A Semana - Opiniões
Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

A Força da Vontade - 07/02/2011
O Verdadeiro Afeto

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Quando desejamos muito algo, a força e o potencial que existem em nosso querer e em nossa vontade podem muito ser a razão que define o conseguir e o não conseguir atingir os objetivos por nós traçados, isto em quaisquer áreas e em quaisquer momentos que estejamos vivendo.

O que não se pode deixar de dizer é que todo esse potencial sozinho não causa nenhum efeito e, por mais que isso pode ser até muito evidente, muitas são as vezes que vemos o tal “pensamento positivo” substituindo o lugar da dedicação, do investimento e do trabalho, aspectos que precisam de investimentos intensos por parte de todo aquele que deseja alcançar algum ponto.

Entretanto, por mais que discursar e argumentar sobre estas considerações sejam o objetivo de muitas pessoas do "time do bem" que direcionam suas energias para colaborarem com leitores de várias partes do Brasil e do mundo, este não é o ponto que estas linhas tentam abordar. Na verdade, essas palavras têm a intenção de ressaltarem o bom desejo de alguns de nós em querermos o melhor para alguma pessoa que muito amamos, que queremos ver no caminho do bem, no caminho da paz.

Neste ponto, essas palavras visam a grande dedicação de pais, mães, avós, irmãos, professores e tantos outros agentes do bem que, ao verem crianças, adolescentes e/ou jovens tomando o caminho do atalho, o caminho tortuoso, o mau caminho, tentam, a altíssimos custos, tomar as rédeas da vida desses jovens que estão na contramão da vida, que estão em vias que não o conduzirão para o bem, algo que muito desejamos a essas vidas que tanto queremos ajudar.

Mas aí entra a força de vontade viciada e traduzida na prática obstinada em fazer o que está errado, dispensando e afastando justamente àquelas pessoas que desejam estar por perto, ver o que está acontecendo, sempre prontas para ajudar, para dar uma segunda chance, ainda que esta “segunda” chance seja a segunda chance concedida da última vez.

Ora, o que se pode fazer? A força de vontade de algumas pessoas é, realmente, muito alta, tornando a “disputa de razões” injusta. Se não se sabe o que fazer, o que não fazer pelo menos se sabe, ou seja, não dá para desistir, dado que estas linhas não estão abordando algo material, como uma peça que pode ser descartada quando começa a nos dar muito trabalho e problemas, sugando toda nossa energia.

Não, não dá para desistir quando temos afeto verdadeiro e pleno por alguém, considerando que este “afeto” pode, principalmente no contexto aqui exposto, ser entendido como a prática e a boa vontade de “afetar” alguém, seja por meio de incentivos verbais ou não, dado que não se pode ter afeto por algo ou alguém sem afetar a vida do outro de alguma forma.

É muito comum essas pessoas confundirem as coisas, interpretando os "agentes do bem" como os vilões da história, mas, acredtite e dê credibilidade a isto, o bem sempre há de prevalecer sobre os caminhos que não são bons para aqueles que nós tanto amamos.

É essa a nossa esperança, é por isto que lutamos, que “afetamos”, que não desistimos e, também, é por tudo isso que a nossa vitória vai chegar, ainda que para nós possa até parecer tardia.

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