Por meio das falas, dos gestos, das atitudes e da
comunicação, seja ela verbal ou não
verbal, intencional ou até involuntária, o ser
humano troca informações com seus semelhantes.
A arte do conviver e do aprender é uma metodologia ensinada
ao longo de nossa vida através de pequenas atitudes que nos
são apresentadas como exemplos e modelos nas
relações que estabelecemos com a
família, a escola, o trabalho, o lazer e outros.
É nesse momento que se torna necessária uma
consistência no diálogo a fim de garantir uma
troca eficaz de experiências onde se respeite as diversidades
com a consciência de que elas podem caminhar juntas,
promovendo o intercâmbio de ideias e a
cooperação entre emissor e receptor da
informação.
Como educadores, nos perguntamos quais as possibilidades de transmitir
esta arte e desenvolver as dimensões fundamentais do
indivíduo e do cidadão no contexto familiar,
escolar e social.
Claro que o tema é vasto e complexo, todavia, podemos ter
presente alguns elementos importantes de reflexão quando
pensamos em fortalecer o caminho do conhecimento, da
convivência e da aprendizagem:
–
É
importante reconhecer que o estudo de todas
as disciplinas contribui
com a aquisição e
solidificação das competências
pessoais, comportamentais e éticas, e não
só cognitivas.
–
Ressaltar
a centralidade da pessoa e estimular o respeito das diversidades e ter
consciência de que elas podem caminhar juntas, promovendo o
intercâmbio de ideias, preservando e respeitando a
individualidade das pessoas.
–
Favorecer
no aluno a busca da própria identidade, orientando-o para
fortalecer as próprias habilidades e talentos e, ainda,
ajudando-o a compreender as diferenças no sentido amplo de
considerar a maneira de cada um ver a realidade, de dar significado
às experiências e aos aspectos da vida.
–
Fortalecer
o significado da comunicação e do
diálogo para que, assim, o aluno compreenda a
importância de entender e fazer-se entender.
A troca de informações nada mais é que
uma aula onde experiências e pontos de vista são
expostos a fim de compreender a diversidade existente no ambiente em
que vivemos.
Devemos lembrar que a palavra “aluno” origina-se do
latim alere, que significa nutrir, alimentar, amamentar.
Neste contexto, é possível afirmar que o termo
é o mesmo que “crescer”, pois quando
alimentamos ou nutrimos algo é com a
intenção de fazê-lo se desenvolver.
O conhecimento apresentado não só como
informação, mas como alimento do crescimento,
torna-se ferramenta para o fortalecimento da autoestima e
autorrealização do aluno.
A palavra “comunicação”, que
tem sua raiz etimológica no termo latim
“communicare”, da “communis”,
“ben comum”, indica algo a ser compartilhado,
aquilo que queremos “tornar comum”.
Deste modo, estimular a curiosidade e a
comunicação entre alunos para que eles
compartilhem o bem comum de cada um, e valorizar os questionamentos
abre espaço à confiança e ao respeito
recíproco.
A arte do conviver e do aprender depende do comprometimento pessoal com
a valorização da vida e do viver, orientado pelas
nossas crenças, paradigmas, opiniões e
ações.
Ao assumir esse compromisso, novas maneiras de encarar o mundo
virão como consequência, refletindo em um
pensamento mais flexível, criativo e inovador, que nos leva
à realização pessoal e à
possibilidade de sermos fiéis ao nosso potencial, qualidades
e objetivos.
Eduardo
Shinyashiki é
palestrante, consultor organizacional, escritor e especialista em
desenvolvimento das Competências de Liderança e
Preparação de Equipes. Presidente da Sociedade
Cre-Ser Treinamentos. Colabora periodicamente com artigos para revistas
e jornais. Autor dos livros: Viva como Você Quer Viver e A
Vida é Um Milagre, Editora Gente, disponíveis em
AudioLivro pela Editora Nossa Cultura. Para mais
informações, acesse www.edushin.com.br.