Depois de confirmar que o atual modelo de Ensino Médio
não é eficiente por estar estagnado em um patamar
baixo de qualidade, o Ministério da
Educação (MEC) planeja uma nova grade curricular
para os três últimos anos da
educação básica.
Nessa nova distribuição de temas em aulas, as
atuais 13 disciplinas devem ser distribuídas em quatro
áreas interdisciplinares: linguagem, ciências
humanas, ciências da natureza e matemática.
A intenção é que a mudança
valha tanto para escolas públicas quanto privadas, que
deixariam de oferecer, por exemplo, aulas específicas de
física, química e biologia para terem aulas mais
abrangentes de ciências da natureza, com atividades que
integrem as três matérias. Assim, espera-se
melhorar a qualidade do ensino.
Uma das mudanças que devem ser feitas para implementar essa
nova grade diz respeito à capacitação
dos professores.
O novo modelo os obrigará a dominar uma área mais
ampla do conhecimento – ou terem uma forte
integração com os professores das demais
disciplinas –, não mais apenas suas
matérias específicas.
A proposta deve ser finalizada até o final deste
ano para,
posteriormente, ser discutida no Conselho Nacional de
Educação. Caso seja aprovada, se
tornará diretriz para todo o país.
“Um dos grandes problemas encontrados atualmente no Ensino
Médio é o excesso de conteúdos de
algumas das áreas. O currículo desses anos chegou
a um patamar em que as escolas não têm mais como
aumentar suas cargas horárias para cumpri-los integralmente,
principalmente as escolas da rede pública. Esse
inchaço se deve à cobrança realizada
pela maioria dos processos seletivos para o ingresso ao curso
superior”, afirma Antônio Sérgio Martins
de Castro, ex-Coordenador pedagógico e atual Gerente de
Mídias Digitais do Ético Sistema de Ensino, da
Editora Saraiva.
Nesse novo modelo, o aluno deve receber o conteúdo de modo
menos fragmentado e mais interessante, eliminando o excesso de
informações e facilitando a
compreensão e o aprendizado.
Porém, Castro destaca que não adianta mudar a
grade curricular do Ensino Médio sem melhorar a raiz do
problema, que é formar, qualificar e valorizar os
professores.
“A principal forma de qualificar a
educação é valorizar o professor,
envolvendo-o efetivamente nos processos de mudança nas
escolas. Acredito que uma interação
maior entre docentes dos três últimos anos da
escola e universidades pode promover discussões mais
concretas que evidenciem os pontos a serem corrigidos no Ensino
Médio, levando a uma situação de
equilíbrio entre o que se estuda no colégio e o
que se cobra para o ingresso em um curso de nível superior.
Porque é fato que a mudança na grade curricular
é necessária, mas de que adianta mudar se a
maioria dos vestibulares do país ainda mantém uma
estrutura tradicionalista?”, questiona o Gerente de
Mídias Digitais do Ético Sistema de Ensino.
No entanto, o educador reforça que não
é justo condenar o Ensino Médio, colocando-o como
a etapa mais problemática da educação.
“Isso significaria ignorar todo um processo iniciado no
momento em que o estudante ingressou em uma unidade escolar. Aposto
que, com aulas mais dinâmicas, contextualizadas, que sejam
significativas para o momento em que esse estudante passa por
inúmeras mudanças, e com o uso de recursos
tecnológicos, o interesse do aluno aumentará,
assim como o seu aprendizado”, finaliza Antônio
Sérgio Martins de Castro.
Sobre o Ético Sistema de Ensino - O Ético
(www.sejaetico.com.br) oferece soluções
educacionais completas e assessoria integral às escolas, da
educação infantil ao pré-vestibular.
Além de produzir um material didático de
excelente qualidade e dar apoio pedagógico por
área do conhecimento aos parceiros, o sistema promove
formação continuada de educadores em cursos
presenciais e a distância. Tudo acompanhado pelos mais
modernos recursos digitais. “O principal objetivo do
Ético Sistema de Ensino é ser parceiro das
escolas para que elas possam alcançar os desafios principais
deste século, que são a inclusão e a
sustentabilidade. Para isso, o sistema é amparado em cinco
grandes pilares: aprendizagem significativa, conteúdo
relevante e rigor conceitual, didática participativa,
metodologia desafiadora e educação em
valores”, explica Francisca Paris, diretora
pedagógica da divisão de sistemas de ensino da
Editora Saraiva.