Antigamente ser estudante era uma realidade, distante para quem fosse deficiente.

O acesso à educação era praticamente uma utopia, pois não havia uma conscientização sobre a questão em relação às pessoas com deficiência que sentiam na pele as consequências das barreiras da exclusão.

Discriminados e privados de serem alfabetizados.

Não por seus limites físicos, auditivos, visuais ou mentais, mas por uma sociedade que cultivou durante séculos uma mentalidade cujos conceitos sempre foram baseados, formados e firmados em cima de preconceitos e de valores éticos.

Valores que foram sempre antiéticos que só serviram para humilhar e excluir todos que não se enquadravam em seu padrão de perfeição

E por isso, deficientes viveram e morreram sem nunca terem sido tratados como gente.

E, ao longo do tempo, quantos talentos se perderam?

Quantos artistas, pintores, escultores, escritores, cantores, atores, atletas, promotores, juízes, advogados e tantos outros profissionais competentes e eficientes não se conheceram?

Mas uma nova mentalidade surge com a inclusão ( ...)

Hoje, pessoas com necessidades especiais estudam, se formam, trabalham...

Mostram que são capazes tanto quanto e até mais do que aqueles ditos normais.

Deficientes como eu e tantos outros que querem viver, crescer e vencer na vida dia a dia e vão com dignidade e eficiência, construindo a cidadania.

Gilvan Pereira da Silva Lima - Pessoa com Paralisia Cerebral. Acadêmico de Letras da UEG - Universidade do Estado de Goiás. Porangatu - Goiás. E-mail: pereirapcs53@hotmail.com