Existem algumas razões pelas quais não ouvimos
eficazmente os outros:
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Não aprendemos como ouvir:
O livro do Dr. Ralph Nichols apresenta uma pesquisa do processo de
comunicação. Aqui está a forma como
dividimos nossa comunicação: 9% escrevendo, 16%
lendo, 33% falando e 40% ouvindo.
Mesmo antes de entrarmos na escola, nossos pais trabalham conosco para
desenvolver nossas habilidades de escrever, ler e falar.
A seguir, durante toda nossa educação fazemos
cursos para melhorar estas habilidades básicas.
Além disso, poucas pessoas crescem em um ambiente familiar
tendo um bom ouvinte como exemplo.
Durante toda nossa vida recebemos feedback positivo quando falamos
corretamente ou mostramos nossa sabedoria por algo que dissemos.
Contudo, raramente somos elogiados por nossa capacidade de ouvir.
No entanto, vemos que cursos de audição
são normalmente partem de treinamentos avançados
em comunicação ou psicologia.
Essa é uma constatação triste
considerando a quantidade de pesquisas que agora estão
disponíveis a respeito de valores da
audição na construção de
relacionamentos eficazes.
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Ouvir requer muita atenção:
A maioria das pessoas tem dificuldade em se concentrar. De fato temos
orgulho em fazer muitas coisas ao mesmo tempo, o que realmente impede a
concentração.
Você provavelmente sabe que uma pessoa normal pensa de quatro
a cinco vezes mais rápido do que pode falar. Isso significa
que temos a capacidade mental de pensar a respeito de mais de uma coisa
de uma só vez e muitas pessoas fazem exatamente isso
enquanto a outra está falando.
Fazemos todos os tipos de coisas, planejamos as respostas, pensamos a
respeito de nossa reunião amanhã com o nosso
chefe, avaliamos o que a outra pessoa está dizendo,
decidimos se concordamos ou não com suas
opiniões.
Penso que as conversas seriam bem mais produtivas se simplesmente
estivéssemos dispostos a ouvir e compreender o que o outro
tem a dizer.
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Nossas crenças distorcem o que ouvimos:
Nosso passado forma crenças que são os filtros
através dos quais experimentamos a vida. Trazemos
experiências anteriores para cada nova conversa.
Mesmo quando encontramos uma pessoa pela primeira vez, trazemos nosso
histórico de situações semelhantes.
Isto cria um conjunto de filtros predeterminados para nossa
audição que, na maioria das vezes, distorcem a
mensagem da outra pessoa.
Já aconteceu comigo e deve ter acontecido com você
de estar conversando com uma pessoa e ela lembrar de alguém
que não lhe era muito simpático e você
transferir a antipatia por ela lembrar essa pessoa.
Por que isso acontece? Porque os ecos de nosso passado abafam o que
está sendo visto e dito por nós.
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Conflitos com a falta de comunicação:
Os conflitos são mais facilmente resolvidos quando as
necessidades são identificadas.
Chega uma hora que a pessoa mais defende a
posição do “eu estou certo e
você errado”, passando a limitar outras
opções que possam satisfazer tanto as suas,
quanto às necessidades da outra pessoa.
O problema é: investiram tanto esforço para
defender uma posição que não querem
parecer tolos ou que estão errados quando recuam.
Existe uma história circulando pela internet que fala de
três homens cegos estudando um elefante.
Quando solicitados a descreverem o elefante, um dos cegos, com os
braços ao redor de uma das pernas do animal diz:
“um elefante é como um tronco de uma
arvore”. Outro, segurando a tromba, diz: “o
elefante é como uma cobra”. E outro tateando a
lateral larga do elefante, diz: “não,
vocês estão errados. Um elefante é
tão grande quanto à parede de um
celeiro”. “O problema todo é saber quem
estava certo”.
Na realidade, todos estavam certos em suas perspectivas pessoais e
todos estavam errados sob as demais perspectivas. Muitos de nossos
conflitos são semelhantes.
Dentro de uma empresa, cada pessoa ou departamento tem uma
visão limitada da situação global,
apesar de defender sua posição como se fosse
à única.
Geralmente quando se chega a uma solução para o
conflito, a ideia que não foi vencedora aceita o desfecho
com má vontade e quase sempre com ressentimentos no
relacionamento.
Uma solução boa para impasses é tentar
obter o maior número de soluções
possíveis antes de avaliar ou discutir qualquer uma.
Evite, a todo custo, criticar ou avaliar as
soluções da outra pessoa, uma vez que isso
emperra o processo de decisão.
Em vez disso escreva todas elas para uma revisão futura.
Seria como um brainstorm na solução de conflitos.
Professor
Menegatti é
Conferencista em Vendas, Motivação e
Liderança. Contato: menegatti@menegatti.srv.br