Momentos em Família - 09/12/2010
Um Convite Especial
Natal? Momento entre família? Por que não fazermos esse exercício durante o ano todo? Desta forma, evitaríamos as eventuais surpresas com o tamanho do sobrinho que nasceu no começo do ano e que nunca mais vimos, com o novo namorado da sobrinha, com as indelicadezas de uma tia sem “papas na língua” e outras muitas situações comuns quando só encontramos nossa família em datas especiais ou específicas.
A família precisa estar juntas em todo o tempo, em todos os momentos, pois é dela a razão para muito do que somos, para muito do que nos tornamos, ainda que biologicamente falando.
A “dor de cabeça” que uma família dá, ora, isso pode ser remediado com uma dose de bom humor e de boa vontade. Aquilo que é fácil demais, o que não necessita de trabalho, de empenho, de dedicação são coisas que não damos mesmo valor, que não tem graça alguma dizermos aos outros que temos, dada a grande facilidade que é para se ter...
Com família é diferente, pois temos sim que nos empenhar bastante, temos que direcionar esforços, dedicar boas horas de palavras amigas, mesmo quando no momento queremos mesmo é fingir que nada temos vista, que nada temos ouvido, que o problema que alguém da nossa família está passando nada tem a ver conosco, pois somos “apenas” família.
Não é isso que queremos para 2011, não é isso que queremos para os próximos anos que tivermos de viver. Queremos ter ombro para consolar e sermos consolados, queremos ter alguém para dizer que podemos contar, queremos ter alguém para chamar de nossa família, nosso irmão...
Sempre desejamos ter amigos e nos iludimos ao desejarmos que a nossa família seja nossa melhor amiga... Ora, pode até dois amigos não se encontrarem mais, pode até dois amigos se machucarem e decidirem romper a amizade, mas os laços familiares são eternos, não importando quantas maledicências e “intromissões não permitidas” tivermos que viver entre as pessoas que compõem o seio familiar.
É preciso trabalharmos mais isso dentro de nós, pois não é fácil vivermos entre família, principalmente se lembrarmos que os “dedos das mãos” não são iguais. Contudo, como já ressaltamos, não é para ser fácil mesmo.
É possível que pessoas que leem estas palavras algum dia e por algum motivo distanciou-se de sua família e, por estas pessoas e para elas, afirmo que é ainda há tempo tentarmos mais uma vez e quantas vezes mais forem necessárias.
É possível que pessoas que leem estas palavras têm visto sua família se dispersar diante da ausência de uma mãe e/ou de um pai, dado que a casa da nossa mãe é o ponto de encontro entre irmãos, primos, tios, sobrinhos...
A tais pessoas lanço o convite e o desafio de assumirem este nobre papel, o papel de ser a ponte entre uns e outros membros de sua família. Uma refeição na casa de um tio pelo menos a cada 15 dias não nos custa tanto assim. Marcar uma “sessão pipoca” na casa daquele parente mais “durão” ou aquele parente mais distante que mora logo ali podem ser estratégias para termos novamente momentos de grande harmonia, de grande felicidade entre aquelas pessoas que podem tornar-se multiplicadoras desta boa obra.
Acredite, se tiver alguém para começar, sempre terão pessoas para darem continuidade, pois os esforços que fazemos para termos novamente nossa família conosco são como sementes que caem em terra fértil.
Os conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.