Assim a vida segue, um quer ter mais que o outro, outros querem mais do
que se tem ou se pode ter.
Nos grandes centros comerciais, há falta de produtos que
satisfaçam os desejos daqueles que se permitem submeter-se a
uma ditadura sem limites.
Em busca de si, as pessoas aglomeram-se em lugares badalados,
endividam-se e adquirem produtos que possam elevar seu status num meio
social que nem mesmo parece humano.
A decepção instaura-se e é somada
à frustração de, mais uma vez,
não ter conseguido atingir um nível de
satisfação que, pelo menos, se aproxime do que
é idealizado dentro do coração.
Deseja-se ter, possuir e dominar em detrimento de uma
regência consciente e harmoniosa dos diversos setores da
própria vida.
Parece missão impossível resistir às
modas lançadas pela grande mídia, pois, ao menor
contato com alguém que já foi
“formatado” por ela, permite-se também
influenciar.
Pessoas imaturas, que não sabem mais o que fazer para buscar
e encontrar contentamento, que tem sido procurado em vias mais
fáceis, mais comuns.
Ora, o caminho mais fácil não é sempre
aquele que conduz ao melhor destino.
Pelo contrário, muitas vezes o que parece evidente
está ofuscando alternativas mais trabalhosas, é
fato, mas muito mais concretas e efetivas.
É preciso ter coragem para romper com os desmandos de uma
ditadura cruel, que quer fazer escravas pessoas, que, por
consequência, perdem o brilho presente na individualidade.
Há um vazio no peito, um nó na garganta, uma dor
que toma conta de todo o corpo de tantas e tantas pessoas por
aí.
Em meio a essa angústia, as noites de sono são
quase um pesadelo que parece não terminar com o amanhecer.
Não dá para viver assim, a ânsia de ter
e se tornar o que a ditadura da moda e do desejo quer pode levar
qualquer um a uma vida sem brilho, sem graça e sem
razão de ser.
Ainda há tempo para romper com as “leis”
de um desejo incontrolável que busca
satisfação em caminhos tortuosos e sem sentido.
Não se permita influenciar assim tão facilmente,
a sua vida é valiosa demais para ser escravizada por
tendências que vão contra os valores ensinados
pela família durante séculos.
Viva de modo consciente, respeitando os seus limites e conhecendo as
reais necessidades de sua vida, as quais não podem ser
adquiridas nem nos mais conhecidos e respeitados shoppings dentro ou
fora do país.
Assim, seus maiores desejos não são comprados,
adquiridos de um modo comum.
Não, suas necessidades de
vida só
serão plenamente satisfeitas num relacionamento de paz com
Deus, com a família e, enfim, com você mesmo.