O
Bullying não é coisa da idade.
É coisa de crianças, adolescentes e jovens muito
mal-preparados para a vida.
São nossos alunos e, mesmo que tentamos negar, podem
também ser um de nossos filhos.
Estão na “flor da idade”, têm
a força e a vitalidade próprias da juventude.
Contudo, são pessoas que não sabem empregar tais
características para o bem, envolvendo-se em atividades para
“aproveitar melhor a vida”.
Mal sabem elas que existem formas mais eficazes de se viver, por mais
que os meios de comunicação, inúmeras
vezes, enaltecem o mal, o erro e a consequente violência.
Agindo violentamente sem nenhuma resposta satisfatória,
acreditam mesmo que podem assim viver sem maiores
consequências.
Afinal, aprenderam que a violência é o meio mais
rápido de se conseguir o que quer.
Só não aprenderam ainda que tudo o que vem
fácil vai embora tão repentinamente como a nuvem
da manhã que, ao olharmos para o céu, parece
não haver mais espaço para ela.
Os vilões dessa história já tiveram
sua consciência vitimada por conceitos impróprios
a uma vida em sociedade.
Eles escolhem a vítima entre aqueles que deveriam estar sob
nossa proteção, talvez porque, ao desafiar nossos
filhos e alunos, estão, na realidade, desafiando
também a nós.
Não adianta negar, a verdade pode ser facilmente comprovada
por qualquer pessoa que assim tiver algum interesse.
Eles agem contra os princípios, contra a moral, contra
qualquer intenção de se estabelecer a ordem
qualquer pessoa que age contra seu próximo.
É ingenuidade pensar que o Bullying é
simplesmente um ataque pessoal a alguma pessoa, pois as
razões para que ele aconteça vão muito
além disso.
O Bullying é um ataque contra todas as pessoas que
estabelecem princípios que pensam a ordem de algum lugar de
convivência comum.
É por isso que qualquer tentativa isolada de
vencê-lo em nossas escolas pode estar fadada ao fracasso e
à frustração.
Ora, se a luta do praticante do Bullying é contra o sistema
e às leis e princípios de algum lugar (nossa
casa, escola ou sociedade), o combate tem que contar com mais agentes
dispostos a vencer por meio do bem.
Sozinha, a família pode se ver tão intimidada
quanto à própria vítima do Bullying.
Unida à escola que, por sua vez, precisa ser amparada por
outras pessoas que querem a paz dentro de seus muros, a
família ganha força, apoio e esperança
de vencer esse terrível mal.
Muito além da união, encontramos a unidade. Esta
é evidenciada por atitudes em consonância a
pensamentos e objetivos que almejam, de igual modo, a paz.
Somente essas características podem ser capazes de, enfim,
vencer a luta contra o mal conhecido como Bullying.
Por mais dura que seja essa batalha contra essa prática
(não simplesmente contra o praticante), os
benefícios da vitória são
compensativos.
A vitória, certamente, permitirá que nossas
crianças, adolescentes e jovens passem a valorizar o bem,
entendendo-o, de fato, como o melhor caminho a ser seguido.