A Semana - Opiniões
Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

A Ditadura do Desejo - 10/09/2012
Pessoas Insatisfeitas e Aprisionadas

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Assim a vida segue, um quer ter mais que o outro, outros querem mais do que se tem ou se pode ter.

Nos grandes centros comerciais, há falta de produtos que satisfaçam os desejos daqueles que se permitem submeter-se a uma ditadura sem limites.

Em busca de si, as pessoas aglomeram-se em lugares badalados, endividam-se e adquirem produtos que possam elevar seu status num meio social que nem mesmo parece humano.

A decepção instaura-se e é somada à frustração de, mais uma vez, não ter conseguido atingir um nível de satisfação que, pelo menos, se aproxime do que é idealizado dentro do coração.

Deseja-se ter, possuir e dominar em detrimento de uma regência consciente e harmoniosa dos diversos setores da própria vida.

Parece missão impossível resistir às modas lançadas pela grande mídia, pois, ao menor contato com alguém que já foi “formatado” por ela, permite-se também influenciar.

Pessoas imaturas, que não sabem mais o que fazer para buscar e encontrar contentamento, que tem sido procurado em vias mais fáceis, mais comuns.

Ora, o caminho mais fácil não é sempre aquele que conduz ao melhor destino.

Pelo contrário, muitas vezes o que parece evidente está ofuscando alternativas mais trabalhosas, é fato, mas muito mais concretas e efetivas.

É preciso ter coragem para romper com os desmandos de uma ditadura cruel, que quer fazer escravas pessoas, que, por consequência, perdem o brilho presente na individualidade.

Há um vazio no peito, um nó na garganta, uma dor que toma conta de todo o corpo de tantas e tantas pessoas por aí.

Em meio a essa angústia, as noites de sono são quase um pesadelo que parece não terminar com o amanhecer.

Não dá para viver assim, a ânsia de ter e se tornar o que a ditadura da moda e do desejo quer pode levar qualquer um a uma vida sem brilho, sem graça e sem razão de ser.

Ainda há tempo para romper com as “leis” de um desejo incontrolável que busca satisfação em caminhos tortuosos e sem sentido.

Não se permita influenciar assim tão facilmente, a sua vida é valiosa demais para ser escravizada por tendências que vão contra os valores ensinados pela família durante séculos.

Viva de modo consciente, respeitando os seus limites e conhecendo as reais necessidades de sua vida, as quais não podem ser adquiridas nem nos mais conhecidos e respeitados shoppings dentro ou fora do país.

Assim, seus maiores desejos não são comprados, adquiridos de um modo comum.

Não, suas necessidades de vida só serão plenamente satisfeitas num relacionamento de paz com Deus, com a família e, enfim, com você mesmo.

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