Em nome da independência, pais são tidos como
“quadrados”, como impróprios e que nada
mais sabem da vida moderna.
Em nome da autonomia, filhos são
“jogados” aos cuidados de
instituições, as quais são cobradas
para darem a eles toda aquela educação que
deveria ser compartilhada com a família.
Em nome da liberdade, pessoas deixam suas casas e saem
despreocupadamente em busca de experiências que
não trarão bons resultados.
Em nome da ousadia, vidas correm riscos incalculados, colocando a
perder o bem mais precioso que pode ter: a própria
existência.
Em nome do prazer, famílias têm perdido muito de
si, deixando-se levar por tantos deleites, como se a juventude e a
saúde fossem eternas.
Em nome da modernidade, os bons princípios são
trocados por leis criadas em corações longe de
conseguirem paz.
Em nome da felicidade, acredite, pessoas se deixam envolver por embalos
de músicas e álcool durante uma noite inteira,
mesmo sabendo das possíveis más
consequências do amanhã.
Mas, em nome da compreensão, do cuidado e do amor ao
próximo, há ainda muitas pessoas dispostas
trilharem em direção oposta ao mal e
àquilo que é impróprio.
Pessoas destemidas que, mesmo sabendo que podem não ser a
maioria num mundo cada vez mais cheio do mal, fazem a sua parte e
ajudam a levantar aqueles que estavam para cair.
Pessoas que sabem do valor de cada vida, de cada ser humano, de cada
outra pessoa que, desavisadamente, deixa-se levar pelas modas ditadas
num mundo que pouco tem a oferecer de bom.
São pais, mães, tios, irmãos,
avós, são, afinal, pessoas. Não
são super-heróis, não têm
superpoderes, não são dotadas de
inteligência sobrenatural...
São, sim, pessoas como quaisquer outras, mas que trazem em
si a vontade de vencer, de superar barreiras, de contribuir para a
melhoria de ambientes e, mais do que tudo, de outras vidas que possam
ser somadas a elas.
Em momentos de apertos, de dores e de lágrimas,
são elas que oferecem abraço, acalmando-nos
apenas com um olhar de compreensão.
Em momento de fartura, de felicidade e alegria, são elas que
queremos ter por perto se, é claro, tivermos aprendido
alguma coisa com estas que são as pessoas que mais
precisamos ter por perto.
São elas que validam os nossos ganhos, pois de pouco
adiantaria ganharmos o melhor prêmio nesse mundo se
não tivermos alguém para compartilhar nossa
satisfação.
São elas que enchem a nossa casa de alegria mesmo numa
segunda-feira aparentemente sem graça.
São elas que fazem valer a pena nossas lutas e nossas
vitórias, pois são para elas que temos coragem de
contar nossos medos e possíveis fracassos.
São nossas amigas, confidentes, aquelas que, realmente,
merecem um lugar em nosso coração.
Se em nome da independência o mundo parece esquecer-se dos
valores da família e dos verdadeiros amigos, que se possa
achar em nós pessoas que, de fato, querem dar sua
contribuição para um mundo sem
violência e sem desamor.
Lute pelo bem do próximo, seja feliz com a felicidade do
outro, não desamine diante do mal. Seja, enfim, uma pessoa
do bem.