento de todo bem que não viveram.
Um pouco mais de paz...
Onde ela possa existir e, caso ela já tenha morrido, que
renasça de nossos sentimentos, desejos e sonhos, pois, em
nosso amanhã, a cobrança por um momento de paz
será grande.
E, antes que ela seja dizimada por nossa pressa, devemos ensinar aos
que não a conhecem a encontrarem a si mesmos em sua mais
exclusiva paz.
Eder
Roberto Dias é
Escritor, poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence...
Editora Gente. www.editoragente.com.br. Contato:
ederoamorsemprevence@bol.com.br.